Tombo de 6% da JM marca sessão negativa em Lisboa

25-06-2015
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Tombo de 6% da JM marca sessão negativa em Lisboa

18 Fev 2011 Cristina Barreto

A bolsa portuguesa sofreu a primeira queda em seis sessões, castigada sobretudo pelos títulos da Jerónimo Martins (JM).

O índice PSI 20 desvalorizou hoje 1,18% para 8.030,33 pontos, com treze cotadas negativas. Isto numa altura em que aumentam as pressões para que Portugal recorra à ajuda externa, hipótese que o Executivo de José Sócrates continua a afastar.

Esta foi uma sessão negativa para a maioria das praças europeias, dado o anúncio de que a China voltou a reforçar as exigências à banca para travar a inflação. O banco central chinês anunciou um aumento de meio ponto percentual no rácio das reservas dos bancos a partir de 24 de Fevereiro. Os especialistas sustentam que as medidas da China para travar a inflação vão afectar a liquidez e que isso se irá reflectir nos mercados accionistas.

"Se a China começar a retirar liquidez, isto será suficiente para destabilizar as bolsas mundiais", afirmou Philippe Gijsels, do BNP Paribas à Bloomberg. O mesmo perito está convencido que isto é apenas um começo e que a China vai continuar a limitar o crédito e a subir as taxas de juro.

A nível nacional, a principal responsável pela ‘performance' negativa da bolsa foi a Jerónimo Martins, cujas acções afundaram 5,7% para 11,59 euros, o maior tombo em mais de nove meses. Isto no dia em que a segunda maior retalhista portuguesa apresentou as contas de 2010, tendo registado uma subida homóloga de 40% no lucro anual para 281 milhões de euros, ligeiramente inferior aos 284 milhões previstos pelos analistas.

"Não atribuo esta desvalorização à qualidade dos resultados, embora estejam obviamente relacionados. O que acontece é que as expectativas que o mercado vinha a incorporar eram de tal forma elevadas, que reagiu mal quando se viu deparado com resultados simplesmente bons", explicou João Lampreia, ‘trader' do Banco Big, à Reuters.

Em queda acentuada fecharam também os títulos da EDP, que deslizaram 1,34% para 2,87 euros, assim como os da Galp, que cederam 0,66% para 15,15 euros, no dia em que foi revelado que a petrolífera vai avançar com a exploração do petróleo moçambicano, em conjunto com a ENI. A perfuração do primeiro poço no país deverá arrancar em Maio.

Já a Portugal Telecom registou hoje perdas de 1% para 8,46 euros. O Diário Económico avança na edição de hoje que a operadora liderada por Zeinal Bava vai lançar um projecto piloto de quarta geração móvel na Namíbia. A PT controla um terço do capital da principal operadora móvel do país, a MTC, sendo igualmente responsável pela sua gestão.

Na banca, o BES recuou 0,78% para valer 3,17 euros na última sessão da semana, enquanto que o BPI retrocedeu 1,18% para 1,42 euros e o BCP fechou inalterado nos 0,63 euros. Isto num dia em que o juro das obrigações do Tesouro português a 10 anos aliviaram para 7,3%, depois de terem chegado a disparar acima dos 7,5% ao início da sessão. Pelo meio houve uma intervenção do Banco Central Europeu (BCE).

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Tombo de 6% da JM marca sessão negativa em Lisboa

18 Fev 2011 Cristina Barreto

A bolsa portuguesa sofreu a primeira queda em seis sessões, castigada sobretudo pelos títulos da Jerónimo Martins (JM).

O índice PSI 20 desvalorizou hoje 1,18% para 8.030,33 pontos, com treze cotadas negativas. Isto numa altura em que aumentam as pressões para que Portugal recorra à ajuda externa, hipótese que o Executivo de José Sócrates continua a afastar.

Esta foi uma sessão negativa para a maioria das praças europeias, dado o anúncio de que a China voltou a reforçar as exigências à banca para travar a inflação. O banco central chinês anunciou um aumento de meio ponto percentual no rácio das reservas dos bancos a partir de 24 de Fevereiro. Os especialistas sustentam que as medidas da China para travar a inflação vão afectar a liquidez e que isso se irá reflectir nos mercados accionistas.

"Se a China começar a retirar liquidez, isto será suficiente para destabilizar as bolsas mundiais", afirmou Philippe Gijsels, do BNP Paribas à Bloomberg. O mesmo perito está convencido que isto é apenas um começo e que a China vai continuar a limitar o crédito e a subir as taxas de juro.

A nível nacional, a principal responsável pela ‘performance' negativa da bolsa foi a Jerónimo Martins, cujas acções afundaram 5,7% para 11,59 euros, o maior tombo em mais de nove meses. Isto no dia em que a segunda maior retalhista portuguesa apresentou as contas de 2010, tendo registado uma subida homóloga de 40% no lucro anual para 281 milhões de euros, ligeiramente inferior aos 284 milhões previstos pelos analistas.

"Não atribuo esta desvalorização à qualidade dos resultados, embora estejam obviamente relacionados. O que acontece é que as expectativas que o mercado vinha a incorporar eram de tal forma elevadas, que reagiu mal quando se viu deparado com resultados simplesmente bons", explicou João Lampreia, ‘trader' do Banco Big, à Reuters.

Em queda acentuada fecharam também os títulos da EDP, que deslizaram 1,34% para 2,87 euros, assim como os da Galp, que cederam 0,66% para 15,15 euros, no dia em que foi revelado que a petrolífera vai avançar com a exploração do petróleo moçambicano, em conjunto com a ENI. A perfuração do primeiro poço no país deverá arrancar em Maio.

Já a Portugal Telecom registou hoje perdas de 1% para 8,46 euros. O Diário Económico avança na edição de hoje que a operadora liderada por Zeinal Bava vai lançar um projecto piloto de quarta geração móvel na Namíbia. A PT controla um terço do capital da principal operadora móvel do país, a MTC, sendo igualmente responsável pela sua gestão.

Na banca, o BES recuou 0,78% para valer 3,17 euros na última sessão da semana, enquanto que o BPI retrocedeu 1,18% para 1,42 euros e o BCP fechou inalterado nos 0,63 euros. Isto num dia em que o juro das obrigações do Tesouro português a 10 anos aliviaram para 7,3%, depois de terem chegado a disparar acima dos 7,5% ao início da sessão. Pelo meio houve uma intervenção do Banco Central Europeu (BCE).

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