Galp afunda 11% na pior sessão em três anos

25-06-2015
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Galp afunda 11% na pior sessão em três anos

11 Nov 2011 Eudora Ribeiro

Acções da Galp registam o pior desempenho na Europa, penalizadas pelo anúncio de que a petrolífera vendeu 30% dos activos no Brasil.

As acções da Galp afundavam 10,81% até aos 13,245 euros, depois de terem estado a derrapar 13% durante a manhã até aos 12,92 euros, a maior queda desde o início de Outubro de 2008. Trata-se do pior registo na bolsa de Lisboa e também no sector europeu.

Este desempenho surge depois de a petrolífera lidarada por Ferreira de Oliveira ter anunciado hoje, antes da abertura dos mercados, que chegou a acordo com a chinesa Sinopec para vender 30% dos activos brasileiros por 4,8 mil milhões de dólares, o equivalente a cerca de 3,6 mil milhões de euros à taxa de câmbio actual. A operação será realizada através de um aumento de capital.

"Os valores implícitos do negócio são desapontantes porque avaliam em 3,9 dólares por barril o que a Galp tem no Brasil, o que compara desfavoravelmente com os 5,6-5,8 dólares por barril implícitos num 'deal' semelhante com a Repsol", explicou Pedro Pintassilgo, gestor de fundo da F&C Investments, à Reuters. "Este foi o primeiro choque", frisou o mesmo especialista. "Mas as acções poderão depois recuperar algum terreno", acrescentou.

Por exemplo, os analistas do Goldman Sachs avaliam os activos totais da Galp no Brasil em 15,7 mil milhões de euros, acima dos 12,5 mil milhões implícitos no negócio hoje anunciado.

Contudo, o suíço UBS considera que o valor do aumento de capital anunciado (3,6 mil milhões de euros) está "bem acima" dos 2 mil milhões de euros que a Galp queria encaixar. Numa nota, citada pela Bloomberg, o UBS indica também que o negócio com a Sinopec vai eliminar todas as preocupações de financiamento da petrolífera, e, por isso, decidiu manter a sua recomendação de 'comprar' para a Galp.

O tombo das acções da petrolífera está a motivar uma queda de 2% no PSI 20, num dia que até está a ser de ganhos no resto da Europa.

Na sessão de hoje já foram negociados 5,2 milhões de acções da Galp, quatro vezes acima da liquidez média diária dos últimos 12 meses, que ronda os 1,3 milhões de títulos.

Com as perdas de hoje, a petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira acumula agora um recuo superior a 6% em bolsa desde o início do ano.

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Galp afunda 11% na pior sessão em três anos

11 Nov 2011 Eudora Ribeiro

Acções da Galp registam o pior desempenho na Europa, penalizadas pelo anúncio de que a petrolífera vendeu 30% dos activos no Brasil.

As acções da Galp afundavam 10,81% até aos 13,245 euros, depois de terem estado a derrapar 13% durante a manhã até aos 12,92 euros, a maior queda desde o início de Outubro de 2008. Trata-se do pior registo na bolsa de Lisboa e também no sector europeu.

Este desempenho surge depois de a petrolífera lidarada por Ferreira de Oliveira ter anunciado hoje, antes da abertura dos mercados, que chegou a acordo com a chinesa Sinopec para vender 30% dos activos brasileiros por 4,8 mil milhões de dólares, o equivalente a cerca de 3,6 mil milhões de euros à taxa de câmbio actual. A operação será realizada através de um aumento de capital.

"Os valores implícitos do negócio são desapontantes porque avaliam em 3,9 dólares por barril o que a Galp tem no Brasil, o que compara desfavoravelmente com os 5,6-5,8 dólares por barril implícitos num 'deal' semelhante com a Repsol", explicou Pedro Pintassilgo, gestor de fundo da F&C Investments, à Reuters. "Este foi o primeiro choque", frisou o mesmo especialista. "Mas as acções poderão depois recuperar algum terreno", acrescentou.

Por exemplo, os analistas do Goldman Sachs avaliam os activos totais da Galp no Brasil em 15,7 mil milhões de euros, acima dos 12,5 mil milhões implícitos no negócio hoje anunciado.

Contudo, o suíço UBS considera que o valor do aumento de capital anunciado (3,6 mil milhões de euros) está "bem acima" dos 2 mil milhões de euros que a Galp queria encaixar. Numa nota, citada pela Bloomberg, o UBS indica também que o negócio com a Sinopec vai eliminar todas as preocupações de financiamento da petrolífera, e, por isso, decidiu manter a sua recomendação de 'comprar' para a Galp.

O tombo das acções da petrolífera está a motivar uma queda de 2% no PSI 20, num dia que até está a ser de ganhos no resto da Europa.

Na sessão de hoje já foram negociados 5,2 milhões de acções da Galp, quatro vezes acima da liquidez média diária dos últimos 12 meses, que ronda os 1,3 milhões de títulos.

Com as perdas de hoje, a petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira acumula agora um recuo superior a 6% em bolsa desde o início do ano.

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