BPN: PSD usa Teixeira dos Santos para defender proposta de conclusões

16-10-2012
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“Quero aqui enaltecer o que foi afirmado pelo [ex-ministro de Estado e das Finanças] professor Teixeira dos Santos pela categoria que demonstrou”, declarou o deputado social-democrata Hugo Velosa na parte final da reunião da comissão de inquérito sobre a nacionalização e reprivatização do Banco Português de Negócios (BPN).

Uma reunião na qual esteve em discussão a proposta de relatório de conclusões da comissão de inquérito, da autoria do deputado do PSD Duarte Pacheco.

Duarte Pacheco apresentou a sua proposta de conclusões desta segunda comissão parlamentar de inquérito sobre o BPN ao longo de 40 minutos, citando de forma abundante posições ali assumidas pelo ex-ministro das Finanças dos dois governos socialistas liderados por José Sócrates.

O deputado do PSD invocou o depoimento feito por Teixeira dos Santos em Maio passado para justificar os difíceis condicionalismos externos (financeiros e económicos) que caracterizaram o processo de reprivatização; para tentar provar que BPN tinha mesmo de ser vendido de forma acelerada (até 31 de Julho de 2011) por imposição da ‘troika’ (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional); e, finalmente, para sustentar a tese de que a venda aos angolanos do banco BIC foi feita pelo preço possível, evitando-se assim um cenário de liquidação.

“O professor Teixeira dos Santos foi clarinho nestes pontos”, sustentou o autor da proposta de relatório da comissão de inquérito sobre o BPN.

Antecipando-se a críticas por o BPN ter sido vendido ao BIC por 40 milhões de euros - um valor baixo que a oposição considera muito baixo -, o deputado do PSD recorreu ao mundo do futebol para argumentar: “Gostava que o Benfica tivesse o Cristiano Ronaldo para ganhar muito mais vezes, mas o Benfica não tem condições para ter o Cristiano Ronaldo”, disse.

Pela parte do CDS, o deputado João Almeida manifestou disponibilidade para aperfeiçoar o documento de proposta de conclusões e estabeleceu um contraste entre o que se passou hoje nesta fase de discussão com o que se passou na primeira comissão de inquérito, quando o PS tinha maioria.

“O PS impediu que do relatório de conclusões constassem críticas ao papel da supervisão. O facto de Vítor Constâncio ser hoje vice-presidente do BCE não nos inibe de averiguar os seus actos”, advertiu.

João Almeida optou sobretudo por criticar “as omissões da tutela” [entenda-se Governo socialista] na fase de nacionalização do BPN, entre 2008 e final de 2011, mas também atacou a própria gestão do banco por elementos da Caixa Geral de Depósitos.

“Durante esta gestão continuaram a existir factos graves, como irregularidades, canibalização da actividade seguradora, critérios pouco claros na concessão de créditos, entre outros factos. No período da nacionalização, o BPN perdeu valor, não só por culpa da tutela, mas também pela prática da gestão do Caixa”, acrescentou.

“Quero aqui enaltecer o que foi afirmado pelo [ex-ministro de Estado e das Finanças] professor Teixeira dos Santos pela categoria que demonstrou”, declarou o deputado social-democrata Hugo Velosa na parte final da reunião da comissão de inquérito sobre a nacionalização e reprivatização do Banco Português de Negócios (BPN).

Uma reunião na qual esteve em discussão a proposta de relatório de conclusões da comissão de inquérito, da autoria do deputado do PSD Duarte Pacheco.

Duarte Pacheco apresentou a sua proposta de conclusões desta segunda comissão parlamentar de inquérito sobre o BPN ao longo de 40 minutos, citando de forma abundante posições ali assumidas pelo ex-ministro das Finanças dos dois governos socialistas liderados por José Sócrates.

O deputado do PSD invocou o depoimento feito por Teixeira dos Santos em Maio passado para justificar os difíceis condicionalismos externos (financeiros e económicos) que caracterizaram o processo de reprivatização; para tentar provar que BPN tinha mesmo de ser vendido de forma acelerada (até 31 de Julho de 2011) por imposição da ‘troika’ (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional); e, finalmente, para sustentar a tese de que a venda aos angolanos do banco BIC foi feita pelo preço possível, evitando-se assim um cenário de liquidação.

“O professor Teixeira dos Santos foi clarinho nestes pontos”, sustentou o autor da proposta de relatório da comissão de inquérito sobre o BPN.

Antecipando-se a críticas por o BPN ter sido vendido ao BIC por 40 milhões de euros - um valor baixo que a oposição considera muito baixo -, o deputado do PSD recorreu ao mundo do futebol para argumentar: “Gostava que o Benfica tivesse o Cristiano Ronaldo para ganhar muito mais vezes, mas o Benfica não tem condições para ter o Cristiano Ronaldo”, disse.

Pela parte do CDS, o deputado João Almeida manifestou disponibilidade para aperfeiçoar o documento de proposta de conclusões e estabeleceu um contraste entre o que se passou hoje nesta fase de discussão com o que se passou na primeira comissão de inquérito, quando o PS tinha maioria.

“O PS impediu que do relatório de conclusões constassem críticas ao papel da supervisão. O facto de Vítor Constâncio ser hoje vice-presidente do BCE não nos inibe de averiguar os seus actos”, advertiu.

João Almeida optou sobretudo por criticar “as omissões da tutela” [entenda-se Governo socialista] na fase de nacionalização do BPN, entre 2008 e final de 2011, mas também atacou a própria gestão do banco por elementos da Caixa Geral de Depósitos.

“Durante esta gestão continuaram a existir factos graves, como irregularidades, canibalização da actividade seguradora, critérios pouco claros na concessão de créditos, entre outros factos. No período da nacionalização, o BPN perdeu valor, não só por culpa da tutela, mas também pela prática da gestão do Caixa”, acrescentou.

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