Cinco economistas e conselheiros independentes do governo alemão - o chamado "grupo dos sábios" - defendem a criação de um mecanismo de insolvência soberana para a zona euro para prevenir crises futuras e sugerem que os Estados-membro persistentemente incumpridores devam sair da união monetária.
Norelatório publicado ontem, o Conselho Alemão de Peritos Económicos usa a crise grega para defender a necessidade urgente de novas reformas que tornem a zona euro mais estável. Mas, numa ilustração da divergência de pontos de vista no debate europeu, as conclusões dos peritos que aconselham o governo de Angela Merkel vão em alguns aspectos no sentido oposto ao da generalidade das propostas para reforma da zona euro, incluindo as de Portugal, Itália, Espanha e, mais recentemente, a intenção de proposta mostrada pela França.
"Para garantir a coesão da união monetária temos de reconhecer que os eleitores nos países credores não estão dispostos a financiar os países devedores permanentemente", afirmou Christoph M. Schmidt, presidente do Conselho, citado pela Reuters.
A par de medidas como o aprofundamento da união bancária - intenção partilhada por países como Portugal - o conselho sublinha que os instrumentos na área do euro devem ser complementados por um mecanismo de insolvência ordenada, que garanta a credibilidade da cláusula que proíbe transferências e resgates entre países.
O mecanismo de insolvência forçaria os credores a suportar em perdas se os Estados falissem, levando os investidores a avaliarem o risco soberano em mais detalhe, disse o conselho. Na prática isto significaria maior diferenciação entre os juros da dívida dos países mais estáveis (do Norte) e menos estáveis (do Sul). Para incumpridores persistentes - uma referência velada ao caso grego - o conselho defende a saída da zona euro como forma de travar a "ameaça" para toda a união.
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Cinco economistas e conselheiros independentes do governo alemão - o chamado "grupo dos sábios" - defendem a criação de um mecanismo de insolvência soberana para a zona euro para prevenir crises futuras e sugerem que os Estados-membro persistentemente incumpridores devam sair da união monetária.
Norelatório publicado ontem, o Conselho Alemão de Peritos Económicos usa a crise grega para defender a necessidade urgente de novas reformas que tornem a zona euro mais estável. Mas, numa ilustração da divergência de pontos de vista no debate europeu, as conclusões dos peritos que aconselham o governo de Angela Merkel vão em alguns aspectos no sentido oposto ao da generalidade das propostas para reforma da zona euro, incluindo as de Portugal, Itália, Espanha e, mais recentemente, a intenção de proposta mostrada pela França.
"Para garantir a coesão da união monetária temos de reconhecer que os eleitores nos países credores não estão dispostos a financiar os países devedores permanentemente", afirmou Christoph M. Schmidt, presidente do Conselho, citado pela Reuters.
A par de medidas como o aprofundamento da união bancária - intenção partilhada por países como Portugal - o conselho sublinha que os instrumentos na área do euro devem ser complementados por um mecanismo de insolvência ordenada, que garanta a credibilidade da cláusula que proíbe transferências e resgates entre países.
O mecanismo de insolvência forçaria os credores a suportar em perdas se os Estados falissem, levando os investidores a avaliarem o risco soberano em mais detalhe, disse o conselho. Na prática isto significaria maior diferenciação entre os juros da dívida dos países mais estáveis (do Norte) e menos estáveis (do Sul). Para incumpridores persistentes - uma referência velada ao caso grego - o conselho defende a saída da zona euro como forma de travar a "ameaça" para toda a união.