ESPECIAL CDS

05-10-2015
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A 19 de julho de 2015, com o arranque dos 41 anos de vida do CDS, encerraram as comemorações oficiais dos 40 anos do partido. Nesse dia, na cerimónia de inauguração da requalificação do largo Adelino Amaro da Costa, em frente à sede nacional do CDS-PP, discursaram o presidente do CDS e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Duarte Cordeiro, e o presidente do Conselho Diretivo do IDL - Instituto Amaro da Costa, Luís Gouveia Fernandes.

Ao longo do último ano um programa celebrativo alargado contou com vários momentos evocativos e marcantes da memória coletiva do partido, e do país também. José Luís Nogueira de Brito enquanto presidente da celebração dos 40 anos do CDS nas suas intervenções oficiais fez questão de prestar homenagem aos fundadores do partido, com destaque para Diogo Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa. Realça “para além da capacidade de visão, da competência e da capacidade técnica e de trabalho, era necessário ter uma forte dose de coragem”.

Aborda a questão do próprio nome do CDS - partido do Centro Democrático e Social -cuja ideia inerente de “apelo à moderação e ao diálogo democrático e civilizado que instaurasse como método de acção a discussão serena das ideias e não o grito e a intolerância” fará ainda todo o sentido, no entender de Nogueira de Brito.

A crença na Democracia, em que “a vida política devia decorrer no contexto de um quadro constitucional discutido e aprovado democraticamente, em Assembleia expressamente eleita para tal efeito e exercendo as suas funções com total liberdade de expressão das opiniões” justifica a adoção do nome “centro democrático”. A inclusão do “social” é apoiada na “preocupação dos fundadores pela resolução dos problemas sociais agudizados pela crise que despontava, então, tendo como detonador os problemas criados pela subida alarmante dos preços do petróleo. E “social” porque os fundadores, independentemente da religião que cada um professava, tinham um respeito comum pelos princípios básicos da doutrina social da Igreja, com os desenvolvimentos introduzidos pelas conclusões do Concílio Vaticano II e agora, pelas intervenções recentes mas tão oportunas do Papa Francisco I.” Acrescenta Nogueira de Brito que “os fundadores acreditavam ainda que a democracia política devia ser acompanhada pela definição de políticas sociais públicas que conduzissem ao alargamento dos benefícios sociais a toda a população, acautelada a existência dos recursos necessários à satisfação de tal objectivo.”

O presidente da celebração dos 40 anos relembrou as dificuldades de implantação e afirmação de um partido político com as características e os princípios do CDS, dificuldades essas que só abrandaram a 25 de novembro de 1975, e os combates travados contra aqueles que não perfilhavam as “regras de uma democracia liberal e pluripartidária.”

Diogo Feio, coordenador das comemorações dos 40 anos do CDS, num artigo de opinião na Folha CDS de 20 de março, intitulado “40 Anos ao Serviço de Portugal” destaca “se aqui estamos devemos estar gratos aos nossos fundadores - que com enorme coragem física e psicológica resistiram às tentações totalitárias de banir o CDS”. Sublinha que “a capacidade que o CDS tem demonstrado de se adaptar a novas realidades, seja pelo constante chamamento de novos atores, como também pela enorme discussão interna que sempre foi marcando o partido seja quanto à forma de opção europeia, ao seu posicionamento estratégico ou na postura mais conservadora ou liberal face à sociedade e economia. De todo este debate não se pode retirar a inexistência de uma forte base ideológica. Bem pelo contrário, ela existe, mas desde os primórdios tem sido acompanhada de uma intensa intervenção política em temas que tocam o dia-a-dia dos portugueses com uma clara nota de uma útil política de proximidade.”.

Foram relembrados episódios duros mas emblemáticos tais como o voto contra a Constituição de 1976, o cerco por militantes de extrema-esquerda ao Palácio de Cristal no Porto por ocasião do I Congresso do CDS, em finais de janeiro de 1975, e os distúrbios no Comício da Juventude Centrista, no Teatro São Luíz em Lisboa a 4 de novembro de 1974, seguidos de assalto à sede nacional do partido.

Diogo Feio afirma ainda que “respeitar o nosso passado é o primeiro passo para construirmos bem o presente e o futuro.”, ao enaltecer o orgulho na história do CDS, “tão rica como diversa” e naquilo que o partido representa na vida política nacional.

Paulo Portas afirmou na sua intervenção no encerramento da celebração dos 40 anos "no CDS somos institucionalistas, por isso sabemos que Adelino Amaro da Costa não perdeu a vida por acidente, perdeu-a ao serviço de Portugal e de uma ideia política. Não pode haver uma dádiva cívica maior do que essa. Institucionalistas, acreditamos no que sucessivas, creio que cinco, comissões de inquérito foram capazes determinar: Camarate não foi um acidente".

Defendeu que o nascimento do CDS permitiu "ao sereno povo que se revê no centro direita e na direita democrática ter um partido" e ao regime democrático ter "verdadeira alternância política e contar com o personalismo cristão para a construção do progresso de Portugal". "A nação que é Portugal permitiu dispor em democracia de um partido fundador do arco da governabilidade, disposto a dar a cara, partilhar responsabilidades e correr riscos nas horas mais difíceis, nas horas de maior emergência e nas circunstâncias em que Portugal mais precisava", sustentou. Segundo o presidente centrista, Adelino Amaro da Costa encarnou esse partido "construtor de maiorias".

