O debate visto por um economista: "As omissões do debate"

16-09-2015
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Imaginemos a próxima discussão do Orçamento de Estado para 2016, com Passos Coelho e António Costa. Será que seria muito diferente do debate de ontem? Os participantes no debate de ontem e os programas dos partidos que representam, passaram ao lado da questão: que país queremos para próxima década.

Para dar resposta a esta questão é necessário debater e fazer propostas que tenham como foco as condições estruturais de funcionamento da economia portuguesa. Exemplos: pouco ou nada foi dito sobre a regulação dos mercados fortemente concentrados, geradores de rendas de monopolísticas que entravam a competitividade das empresas portuguesas. Do mesmo modo, ninguém se refere à muito falada, mas pouco conhecida no concreto, reforma da administração pública. E do lado do mercado de trabalho e das políticas sociais, não se conhecem as propostas para lidar com o problema do desemprego de longa de duração, actual e futuro, associado à reconversão tecnológica da economia portuguesa.

Poderíamos dizer que estamos perante omissões, eventualmente por esquecimento ou apenas por desejo de manutenção do status quo. Mas também é legítimo pensar que ambos os líderes estejam convencidos que o próximo governo não vá durar muito mais do que um orçamento de estado.

Imaginemos a próxima discussão do Orçamento de Estado para 2016, com Passos Coelho e António Costa. Será que seria muito diferente do debate de ontem? Os participantes no debate de ontem e os programas dos partidos que representam, passaram ao lado da questão: que país queremos para próxima década.

Para dar resposta a esta questão é necessário debater e fazer propostas que tenham como foco as condições estruturais de funcionamento da economia portuguesa. Exemplos: pouco ou nada foi dito sobre a regulação dos mercados fortemente concentrados, geradores de rendas de monopolísticas que entravam a competitividade das empresas portuguesas. Do mesmo modo, ninguém se refere à muito falada, mas pouco conhecida no concreto, reforma da administração pública. E do lado do mercado de trabalho e das políticas sociais, não se conhecem as propostas para lidar com o problema do desemprego de longa de duração, actual e futuro, associado à reconversão tecnológica da economia portuguesa.

Poderíamos dizer que estamos perante omissões, eventualmente por esquecimento ou apenas por desejo de manutenção do status quo. Mas também é legítimo pensar que ambos os líderes estejam convencidos que o próximo governo não vá durar muito mais do que um orçamento de estado.

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