Debate do Rectificativo termina com acusações de

25-10-2013
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Duelo entre o ex-ministro socialista Pedro Silva Pereira e o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, conduziu debate aos aumentos salariais de 2009.

O Governo de Passos Coelho é responsável pela "maior burla política de que há memória, que disse que faria o ajustamento pela despesa, e depois aumentou os impostos", acusou Pedro Silva Pereira, ex-ministro da Presidência do Governo de Sócrates. "Burlados foram os portugueses com a governação à qual está associado e que levou o país a pedir ajuda externa", respondeu Luís Montenegro, num pedido de defesa da honra da bancada.

O debate parlamentar do segundo orçamento rectificativo decorria num tom sereno, mas a calma só durou até à intervenção do socialista Pedro Silva Pereira. Depois, as intervenções incendiadas sucederam-se e houve tempo para evocar José Sócrates, o aumento de salários em 2009, Manuela Ferreira Leite e o seu aval à medida, e até as contas "do professor Eduardo Catroga que, juntamente com Carlos Moedas", indicavam que o ajustamento era possível cortando as "gorduras do Estado", nas palavras de Silva Pereira.

O ex-ministro da Presidência do Governo de Sócrates começou por apontar "três verdades inconvenientes" que encontrou no segundo Orçamento Rectificativo: "primeiro, o falhanço da meta do défice, depois o falhanço da recuperação da economia, e o falhanço da recuperação do investimento". Silva Pereira frisou que o Governo apresentou "seis rectificativos em dois anos" e garantiu que "na hora de votar este Rectificativo, o Governo estará sozinho".

Duarte Pacheco, pela bancada do PSD, pegou no tema dos rectificativos e lembrou como no Governo de Sócrates as alterações à lei orçamental eram "apelidadas de tudo menos de rectificativo" porque "o Governo não tinha coragem para falar verdade aos portugueses". E foi mais longe: "O senhor, que fez parte do governo socialista, não tem currículo, tem cadastro", disse Duarte Pacheco, para Pedro Silva Pereira, arrancando fortes aplausos das bancadas da maioria.

Foi então que as acusações de burla política surgiram. Primeiro de Silva Pereira ao Governo, por não cumprir as promessas eleitorais de não aumentar impostos e por fazer o ajustamento com recurso a cortes de salários e de pensões. Depois de Luís Montenegro, que recuperou o mandato do Governo de Sócrates para lembrar que os socialistas levaram o défice a 10% (em 2010). "Burla política é financiar as empresas públicas para não ter a sua contabilidade no perímetro do défice; burla política é transmitir para as gerações seguintes os encargos com as PPP", acusou ainda o líder da bancada do PSD.

Luís Montenegro não ficou sem resposta: Silva Pereira, de pé, mostrou bem alto uma fotocópia de uma entrevista de Manuela Ferreira Leite, onde a ex-líder do PSD concordava com o aumento de salários para os funcionários públicos em ano de eleições, e lembrou que a medida foi votada favoravelmente pelo PSD. "Todos lembramos Passos Coelho a prometer a uma criancinha que não ia tirar os salários aos pais. Porque, com o professor Catroga e Carlos Moedas, tinham feito as contas" e o ajustamento podia ser feito cortando nas gorduras do Estado, recordou ainda Silva Pereira. "As gerações vindouras estão hoje a emigrar por recomendação do seu Governo", rematou o socialista.

Duelo entre o ex-ministro socialista Pedro Silva Pereira e o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, conduziu debate aos aumentos salariais de 2009.

O Governo de Passos Coelho é responsável pela "maior burla política de que há memória, que disse que faria o ajustamento pela despesa, e depois aumentou os impostos", acusou Pedro Silva Pereira, ex-ministro da Presidência do Governo de Sócrates. "Burlados foram os portugueses com a governação à qual está associado e que levou o país a pedir ajuda externa", respondeu Luís Montenegro, num pedido de defesa da honra da bancada.

O debate parlamentar do segundo orçamento rectificativo decorria num tom sereno, mas a calma só durou até à intervenção do socialista Pedro Silva Pereira. Depois, as intervenções incendiadas sucederam-se e houve tempo para evocar José Sócrates, o aumento de salários em 2009, Manuela Ferreira Leite e o seu aval à medida, e até as contas "do professor Eduardo Catroga que, juntamente com Carlos Moedas", indicavam que o ajustamento era possível cortando as "gorduras do Estado", nas palavras de Silva Pereira.

O ex-ministro da Presidência do Governo de Sócrates começou por apontar "três verdades inconvenientes" que encontrou no segundo Orçamento Rectificativo: "primeiro, o falhanço da meta do défice, depois o falhanço da recuperação da economia, e o falhanço da recuperação do investimento". Silva Pereira frisou que o Governo apresentou "seis rectificativos em dois anos" e garantiu que "na hora de votar este Rectificativo, o Governo estará sozinho".

Duarte Pacheco, pela bancada do PSD, pegou no tema dos rectificativos e lembrou como no Governo de Sócrates as alterações à lei orçamental eram "apelidadas de tudo menos de rectificativo" porque "o Governo não tinha coragem para falar verdade aos portugueses". E foi mais longe: "O senhor, que fez parte do governo socialista, não tem currículo, tem cadastro", disse Duarte Pacheco, para Pedro Silva Pereira, arrancando fortes aplausos das bancadas da maioria.

Foi então que as acusações de burla política surgiram. Primeiro de Silva Pereira ao Governo, por não cumprir as promessas eleitorais de não aumentar impostos e por fazer o ajustamento com recurso a cortes de salários e de pensões. Depois de Luís Montenegro, que recuperou o mandato do Governo de Sócrates para lembrar que os socialistas levaram o défice a 10% (em 2010). "Burla política é financiar as empresas públicas para não ter a sua contabilidade no perímetro do défice; burla política é transmitir para as gerações seguintes os encargos com as PPP", acusou ainda o líder da bancada do PSD.

Luís Montenegro não ficou sem resposta: Silva Pereira, de pé, mostrou bem alto uma fotocópia de uma entrevista de Manuela Ferreira Leite, onde a ex-líder do PSD concordava com o aumento de salários para os funcionários públicos em ano de eleições, e lembrou que a medida foi votada favoravelmente pelo PSD. "Todos lembramos Passos Coelho a prometer a uma criancinha que não ia tirar os salários aos pais. Porque, com o professor Catroga e Carlos Moedas, tinham feito as contas" e o ajustamento podia ser feito cortando nas gorduras do Estado, recordou ainda Silva Pereira. "As gerações vindouras estão hoje a emigrar por recomendação do seu Governo", rematou o socialista.

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