Manuel Alfredo Tito de Morais nasceu em Lisboa, no dia 28 de Junho de 1910. Era filho de Augusto Tito de Morais [oficial da marinha, ministro, deputado e ilustre republicano] e de Carolina de Macedo Morais. Frequenta o Colégio Militar e o Liceu Camões, e já em Gand (Bélgica) tira o curso de Engenheiro Electrotécnico [cf. CCTM (blog) e que acompanharemos de perto]. Regressa a Portugal, trabalhando na Marconi e na General Electric (1940). Integrou ou acompanhou de perto, ao longo da sua inquebrantável luta contra a ditadura, o MUNAF, o MUD [foi membro da Comissão Central e integra a campanha presidencial de Norton de Matos – cf. CCTM (blog)], o Núcleo da Doutrinação e Acção Socialista, a União Socialista, a Resistência Republicana e Socialista [integrada na F.P.L.N.], a Acção Socialista Portuguesa [em 1962 em Paris, reuniram-se Tito e Morais, Mário Soares e Piteira Santos para a redacção das bases ideológicas da organização. Afasta-se do projecto Piteira Santos e só em Abril de 1964 surge a declaração de princípios do movimento – cf. Tito de Morais, in "Portugal Socialista. Um Pouco da sua História", O Portugal Socialista na Clandestinidade, 1977] e o Partido Socialista [fez parte do seu núcleo fundador, na reunião, de 9 de Abril de 1973 em Bad Munstereifel, onde a ASP é extinta e dá origem ao PSP; foi presidente do partido entre 1986-88].Em 1945, na sequência da sua participação na campanha presidencial de Norton de Matos é "dispensado” do serviço que então exercia no Instituto Pasteur, ficando no desemprego. É, posteriormente, preso a 31 de Janeiro de 1947 [o MUD foi ilegalizado e os elementos da sua Comissão Central são detidos], saindo sob fiança a 23 de Março de 1948, tendo embarcado para Angola procurando exercer a sua profissão. Participa na campanha presidencial de Humberto Delgado (1958) e no começo da guerra colonial (1961) é detido pela PIDE na prisão de Luanda "onde foi tratado o mais desumanamente que se pode imaginar" [cf. CCTM, ibidem]. É-lhe concedido o regresso a Portugal, porém com residência fixa. Assim sendo, sem trabalho e com a PIDE atenta, decide partir para o exílio, passando por França, Brasil [1961-63, onde funda a União Democrática Portuguesa], Argélia [de 1963-66, agora como dirigente da Junta de Salvação Nacional – FPLN] e, após a fundação da Acção Socialista Portuguesa, vai para Roma em 1966 e participa no Congresso da Internacional Socialista. Em Roma funda o jornal "Portugal Socialista" [Ano I, nº 1 (1 de Maio de 1967) ao Ano VII, nº 3 (Dezembro de 1973); estava ligado à Acção Socialista Portuguesa (mais tarde, Agosto de 1973, surge já como Órgão Central do Partido Socialista), e contou com o apoio tipográfico (e divulgação) do Partido Socialista Italiano; o jornal tinha como destino o interior do país, e por isso a colaboração vinda de Portugal é assinada sob pseudónimo [como Tristão da Cunha, J. L. Libanio, A D’Anobra, Vladimiro Quaresma, Jaime Cruz, Marcelo], sendo certo que escreveram, além de Tito de Morais, Mário Soares, António Macedo, e sob o nome próprio Ramos da Costa [nº 6, Novembro de 1967; refira-se que Ramos da Costa era o Delegado do C. E. da ASP] e, mesmo, Tito de Morais [Setembro de 1968]. O 25 de Abril "apanhou Tito de Morais em Bona, juntamente com Mário Soares e Ramos da Costa", tendo de imediato regressado a Portugal, com os seus companheiros. Após o 25 de Abril foi deputado à Constituinte, Secretário de Estado do Emprego no 6º Governo Provisório e Secretário de Estado da População e Emprego no 1º Governo Constitucional. Exerceu, ainda, os cargos de Vice-Presidente da Assembleia da República (1977-83), Presidente da Assembleia (1983-85), tendo em 1989, invocando razões de saúde, renunciando à actividade parlamentar. Em 1990 [no dia 31 de Março - cf. António Reis], Manuel Tito de Morais é iniciado na maçonaria, na Loja José Estêvão, com o n. s. Tito Augusto Morais, tendo atingido o grau de Mestre. Faleceu no dia 14 de Dezembro de 1999. No CENTENÁRIO do nascimento de Manuel Tito de Morais consultar a biografia, factos e acontecimentos da sua vida, bem como testemunhos de amigos e camaradas … AQUI, no blog justamente chamado MANUEL TITO DE MORAIS. J.M.M.
