Sindicato reafirma que Núncio sabia da lista
Denise Fernandes
Ontem 00:07
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) reafirmou ontem que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sabia da lista VIP, mas diz não ter “nada de material” que possa apresentar.
“O que temos são informações dadas por colegas da informática”, disse Paulo Ralha na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças. Apesar de dizer que não tem “nada de palpável, nada de material” que possa apresentar, o dirigente sindical insistiu que o secretário de Estado, Paulo Núncio, tinha conhecimento da “lista VIP”.
A afirmação provocou a reacção do PSD. O deputado Duarte Pacheco sublinhou que o presidente do STI “não pode fazer acusações sem ter provas”. Paulo Ralha respondeu que “os boatos têm tanta força que já provocaram duas demissões”, referindo-se às saídas de Brigas Afonso e José Maria Pires. O presidente do STI recusou dar nomes para “protecção dos colegas”.
“Pelas informações dadas pelos colegas, a lista terá sido dada pelo secretário de Estado”, insistiu Paulo Ralha. “Não há ninguém que implemente uma prática deste tipo sem aval político”, frisou. O dirigente sindical duvidou ainda da “independência e isenção” da Inspecção-Geral das Finanças para investigar os procedimentos da Autoridade Tributária (AT). ”Não é isento meter um organismo que depende do mesmo ministério a inspeccionar a AT”, atirou.
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Sindicato reafirma que Núncio sabia da lista
Denise Fernandes
Ontem 00:07
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) reafirmou ontem que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais sabia da lista VIP, mas diz não ter “nada de material” que possa apresentar.
“O que temos são informações dadas por colegas da informática”, disse Paulo Ralha na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças. Apesar de dizer que não tem “nada de palpável, nada de material” que possa apresentar, o dirigente sindical insistiu que o secretário de Estado, Paulo Núncio, tinha conhecimento da “lista VIP”.
A afirmação provocou a reacção do PSD. O deputado Duarte Pacheco sublinhou que o presidente do STI “não pode fazer acusações sem ter provas”. Paulo Ralha respondeu que “os boatos têm tanta força que já provocaram duas demissões”, referindo-se às saídas de Brigas Afonso e José Maria Pires. O presidente do STI recusou dar nomes para “protecção dos colegas”.
“Pelas informações dadas pelos colegas, a lista terá sido dada pelo secretário de Estado”, insistiu Paulo Ralha. “Não há ninguém que implemente uma prática deste tipo sem aval político”, frisou. O dirigente sindical duvidou ainda da “independência e isenção” da Inspecção-Geral das Finanças para investigar os procedimentos da Autoridade Tributária (AT). ”Não é isento meter um organismo que depende do mesmo ministério a inspeccionar a AT”, atirou.