CIDADANIA LX: Rescaldo da sessão da OA sobre o Parque Mayer

01-07-2011
marcar artigo


1. Parece que há alguma confusão acerca da classificação do Jardim Botânico, pelo que é de frisar que o mesmo é Monumento Nacional desde 1970, como se comprova consultando o site da ex-DGEMN (www.monumentos.pt e depois «pesquisa»). Ou seja, um projecto como o do «Plano de Pormenor» do Palacete Ribeiro da Cunha, por exemplo, é, simplesmente, ilegal, devido ao perímetro de protecção do JB. 2. Parece que há alguma hipocrisia dos responsáveis do J.Botânico acerca dos projectos na envolvente ao jardim, como sejam os do P.Mayer e do Pal.Rib. Cunha. Senão veja-se:Os responsáveis do JB e da Liga dos Amigos não só se mantiveram mudos e quedos até aqui, como ainda disseram que o projecto para o Pal.Rib.Cunha seria bom (!) para o JB, o que é bizarria completa ...seria bom porque, disseram em sessão promovida pela Junta S.Mamede, acabaria com as espécies infestantes (sic) e com os gatos abandonados (sic). A mesma posição inqualificável teve a Junta Freg.S.Mamede que a princípio era contra e depois mudou de opinião, vá-se lá saber porquê. 3. Para além disto, o Jardim Botânico é tutelado pela Universidade de Lisboa. Portanto, cabe ao reitor da UL (e não a ong como os Amigos do JB) pronunciar-se sobre os projectos que venham a ser feitos para o P.Mayer e/ou Palacete Rib.Cunha. Recordo que em 1970 um projecto para o P.Mayer foi recusado pelo governo de então devido a um parecer negativo da reitoria da UL. Portanto, há uma hierarquia, que deve ser questionada antes de se dizer que a culpa é do IPPAR, etc. Voltando ao Pal.Rib.Cunha, posição muda e queda teve a mesma UL sobre o dito PP, em 2006. Instámos várias vezes a mesma a pronunciar-se, mas nada. 4. Falando do Capitólio, é bom esclarecer que graças a intervenção de pessoas c/responsabilidades na CML/AML evitou-se o pior, e hoje pode-se afirmar com certeza que o Capitólio é para ficar e para recuperar (modelo 1928 ou não, isso é outra coisa...). Há declarações formais, à TV e jornais, de CR em como o Capitólio é para ficar. Há registo disso. 5. Quando se diz, e bem, que o IPPAR vem sendo mera figura de corpo presente, esquece-se a CCDR-LVT, última instância a pronunciar-se sobre planos de pormenor, antes de irem a rectificação na AML. Também ela se tem mantido como figura de corpo presente. 6. Voltando ao Palacete Rib.Cunha, a verdade é que Sr. Lanier ainda não o comprou; aliás, o problema está aí. Julgamos que só o comprará se o projecto for aprovado. Ora, o projecto em causa, AQUELE projecto que foi aprovado em sessão de CML sob a capa de plano de pormenor, NÃO será feito. O promotor terá que o mudar: volumetria, impermebilização do solo, passadiço, etc. Aliás, para tal muito contribuiram os depoimentos verbais do Arq.Ribeiro Teles e da Prof.Regina Anacleto.7. Por fim, para recordar que o projecto de Norman Foster não é mais amigo do JB e da cidade, que o de Gehry. Tinha maior volumetria, arrasava o Capitólio e só se preocupava em construir escritórios e serviços. O projecto de Gehry tem três maleitas de base: a inadequação do "look gehry" naquele local (uma bola de espelhos de titânio vista do alto?), a sensação de sufoco que salta à vista, e o elevadíssimo preço.


1. Parece que há alguma confusão acerca da classificação do Jardim Botânico, pelo que é de frisar que o mesmo é Monumento Nacional desde 1970, como se comprova consultando o site da ex-DGEMN (www.monumentos.pt e depois «pesquisa»). Ou seja, um projecto como o do «Plano de Pormenor» do Palacete Ribeiro da Cunha, por exemplo, é, simplesmente, ilegal, devido ao perímetro de protecção do JB. 2. Parece que há alguma hipocrisia dos responsáveis do J.Botânico acerca dos projectos na envolvente ao jardim, como sejam os do P.Mayer e do Pal.Rib. Cunha. Senão veja-se:Os responsáveis do JB e da Liga dos Amigos não só se mantiveram mudos e quedos até aqui, como ainda disseram que o projecto para o Pal.Rib.Cunha seria bom (!) para o JB, o que é bizarria completa ...seria bom porque, disseram em sessão promovida pela Junta S.Mamede, acabaria com as espécies infestantes (sic) e com os gatos abandonados (sic). A mesma posição inqualificável teve a Junta Freg.S.Mamede que a princípio era contra e depois mudou de opinião, vá-se lá saber porquê. 3. Para além disto, o Jardim Botânico é tutelado pela Universidade de Lisboa. Portanto, cabe ao reitor da UL (e não a ong como os Amigos do JB) pronunciar-se sobre os projectos que venham a ser feitos para o P.Mayer e/ou Palacete Rib.Cunha. Recordo que em 1970 um projecto para o P.Mayer foi recusado pelo governo de então devido a um parecer negativo da reitoria da UL. Portanto, há uma hierarquia, que deve ser questionada antes de se dizer que a culpa é do IPPAR, etc. Voltando ao Pal.Rib.Cunha, posição muda e queda teve a mesma UL sobre o dito PP, em 2006. Instámos várias vezes a mesma a pronunciar-se, mas nada. 4. Falando do Capitólio, é bom esclarecer que graças a intervenção de pessoas c/responsabilidades na CML/AML evitou-se o pior, e hoje pode-se afirmar com certeza que o Capitólio é para ficar e para recuperar (modelo 1928 ou não, isso é outra coisa...). Há declarações formais, à TV e jornais, de CR em como o Capitólio é para ficar. Há registo disso. 5. Quando se diz, e bem, que o IPPAR vem sendo mera figura de corpo presente, esquece-se a CCDR-LVT, última instância a pronunciar-se sobre planos de pormenor, antes de irem a rectificação na AML. Também ela se tem mantido como figura de corpo presente. 6. Voltando ao Palacete Rib.Cunha, a verdade é que Sr. Lanier ainda não o comprou; aliás, o problema está aí. Julgamos que só o comprará se o projecto for aprovado. Ora, o projecto em causa, AQUELE projecto que foi aprovado em sessão de CML sob a capa de plano de pormenor, NÃO será feito. O promotor terá que o mudar: volumetria, impermebilização do solo, passadiço, etc. Aliás, para tal muito contribuiram os depoimentos verbais do Arq.Ribeiro Teles e da Prof.Regina Anacleto.7. Por fim, para recordar que o projecto de Norman Foster não é mais amigo do JB e da cidade, que o de Gehry. Tinha maior volumetria, arrasava o Capitólio e só se preocupava em construir escritórios e serviços. O projecto de Gehry tem três maleitas de base: a inadequação do "look gehry" naquele local (uma bola de espelhos de titânio vista do alto?), a sensação de sufoco que salta à vista, e o elevadíssimo preço.

marcar artigo