Se nenhum facto extraordinário ocorrer as próximas eleições em Portugal, serão já no ano que vem, em 2011, e serão eleições Presidenciais. É um a facto que o Partido Socialista não estará directamente envolvido, mas cumpre-lhe evitar o que se passou nas últimas para o mesmo cargo em 2006.Se é verdade que não se deve dividir a sociedade e a consciência dos Portugueses em "de Esquerda" e "de Direita", até porque a faixa de eleitorado indeciso inclusivamente nessa vertente, se mantém nos 30 %, também é verdade que se há momento propício para que isso aconteça é a escolha da mais alta figura do Estado Português. E se fizermos uma breve análise histórica verificamos que, até há 3 anos atrás, nunca nenhuma força política ou personagem da direita tinha auferido mais de metade dos votos expressos, em Portugal e em consequência, nunca tinha o nosso País tido um Presidente de direita desde o 25 de Abril.Claramente que três factores essenciais contribuíram para isso, em primeiro lugar a curta memória dos portugueses que rapidamente se esqueceram das razões pelas quais o ex Primeiro-Ministro português, entre 1985 e 1995, não soube governar os nossos destinos demonstrando clara inabilidade para as questões sociais, nos aumentos desmedidos das portagens, ou no ensino tanto com o estudantes como com os professores, como na fácil e leviana utilização das forças de segurança para a repressão a manifestações de rua. Em segundo lugar no inteligente trabalho táctico de preparação de toda a máquina de campanha envolvida num secretismo total, que nunca deixou transparecer a dimensão de tal projecto, até ao momento do anúncio da sua candidatura, apanhando todos os possíveis adversários e eleitores de surpresa; no fundo foram 8 anos de preparação. E finalmente, em terceira ordem de razões: o grande erro estratégico do Partido Socialista ao possibilitar que a Esquerda fosse a votos totalmente dividida sem um candidato que merecesse por parte do eleitorado de Esquerda e dos militantes do próprio partido uma confiança inequívoca de que mais uma vez a direita não ganhasse as Presidenciais em Portugal.É por isso que agora é a vez do Partido Socialista, através dos seus Órgãos nacionais, tomar no devido tempo da melhor decisão possível, tendente não só a uma vitória socialista, mas essencialmente, que una em seu redor também o pleno da Esquerda no momento da verdade, permitindo assim a reposição do verdadeiro quadro ideológico do nosso país, um Portugal que se quer próspero e desenvolvido, mas ao mesmo tempo justo e solidário. Houve uma pessoa que se manifestou recentemente disponível para esse combate. Manuel Alegre é essa pessoa. O tempo corre em seu favor; que o apoio do Partido Socialista nele se reflicta no melhor momento, seja ele quando quer que ocorra, mas que aconteça de facto.Manuel Alegre nos últimos 3 anos tem sabido gerir o manancial de um milhão de votos obtidos na 1ª volta das eleições de 2006, conquistados, recorde-se sem qualquer apoio partidário e com óbvias dificuldades em ter uma máquina oleada por trás. Essa gestão ocorreu com um hábil posicionamento político nos mais variados contextos, como são o exemplo o seu apoio ao Secretário-Geral no comício de Coimbra das Legislativas de 2009 ou nas reuniões/comícios de fóruns de esquerdas no segundo semestre de 2008.Uma coisa é certa, quem apoia Manuel Alegre, realiza-o convictamente, sem precisar de grandes mobilizações. Apoiar Manuel Alegre é apoiar a forma mais genuína de estar na política, de participar em eventos de campanha (antigamente eram comícios; hoje são jantares e arruadas com fanfarra) sem ser mobilizado em massa dentro de um autocarro, ou em redor de uma mesa de um suposto repasto com a habitual carne assada (em que quanto maior for o diâmetro da mesa mais efeito visual produz para a comunicação social).Apoiar Manuel Alegre é algo verdadeiro e consciente onde a saudosa forma de fazer política, no papel de militantes de base, ressurge sem hesitações. Por ele próprio, pelo PS, pela política genuína, deixemos o tempo correr, deixemos o Orçamento de Estado de 2010 desanuviar as agendas de quem decide, mas concretizemos uma candidatura ganhadora, contra ventos e marés, quer haja ou não a recandidatura do actual Presidente, mas a favor de um sonho. O sonho de voltar a ter uma voz dos cidadãos no lugar certo. Duarte AlcântaraFevereiro de 2010Artigo Publicado em Fevereiro no “Ética e Liberdade”, número 3, Jornal Oficial da Secção de Alvalade do Partido Socialista
