Crise dos refugiados: Governo prepara campanha de sensibilização

16-09-2015
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Para Malheiros, o objectivo da campanha de sensibilização deve passar, necessariamente, pelo desmistifcar destes argumentos. "É preciso explicar que as coisas não são mutuamente exclusivas, o Governo tem de passar a mensagem de que o assumir das suas obrigações internacionais e humanitárias não põe em causa as responsabilidades que tem para com os portugueses", diz, antevendo dificuldades para o Executivo. "É natural que um Governo, que nos últimos anos teve um discurso de «primeiro temos de resolver o problema da dívida, só depois o do desemprego e da pobreza», agora possa ter dificuldades em explicar ao país que vai conseguir atacar os problemas ao mesmo tempo".

É por isso que o Executivo não deve estar sozinho nessa campanha, nota o sociólogo, frisando que "tem de haver um discurso da sociedade civil, da igreja, dos sindicatos, do patronato, de figuras emblemáticas, que expliquem que receber estas pessoas faz parte dos valores de Portugal, chamando a atenção para as coisas boas que elas podem trazer".

Nas redes sociais têm aumentado também os discursos de receio de que os refugiados possam, no futuro, constituir uma ameaça para o país. Têm sido partilhados, aliás, vários vídeos com supostos infiltrados do Estado Islâmico entre os refugiados. A comunicação social tem vindo a desconstruir esses argumentos e a veracidade dos vídeos em questão, mas Malheiros considera que também o Governo deve abordar o tema da segurança. "É preciso fazer ver às pessoas que o essencial, neste ponto, é integrar da melhor forma quem chega e os seus descendentes, isso é que previne a radicalização", nota, concluindo que "a primeira resposta a dar aqui é humanitária, depois, a médio prazo, é o trabalho de integração. Não podemos é não deixar entrar as pessoas porque um dia, daqui a muitos anos, uma delas pode ou não vir a ser uma ameaça".

Para Malheiros, o objectivo da campanha de sensibilização deve passar, necessariamente, pelo desmistifcar destes argumentos. "É preciso explicar que as coisas não são mutuamente exclusivas, o Governo tem de passar a mensagem de que o assumir das suas obrigações internacionais e humanitárias não põe em causa as responsabilidades que tem para com os portugueses", diz, antevendo dificuldades para o Executivo. "É natural que um Governo, que nos últimos anos teve um discurso de «primeiro temos de resolver o problema da dívida, só depois o do desemprego e da pobreza», agora possa ter dificuldades em explicar ao país que vai conseguir atacar os problemas ao mesmo tempo".

É por isso que o Executivo não deve estar sozinho nessa campanha, nota o sociólogo, frisando que "tem de haver um discurso da sociedade civil, da igreja, dos sindicatos, do patronato, de figuras emblemáticas, que expliquem que receber estas pessoas faz parte dos valores de Portugal, chamando a atenção para as coisas boas que elas podem trazer".

Nas redes sociais têm aumentado também os discursos de receio de que os refugiados possam, no futuro, constituir uma ameaça para o país. Têm sido partilhados, aliás, vários vídeos com supostos infiltrados do Estado Islâmico entre os refugiados. A comunicação social tem vindo a desconstruir esses argumentos e a veracidade dos vídeos em questão, mas Malheiros considera que também o Governo deve abordar o tema da segurança. "É preciso fazer ver às pessoas que o essencial, neste ponto, é integrar da melhor forma quem chega e os seus descendentes, isso é que previne a radicalização", nota, concluindo que "a primeira resposta a dar aqui é humanitária, depois, a médio prazo, é o trabalho de integração. Não podemos é não deixar entrar as pessoas porque um dia, daqui a muitos anos, uma delas pode ou não vir a ser uma ameaça".

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