Almanaque Republicano: Sufragismo

26-01-2012
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AS MULHERES E A REPÚBLICAOs direitos de participação das mulheres na política é uma realidade muito recente em Portugal, só começa a notar-se após a Revolução de 25 de Abril de 1974.No entanto, como em tudo, houve um precurso que foi percorrido, em que com muito pioneirismo algumas mulheres fizeram ouvir a sua voz na opinião pública reivindicando a sua participação. No dia em que se assinala os 98 anos da implantação da República propomo-nos recordar algumas das figuras que mais se destacaram nesse combate pela sua emancipação e pelos seus direitos.Desde o início do século XX que, pontualmente, alguns escritos, por influência das inovações que vinham do exterior, procuravam a defesa do sufrágio onde as mulheres pudessem também participar. Pouco a pouco, as mulheres portuguesas começam a ser sensibilizadas para esta questão, porém, é necessário ter em conta que cerca de 70% da população continuava mergulhada no analfabetismo e as grandes afectadas eram sobretudo as mulheres. Cerca de 1907, com a instauração da ditadura de João Franco, as poucas mulheres com instrução iniciam um processo lento e pontual de afirmação de algumas ideias, onde uma das mais importantes era o direito de voto das mulheres.Neste contexto, Ana de Castro Osório, apresentou no Congresso Republicano, de 1909, uma proposta para os republicanos consagrarem nas suas promessas políticas a questão do voto feminino, porém os congressistas conseguiram protelar a promessa. Após a instauração da República, o Partido Republicano foi colocando entraves a este avanço. Quando, nas Constituintes se discutiu o assunto, Ana de Castro Osório lembra que muitos deputados consideravam o direito de voto das mulheres uma proposta justa, porém, "apenas três tiveram a coragem de publicamente manter as suas afirmações" [in João Esteves, As Origens do Sufragismo Português, Lisboa, Editorial Bizancio, 1998, p. 73] As pioneiras do sufragismo feminino em Portugal foram, entre outras:- Adelaide Cabete (1867-1935)- Alice Moderno (1867-1945)- Ana de Castro Osório (1872-1935)- Angelina Vidal (1853-1917)- Carolina Beatriz Ângelo(1877-1911)- Emília de Sousa Costa (1877-1959)- Elzira Dantas Machado (1865-1942)- Lutgarda Guimarães de Caires (1873-1935)- Maria Veleda (1871-1955)e muitas outras que têm ficado no esquecimento...Saúde e Fraternidade!A.A.B.M.


AS MULHERES E A REPÚBLICAOs direitos de participação das mulheres na política é uma realidade muito recente em Portugal, só começa a notar-se após a Revolução de 25 de Abril de 1974.No entanto, como em tudo, houve um precurso que foi percorrido, em que com muito pioneirismo algumas mulheres fizeram ouvir a sua voz na opinião pública reivindicando a sua participação. No dia em que se assinala os 98 anos da implantação da República propomo-nos recordar algumas das figuras que mais se destacaram nesse combate pela sua emancipação e pelos seus direitos.Desde o início do século XX que, pontualmente, alguns escritos, por influência das inovações que vinham do exterior, procuravam a defesa do sufrágio onde as mulheres pudessem também participar. Pouco a pouco, as mulheres portuguesas começam a ser sensibilizadas para esta questão, porém, é necessário ter em conta que cerca de 70% da população continuava mergulhada no analfabetismo e as grandes afectadas eram sobretudo as mulheres. Cerca de 1907, com a instauração da ditadura de João Franco, as poucas mulheres com instrução iniciam um processo lento e pontual de afirmação de algumas ideias, onde uma das mais importantes era o direito de voto das mulheres.Neste contexto, Ana de Castro Osório, apresentou no Congresso Republicano, de 1909, uma proposta para os republicanos consagrarem nas suas promessas políticas a questão do voto feminino, porém os congressistas conseguiram protelar a promessa. Após a instauração da República, o Partido Republicano foi colocando entraves a este avanço. Quando, nas Constituintes se discutiu o assunto, Ana de Castro Osório lembra que muitos deputados consideravam o direito de voto das mulheres uma proposta justa, porém, "apenas três tiveram a coragem de publicamente manter as suas afirmações" [in João Esteves, As Origens do Sufragismo Português, Lisboa, Editorial Bizancio, 1998, p. 73] As pioneiras do sufragismo feminino em Portugal foram, entre outras:- Adelaide Cabete (1867-1935)- Alice Moderno (1867-1945)- Ana de Castro Osório (1872-1935)- Angelina Vidal (1853-1917)- Carolina Beatriz Ângelo(1877-1911)- Emília de Sousa Costa (1877-1959)- Elzira Dantas Machado (1865-1942)- Lutgarda Guimarães de Caires (1873-1935)- Maria Veleda (1871-1955)e muitas outras que têm ficado no esquecimento...Saúde e Fraternidade!A.A.B.M.

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