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Se nenhum facto extraordinário ocorrer as próximas eleições em Portugal, serão já no ano que vem, em 2011, e serão eleições Presidenciais. É um a facto que o Partido Socialista não estará directamente envolvido, mas cumpre-lhe evitar o que se passou nas últimas para o mesmo cargo em 2006.Se é verdade que não se deve dividir a sociedade e a consciência dos Portugueses em "de Esquerda" e "de Direita", até porque a faixa de eleitorado indeciso inclusivamente nessa vertente, se mantém nos 30 %, também é verdade que se há momento propício para que isso aconteça é a escolha da mais alta figura do Estado Português. E se fizermos uma breve análise histórica verificamos que, até há 3 anos atrás, nunca nenhuma força política ou personagem da direita tinha auferido mais de metade dos votos expressos, em Portugal e em consequência, nunca tinha o nosso País tido um Presidente de direita desde o 25 de Abril.Claramente que três factores essenciais contribuíram para isso, em primeiro lugar a curta memória dos portugueses que rapidamente se esqueceram das razões pelas quais o ex Primeiro-Ministro português, entre 1985 e 1995, não soube governar os nossos destinos demonstrando clara inabilidade para as questões sociais, nos aumentos desmedidos das portagens, ou no ensino tanto com o estudantes como com os professores, como na fácil e leviana utilização das forças de segurança para a repressão a manifestações de rua. Em segundo lugar no inteligente trabalho táctico de preparação de toda a máquina de campanha envolvida num secretismo total, que nunca deixou transparecer a dimensão de tal projecto, até ao momento do anúncio da sua candidatura, apanhando todos os possíveis adversários e eleitores de surpresa; no fundo foram 8 anos de preparação. E finalmente, em terceira ordem de razões: o grande erro estratégico do Partido Socialista ao possibilitar que a Esquerda fosse a votos totalmente dividida sem um candidato que merecesse por parte do eleitorado de Esquerda e dos militantes do próprio partido uma confiança inequívoca de que mais uma vez a direita não ganhasse as Presidenciais em Portugal.É por isso que agora é a vez do Partido Socialista, através dos seus Órgãos nacionais, tomar no devido tempo da melhor decisão possível, tendente não só a uma vitória socialista, mas essencialmente, que una em seu redor também o pleno da Esquerda no momento da verdade, permitindo assim a reposição do verdadeiro quadro ideológico do nosso país, um Portugal que se quer próspero e desenvolvido, mas ao mesmo tempo justo e solidário. Houve uma pessoa que se manifestou recentemente disponível para esse combate. Manuel Alegre é essa pessoa. O tempo corre em seu favor; que o apoio do Partido Socialista nele se reflicta no melhor momento, seja ele quando quer que ocorra, mas que aconteça de facto.Manuel Alegre nos últimos 3 anos tem sabido gerir o manancial de um milhão de votos obtidos na 1ª volta das eleições de 2006, conquistados, recorde-se sem qualquer apoio partidário e com óbvias dificuldades em ter uma máquina oleada por trás. Essa gestão ocorreu com um hábil posicionamento político nos mais variados contextos, como são o exemplo o seu apoio ao Secretário-Geral no comício de Coimbra das Legislativas de 2009 ou nas reuniões/comícios de fóruns de esquerdas no segundo semestre de 2008.Uma coisa é certa, quem apoia Manuel Alegre, realiza-o convictamente, sem precisar de grandes mobilizações. Apoiar Manuel Alegre é apoiar a forma mais genuína de estar na política, de participar em eventos de campanha (antigamente eram comícios; hoje são jantares e arruadas com fanfarra) sem ser mobilizado em massa dentro de um autocarro, ou em redor de uma mesa de um suposto repasto com a habitual carne assada (em que quanto maior for o diâmetro da mesa mais efeito visual produz para a comunicação social).Apoiar Manuel Alegre é algo verdadeiro e consciente onde a saudosa forma de fazer política, no papel de militantes de base, ressurge sem hesitações. Por ele próprio, pelo PS, pela política genuína, deixemos o tempo correr, deixemos o Orçamento de Estado de 2010 desanuviar as agendas de quem decide, mas concretizemos uma candidatura ganhadora, contra ventos e marés, quer haja ou não a recandidatura do actual Presidente, mas a favor de um sonho. O sonho de voltar a ter uma voz dos cidadãos no lugar certo. Duarte AlcântaraFevereiro de 2010Artigo Publicado em Fevereiro no “Ética e Liberdade”, número 3, Jornal Oficial da Secção de Alvalade do Partido Socialista