Será afinal António Costa o preferido do PSD?

08-10-2015
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Ao contrário de Seguro, Costa está mais próximo da linha de governação do governo e do cumprimento do memorando da troika. Por outro lado, o autarca de Lisboa só tem obtido consensos com quem quer a saída de Portugal do Euro e afinal Costa quer manter tudo o que nos trouxe à bancarrota.

Como todos já percebemos, à exceção de radicais, o país só tem futuro se houver capacidade para entendimentos entre as principais forças políticas e uma estratégia comum de médio prazo. Quer o Governo, quer o PSD mas, sobretudo, Portugal precisam neste momento de um Partido Socialista disponível para fazer consensos. É em torno deste ponto que me parece pertinente verificar qual a liderança do PS que melhor serve o país e que melhor capacidade de entendimento tem com o governo de coligação.

Governo não consegue fazer acordos com Seguro

Seguro já provou que não se entende com Passos Coelho e jamais aceitou os muitos desafios e acordos propostos pelo Primeiro-Ministro. Senão vejamos: recusou chegar a acordo no processo de reorganização de freguesias, na lei autárquica, na estratégia orçamental, nas negociações após a crise do verão de 2013 e, mais recentemente, recusou negociar a reforma da Segurança Social.

Ou seja, Seguro parece ser aquele que mais se distancia da governação atual e que mais recusará cumprir uma estratégia comum de longo prazo. Recorde-se que foi a equipa que hoje apoia António Costa que negociou e construiu o "memorando da troika, acordo esse que mereceu o apoio do CDS e do PSD quando estavam na oposição e que ambos os partidos procuraram cumprir escrupulosamente agora no Governo.

António Costa, o rei dos consensos

Apesar das suas hesitações e derivações, António Costa é o maior garante da continuidade e estabilidade das políticas do atual Governo de coligação e com quem será mais fácil procurar entendimentos. Se há qualidade que Costa reconhecidamente tem é a capacidade de estabelecer pontes entre figuras diferentes, algumas pontes são apenas de circunstância, mas...existem, mesmo que temporariamente. Assim o fez com Sá Fernandes (o tal que custou várias dezenas de milhões de euros aos portugueses por ter interrompido as obras túnel do Marquês e que agora quer varrer para debaixo do tapete a história de Portugal), com Helena Roseta ou com Fernando Nunes Silva.

Serão os acordos com Costa o melhor para o interesse nacional?

Mas será que o preferido para o PSD é o ideal para Portugal? Vejamos os consensos que António Costa conseguiu, acordos de pragmatismo à custa da própria ideologia, com partidos que defendem a saída de Portugal do euro, ou mesmo da própria EU, que estão contra o Tratado Orçamental, a favor das nacionalizações, ou seja, tudo temas que reúnem habitual consenso entre os partidos do arco da governação e que os distinguem do PCP, do Bloco, etc.

PSD tirou Portugal da bancarrota, falta agora reformar o Estado

Importa recordar que o PSD, quando venceu as eleições, traçou duas metas bastante claras: tirar Portugal da bancarrota e cumprir o memorando expulsando a troika; e reformar o Estado. A primeira destas foi conseguida com total sucesso, graças ao esforço dos portugueses e das nossas empresas. Mas só a segunda, a reforma do Estado, permite repor salários, salvar as pensões e reduzir os impostos aos portugueses e às nossas empresas.

Mas só faz a necessária reforma do Estado quem quer mudar as coisas e não quem quer manter as mesmas coisas que nos levaram à bancarrota.

Ao contrário de Seguro, Costa está mais próximo da linha de governação do governo e do cumprimento do memorando da troika. Por outro lado, o autarca de Lisboa só tem obtido consensos com quem quer a saída de Portugal do Euro e afinal Costa quer manter tudo o que nos trouxe à bancarrota.

Como todos já percebemos, à exceção de radicais, o país só tem futuro se houver capacidade para entendimentos entre as principais forças políticas e uma estratégia comum de médio prazo. Quer o Governo, quer o PSD mas, sobretudo, Portugal precisam neste momento de um Partido Socialista disponível para fazer consensos. É em torno deste ponto que me parece pertinente verificar qual a liderança do PS que melhor serve o país e que melhor capacidade de entendimento tem com o governo de coligação.

Governo não consegue fazer acordos com Seguro

Seguro já provou que não se entende com Passos Coelho e jamais aceitou os muitos desafios e acordos propostos pelo Primeiro-Ministro. Senão vejamos: recusou chegar a acordo no processo de reorganização de freguesias, na lei autárquica, na estratégia orçamental, nas negociações após a crise do verão de 2013 e, mais recentemente, recusou negociar a reforma da Segurança Social.

Ou seja, Seguro parece ser aquele que mais se distancia da governação atual e que mais recusará cumprir uma estratégia comum de longo prazo. Recorde-se que foi a equipa que hoje apoia António Costa que negociou e construiu o "memorando da troika, acordo esse que mereceu o apoio do CDS e do PSD quando estavam na oposição e que ambos os partidos procuraram cumprir escrupulosamente agora no Governo.

António Costa, o rei dos consensos

Apesar das suas hesitações e derivações, António Costa é o maior garante da continuidade e estabilidade das políticas do atual Governo de coligação e com quem será mais fácil procurar entendimentos. Se há qualidade que Costa reconhecidamente tem é a capacidade de estabelecer pontes entre figuras diferentes, algumas pontes são apenas de circunstância, mas...existem, mesmo que temporariamente. Assim o fez com Sá Fernandes (o tal que custou várias dezenas de milhões de euros aos portugueses por ter interrompido as obras túnel do Marquês e que agora quer varrer para debaixo do tapete a história de Portugal), com Helena Roseta ou com Fernando Nunes Silva.

Serão os acordos com Costa o melhor para o interesse nacional?

Mas será que o preferido para o PSD é o ideal para Portugal? Vejamos os consensos que António Costa conseguiu, acordos de pragmatismo à custa da própria ideologia, com partidos que defendem a saída de Portugal do euro, ou mesmo da própria EU, que estão contra o Tratado Orçamental, a favor das nacionalizações, ou seja, tudo temas que reúnem habitual consenso entre os partidos do arco da governação e que os distinguem do PCP, do Bloco, etc.

PSD tirou Portugal da bancarrota, falta agora reformar o Estado

Importa recordar que o PSD, quando venceu as eleições, traçou duas metas bastante claras: tirar Portugal da bancarrota e cumprir o memorando expulsando a troika; e reformar o Estado. A primeira destas foi conseguida com total sucesso, graças ao esforço dos portugueses e das nossas empresas. Mas só a segunda, a reforma do Estado, permite repor salários, salvar as pensões e reduzir os impostos aos portugueses e às nossas empresas.

Mas só faz a necessária reforma do Estado quem quer mudar as coisas e não quem quer manter as mesmas coisas que nos levaram à bancarrota.

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