PSD acusa oposição de "prometer tudo a todos"

20-11-2014
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PSD acusa oposição de "prometer tudo a todos"

Margarida Peixoto

11:16

A marcar o arranque do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2015, o deputado social-democrata Duarte Pacheco acusa os partidos da oposição de "prometer tudo a todos".

"Este debate evidencia a responsabilidade da maioria versus a irresponsabilidade da oposição", disparou logo Duarte Pacheco, o primeiro deputado a tomar a palavra no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2015, que decorre esta manhã na Assembleia da República.

O deputado social-democrata defendeu que a situação do país ainda é "frágil" e que por isso as propostas de alteração dos partidos da maioria são "responsáveis". Já quanto às propostas da oposição, criticou-as por serem eleitoralistas.

"Claro, estamos a um ano de eleições... é prometido tudo a todos. Existe alguma área, algum grupo profissional, a que não sejam prometidos milhões? As suas propostas cheiram a bafio", acusou Duarte Pacheco, garantindo ainda que se as alterações da oposição fossem aprovadas aumentavam a despesa em "centenas de milhões de euros".

Sobre as propostas do PS, Duarte Pacheco defende que revelam "incoerência" com os princípios que o maior partido da oposição tem vindo a defender, já que não respeitam os compromissos externos nem os internos, disse o deputado, dando como exemplo o facto de o PS recusar a descida do IRC - que tinha ficado equacionada como possibilidade num acordo assinado entre os partidos do arco da governação - e não chegar a consenso na reforma do IRS.

A resposta do PS, pela voz de João Galamba, chegaria mais morna, com o deputado a frisar sobretudo que os socialistas estão de tal forma contra a política deste governo que não seria possível apresentar propostas de alteração que corrigissem de modo decisivo o Orçamento do Estado previsto para 2015.

"Este Orçamento não é reformável, pretendemos um novo Governo e um novo Orçamento", defendeu João Galamba. O socialista aproveitou para frisar que a descida prevista para o IRC é "ineficaz e inaceitável do ponto vista social" e explicou que as propostas de alteração que o PS ainda assim apresenta (8% do total, segundo contas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental) são intervenções nos "eixos prioritários".

O resto virá apenas mais tarde, "num programa de Governo", rematou.

Mais à esquerda, o BE e o PCP demonstraram também o desacordo absoluto com a proposta de Orçamento do Governo. Mariana Mortágua defendeu que "este orçamento contribui para um país em que o número de milionários aumenta a cada dia que passa", bem como "as desigualdades". E garantiu: "não há partido que tenha apresentado tantas propostas como o BE, todas elas com o mesmo objectivo: mais justiça".

Logo de seguida, o deputado do PCP Paulo Sá tocou no mesmo ponto, argumentando que "este é um Orçamento de continuação da política dos PEC e da troika, um orçamento que prossegue o confisco de salários e pensões, que promove o desemprego e a precariedade, que ataca as funções sociais do Estado e os serviços públicos".

Heloísa Apolónia, pelos Verdes, argumentou que embora o Governo e a maioria queiram defender que não há possibilidade de aliviar mais os sacrifícios pedidos aos cidadãos, essa opção existe: "Há uma opção claríssima da maioria de manter uma brutal austeridade no OE/2015".

A fechar as intervenções iniciais, Cecília Meireles, pelo CDS-PP, reconheceu que "um Orçamento é sempre uma escolha: onde de um lado temos despesa, do outro temos de ter receita".

PSD acusa oposição de "prometer tudo a todos"

Margarida Peixoto

11:16

A marcar o arranque do debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2015, o deputado social-democrata Duarte Pacheco acusa os partidos da oposição de "prometer tudo a todos".

"Este debate evidencia a responsabilidade da maioria versus a irresponsabilidade da oposição", disparou logo Duarte Pacheco, o primeiro deputado a tomar a palavra no debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2015, que decorre esta manhã na Assembleia da República.

O deputado social-democrata defendeu que a situação do país ainda é "frágil" e que por isso as propostas de alteração dos partidos da maioria são "responsáveis". Já quanto às propostas da oposição, criticou-as por serem eleitoralistas.

"Claro, estamos a um ano de eleições... é prometido tudo a todos. Existe alguma área, algum grupo profissional, a que não sejam prometidos milhões? As suas propostas cheiram a bafio", acusou Duarte Pacheco, garantindo ainda que se as alterações da oposição fossem aprovadas aumentavam a despesa em "centenas de milhões de euros".

Sobre as propostas do PS, Duarte Pacheco defende que revelam "incoerência" com os princípios que o maior partido da oposição tem vindo a defender, já que não respeitam os compromissos externos nem os internos, disse o deputado, dando como exemplo o facto de o PS recusar a descida do IRC - que tinha ficado equacionada como possibilidade num acordo assinado entre os partidos do arco da governação - e não chegar a consenso na reforma do IRS.

A resposta do PS, pela voz de João Galamba, chegaria mais morna, com o deputado a frisar sobretudo que os socialistas estão de tal forma contra a política deste governo que não seria possível apresentar propostas de alteração que corrigissem de modo decisivo o Orçamento do Estado previsto para 2015.

"Este Orçamento não é reformável, pretendemos um novo Governo e um novo Orçamento", defendeu João Galamba. O socialista aproveitou para frisar que a descida prevista para o IRC é "ineficaz e inaceitável do ponto vista social" e explicou que as propostas de alteração que o PS ainda assim apresenta (8% do total, segundo contas da Unidade Técnica de Apoio Orçamental) são intervenções nos "eixos prioritários".

O resto virá apenas mais tarde, "num programa de Governo", rematou.

Mais à esquerda, o BE e o PCP demonstraram também o desacordo absoluto com a proposta de Orçamento do Governo. Mariana Mortágua defendeu que "este orçamento contribui para um país em que o número de milionários aumenta a cada dia que passa", bem como "as desigualdades". E garantiu: "não há partido que tenha apresentado tantas propostas como o BE, todas elas com o mesmo objectivo: mais justiça".

Logo de seguida, o deputado do PCP Paulo Sá tocou no mesmo ponto, argumentando que "este é um Orçamento de continuação da política dos PEC e da troika, um orçamento que prossegue o confisco de salários e pensões, que promove o desemprego e a precariedade, que ataca as funções sociais do Estado e os serviços públicos".

Heloísa Apolónia, pelos Verdes, argumentou que embora o Governo e a maioria queiram defender que não há possibilidade de aliviar mais os sacrifícios pedidos aos cidadãos, essa opção existe: "Há uma opção claríssima da maioria de manter uma brutal austeridade no OE/2015".

A fechar as intervenções iniciais, Cecília Meireles, pelo CDS-PP, reconheceu que "um Orçamento é sempre uma escolha: onde de um lado temos despesa, do outro temos de ter receita".

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