SERENATA DO ADOLESCENTEQue doentia claridadea que me invade e me obsidia,durante a noite e à luz da tarde,à luz da tarde, à luz do dia!Que doentia aquela gradede insone e ténue claridade,sob a avançada gelosia!Passo na rua e nada vejosenão a luz, a luz e a grade.Ó lamparina do desejo,porque ardes tu, até tão tarde?E às vezes surge, entre a cortina,aquela sombra vespertinaque me retém nesta ansiedade.Se tens trint'anos? ou cinquenta?Quis lá saber a tua idade!Sei que em meus olhos se impacientafome da luz daquela grade!Sei que sou novo, e que me odeioporque me tarda -- ante o teu seio --queimar tão pobre mocidade!Os Quatro Cantos do Tempo
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SERENATA DO ADOLESCENTEQue doentia claridadea que me invade e me obsidia,durante a noite e à luz da tarde,à luz da tarde, à luz do dia!Que doentia aquela gradede insone e ténue claridade,sob a avançada gelosia!Passo na rua e nada vejosenão a luz, a luz e a grade.Ó lamparina do desejo,porque ardes tu, até tão tarde?E às vezes surge, entre a cortina,aquela sombra vespertinaque me retém nesta ansiedade.Se tens trint'anos? ou cinquenta?Quis lá saber a tua idade!Sei que em meus olhos se impacientafome da luz daquela grade!Sei que sou novo, e que me odeioporque me tarda -- ante o teu seio --queimar tão pobre mocidade!Os Quatro Cantos do Tempo