Abencerragem: Antologia Improvável #320

07-07-2011
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AGOSTOEm tardes como esta o mar é uma bênção,o gesto azul de um deus,a memória de um tempo sem tempo.Em tardes como esta cada instantesabe a eternidadee o horizonte, este horizonteé um sinal do que ainda pode serisso a que chamam beleza:uma onda que nasce enquanto outramorre desfeita em espumalevando atrás de si o nosso medo,a nossa esperança demasiado humana,o pacto que selámos e quebrámoscom os sonhos mais antigos, os que um diaforam apenas nossos,mas são agora o mar, sem nome nem destino,coisas que vão e fingem regressarmas já não nos pertencem.A Luz da Madrugada


AGOSTOEm tardes como esta o mar é uma bênção,o gesto azul de um deus,a memória de um tempo sem tempo.Em tardes como esta cada instantesabe a eternidadee o horizonte, este horizonteé um sinal do que ainda pode serisso a que chamam beleza:uma onda que nasce enquanto outramorre desfeita em espumalevando atrás de si o nosso medo,a nossa esperança demasiado humana,o pacto que selámos e quebrámoscom os sonhos mais antigos, os que um diaforam apenas nossos,mas são agora o mar, sem nome nem destino,coisas que vão e fingem regressarmas já não nos pertencem.A Luz da Madrugada

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