O Mosquito Zigue-Zague

21-01-2012
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A ilustração portuguesa tem no seu historial excelentes animalistas como Tóssan, Zé Manel e Fernando Bento. Ilustradores de caricatura virtuosa, composição coreografada a rigor e perspetiva laboriosa. A estes nomes podemos juntar o de Vasco Lopes de Mendonça (1881-1963), engenheiro, militar, ceramista e caricaturista, e ativo ilustrador no final dos anos 20 e durante a década de 30. A ilustração infantil portuguesa da época reportava-se ao exímios Alonso, Raquel Roque Gameiro, e Alfredo Moraes e ainda à revisão da herança do desenho de humor de Bordalo. A figuração animal era bastante realista como no celebrado Romance da Raposa, de Aquilino Ribeiro, ilustrado pelo francês Benjamin Rabier em 1924. O final dos vinte assiste ao boom do cinema de animação americano. É o tempo de Krazy Kat, Bimbo, Felix the Cat, e as Silly Symphonies de Walt Disney. Nas 75 obras desta série, os animais eram protagonistas habituais, como em The spider and the fly, de 31, ou Bugs in love, de 32, sem esquecer o Steamboat Willie de Mickey Mouse, o primeiro filme sonoro, em 1928.

Pertencente à terceira geração de uma linhagem notável das artes portuguesas (era sobrinho de Rafael e Columbano Bordalo Pinheiro), Vasco sintonizou a sua obra pela animação e banda desenhada estrangeiras. Se a figuração humana está mais próxima de um Little Nemo in Slumberland, no desenho de animais e sobretudo, nas histórias com insetos, o traço lembra as produções de Walt Disney, como no espantoso Aventuras do Mosquito Zigue-Zague, de 1936. Insetos de chapéu, sapatões e luvas em mãos de quatro dedos, passam por humanas peripécias, cronicadas pelo mosquito repórter, e onde não falta uma batalha com a temível aranha e happy end casamenteiro com a mosca Zizi. O livro tem texto da irmã Virgínia Lopes de Mendonça e a parceria familiar estendeu-se à estimável Biblioteca dos Pequeninos, edição da Empresa Nacional de Publicidade, onde tem tem, pelo menos, dez livros ilustrados. Para Virgínia desenhou ainda dois contos na revista Voga.

A ilustração portuguesa tem no seu historial excelentes animalistas como Tóssan, Zé Manel e Fernando Bento. Ilustradores de caricatura virtuosa, composição coreografada a rigor e perspetiva laboriosa. A estes nomes podemos juntar o de Vasco Lopes de Mendonça (1881-1963), engenheiro, militar, ceramista e caricaturista, e ativo ilustrador no final dos anos 20 e durante a década de 30. A ilustração infantil portuguesa da época reportava-se ao exímios Alonso, Raquel Roque Gameiro, e Alfredo Moraes e ainda à revisão da herança do desenho de humor de Bordalo. A figuração animal era bastante realista como no celebrado Romance da Raposa, de Aquilino Ribeiro, ilustrado pelo francês Benjamin Rabier em 1924. O final dos vinte assiste ao boom do cinema de animação americano. É o tempo de Krazy Kat, Bimbo, Felix the Cat, e as Silly Symphonies de Walt Disney. Nas 75 obras desta série, os animais eram protagonistas habituais, como em The spider and the fly, de 31, ou Bugs in love, de 32, sem esquecer o Steamboat Willie de Mickey Mouse, o primeiro filme sonoro, em 1928.

Pertencente à terceira geração de uma linhagem notável das artes portuguesas (era sobrinho de Rafael e Columbano Bordalo Pinheiro), Vasco sintonizou a sua obra pela animação e banda desenhada estrangeiras. Se a figuração humana está mais próxima de um Little Nemo in Slumberland, no desenho de animais e sobretudo, nas histórias com insetos, o traço lembra as produções de Walt Disney, como no espantoso Aventuras do Mosquito Zigue-Zague, de 1936. Insetos de chapéu, sapatões e luvas em mãos de quatro dedos, passam por humanas peripécias, cronicadas pelo mosquito repórter, e onde não falta uma batalha com a temível aranha e happy end casamenteiro com a mosca Zizi. O livro tem texto da irmã Virgínia Lopes de Mendonça e a parceria familiar estendeu-se à estimável Biblioteca dos Pequeninos, edição da Empresa Nacional de Publicidade, onde tem tem, pelo menos, dez livros ilustrados. Para Virgínia desenhou ainda dois contos na revista Voga.

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