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Manuel Alfredo Tito de Morais nasceu em Lisboa, no dia 28 de Junho de 1910. Era filho de Augusto Tito de Morais [oficial da marinha, ministro, deputado e ilustre republicano] e de Carolina de Macedo Morais. Frequenta o Colégio Militar e o Liceu Camões, e já em Gand (Bélgica) tira o curso de Engenheiro Electrotécnico [cf. CCTM (blog) e que acompanharemos de perto]. Regressa a Portugal, trabalhando na Marconi e na General Electric (1940). Integrou ou acompanhou de perto, ao longo da sua inquebrantável luta contra a ditadura, o MUNAF, o MUD [foi membro da Comissão Central e integra a campanha presidencial de Norton de Matos – cf. CCTM (blog)], o Núcleo da Doutrinação e Acção Socialista, a União Socialista, a Resistência Republicana e Socialista [integrada na F.P.L.N.], a Acção Socialista Portuguesa [em 1962 em Paris, reuniram-se Tito e Morais, Mário Soares e Piteira Santos para a redacção das bases ideológicas da organização. Afasta-se do projecto Piteira Santos e só em Abril de 1964 surge a declaração de princípios do movimento – cf. Tito de Morais, in "Portugal Socialista. Um Pouco da sua História", O Portugal Socialista na Clandestinidade, 1977] e o Partido Socialista [fez parte do seu núcleo fundador, na reunião, de 9 de Abril de 1973 em Bad Munstereifel, onde a ASP é extinta e dá origem ao PSP; foi presidente do partido entre 1986-88].Em 1945, na sequência da sua participação na campanha presidencial de Norton de Matos é "dispensado” do serviço que então exercia no Instituto Pasteur, ficando no desemprego. É, posteriormente, preso a 31 de Janeiro de 1947 [o MUD foi ilegalizado e os elementos da sua Comissão Central são detidos], saindo sob fiança a 23 de Março de 1948, tendo embarcado para Angola procurando exercer a sua profissão. Participa na campanha presidencial de Humberto Delgado (1958) e no começo da guerra colonial (1961) é detido pela PIDE na prisão de Luanda "onde foi tratado o mais desumanamente que se pode imaginar" [cf. CCTM, ibidem]. É-lhe concedido o regresso a Portugal, porém com residência fixa. Assim sendo, sem trabalho e com a PIDE atenta, decide partir para o exílio, passando por França, Brasil [1961-63, onde funda a União Democrática Portuguesa], Argélia [de 1963-66, agora como dirigente da Junta de Salvação Nacional – FPLN] e, após a fundação da Acção Socialista Portuguesa, vai para Roma em 1966 e participa no Congresso da Internacional Socialista. Em Roma funda o jornal "Portugal Socialista" [Ano I, nº 1 (1 de Maio de 1967) ao Ano VII, nº 3 (Dezembro de 1973); estava ligado à Acção Socialista Portuguesa (mais tarde, Agosto de 1973, surge já como Órgão Central do Partido Socialista), e contou com o apoio tipográfico (e divulgação) do Partido Socialista Italiano; o jornal tinha como destino o interior do país, e por isso a colaboração vinda de Portugal é assinada sob pseudónimo [como Tristão da Cunha, J. L. Libanio, A D’Anobra, Vladimiro Quaresma, Jaime Cruz, Marcelo], sendo certo que escreveram, além de Tito de Morais, Mário Soares, António Macedo, e sob o nome próprio Ramos da Costa [nº 6, Novembro de 1967; refira-se que Ramos da Costa era o Delegado do C. E. da ASP] e, mesmo, Tito de Morais [Setembro de 1968]. O 25 de Abril "apanhou Tito de Morais em Bona, juntamente com Mário Soares e Ramos da Costa", tendo de imediato regressado a Portugal, com os seus companheiros. Após o 25 de Abril foi deputado à Constituinte, Secretário de Estado do Emprego no 6º Governo Provisório e Secretário de Estado da População e Emprego no 1º Governo Constitucional. Exerceu, ainda, os cargos de Vice-Presidente da Assembleia da República (1977-83), Presidente da Assembleia (1983-85), tendo em 1989, invocando razões de saúde, renunciando à actividade parlamentar. Em 1990 [no dia 31 de Março - cf. António Reis], Manuel Tito de Morais é iniciado na maçonaria, na Loja José Estêvão, com o n. s. Tito Augusto Morais, tendo atingido o grau de Mestre. Faleceu no dia 14 de Dezembro de 1999. No CENTENÁRIO do nascimento de Manuel Tito de Morais consultar a biografia, factos e acontecimentos da sua vida, bem como testemunhos de amigos e camaradas … AQUI, no blog justamente chamado MANUEL TITO DE MORAIS. J.M.M.