Portas vincou que os centristas assumem "a história do CDS como um todo", na qual todos os presidentes do partido "deram o seu melhor por Portugal e trabalharam pelo bem comum".

Na cerimónia estiveram presentes, entre outras personalidades, os antigos presidentes Adriano Moreira e José Ribeiro e Castro e o antigo vice-presidente Basílio Horta, atualmente presidente da Câmara de Sintra eleito pelo PS.

Duarte Cordeiro, vice-presidente da autarquia da capital referiu-se na sua intervenção às obras de requalificação do espaço público da cidade nas quais a reabilitação do largo Adelino Amaro da Costa se insere, sublinhando o que a parceira com o Governo ainda não alcançou.

"Fica inexplicavelmente, a faltar a recuperação da estação Sul Sueste cuja degradação contrasta com esta transformação. Esperemos que brevemente nos transfiram essa responsabilidade", declarou.

Paulo Portas agradeceu ao atual presidente da autarquia, Fernando Medina, e ao anterior, que é agora secretário-geral do PS, António Costa, a requalificação do largo em que se situa a sede nacional do partido, agora requalificado através de um projeto dos arquitetos Falcão de Campos e Luísa Ramalho.

Interdito a carros, com um pavimento renovado, três novas árvores numa das extremidades, rodeadas por bancos de jardim, no chão do largo bem como em algumas tábuas dos ditos bancos podem agora ler-se frases de Adelino Amaro da Costa, escolhidas por Freitas do Amaral, Maria do Rosário Carneiro, Ribeiro e Castro.

A 19 de julho de 2015, com o arranque dos 41 anos de vida do CDS, encerraram as comemorações oficiais dos 40 anos do partido. Nesse dia, na cerimónia de inauguração da requalificação do largo Adelino Amaro da Costa, em frente à sede nacional do CDS-PP, discursaram o presidente do CDS e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Duarte Cordeiro, e o presidente do Conselho Diretivo do IDL - Instituto Amaro da Costa, Luís Gouveia Fernandes.

Ao longo do último ano um programa celebrativo alargado contou com vários momentos evocativos e marcantes da memória coletiva do partido, e do país também. José Luís Nogueira de Brito enquanto presidente da celebração dos 40 anos do CDS nas suas intervenções oficiais fez questão de prestar homenagem aos fundadores do partido, com destaque para Diogo Freitas do Amaral e Adelino Amaro da Costa. Realça “para além da capacidade de visão, da competência e da capacidade técnica e de trabalho, era necessário ter uma forte dose de coragem”.

Aborda a questão do próprio nome do CDS - partido do Centro Democrático e Social -cuja ideia inerente de “apelo à moderação e ao diálogo democrático e civilizado que instaurasse como método de acção a discussão serena das ideias e não o grito e a intolerância” fará ainda todo o sentido, no entender de Nogueira de Brito.

A crença na Democracia, em que “a vida política devia decorrer no contexto de um quadro constitucional discutido e aprovado democraticamente, em Assembleia expressamente eleita para tal efeito e exercendo as suas funções com total liberdade de expressão das opiniões” justifica a adoção do nome “centro democrático”. A inclusão do “social” é apoiada na “preocupação dos fundadores pela resolução dos problemas sociais agudizados pela crise que despontava, então, tendo como detonador os problemas criados pela subida alarmante dos preços do petróleo. E “social” porque os fundadores, independentemente da religião que cada um professava, tinham um respeito comum pelos princípios básicos da doutrina social da Igreja, com os desenvolvimentos introduzidos pelas conclusões do Concílio Vaticano II e agora, pelas intervenções recentes mas tão oportunas do Papa Francisco I.” Acrescenta Nogueira de Brito que “os fundadores acreditavam ainda que a democracia política devia ser acompanhada pela definição de políticas sociais públicas que conduzissem ao alargamento dos benefícios sociais a toda a população, acautelada a existência dos recursos necessários à satisfação de tal objectivo.”

O presidente da celebração dos 40 anos relembrou as dificuldades de implantação e afirmação de um partido político com as características e os princípios do CDS, dificuldades essas que só abrandaram a 25 de novembro de 1975, e os combates travados contra aqueles que não perfilhavam as “regras de uma democracia liberal e pluripartidária.”

Diogo Feio, coordenador das comemorações dos 40 anos do CDS, num artigo de opinião na Folha CDS de 20 de março, intitulado “40 Anos ao Serviço de Portugal” destaca “se aqui estamos devemos estar gratos aos nossos fundadores - que com enorme coragem física e psicológica resistiram às tentações totalitárias de banir o CDS”. Sublinha que “a capacidade que o CDS tem demonstrado de se adaptar a novas realidades, seja pelo constante chamamento de novos atores, como também pela enorme discussão interna que sempre foi marcando o partido seja quanto à forma de opção europeia, ao seu posicionamento estratégico ou na postura mais conservadora ou liberal face à sociedade e economia. De todo este debate não se pode retirar a inexistência de uma forte base ideológica. Bem pelo contrário, ela existe, mas desde os primórdios tem sido acompanhada de uma intensa intervenção política em temas que tocam o dia-a-dia dos portugueses com uma clara nota de uma útil política de proximidade.”.

Foram relembrados episódios duros mas emblemáticos tais como o voto contra a Constituição de 1976, o cerco por militantes de extrema-esquerda ao Palácio de Cristal no Porto por ocasião do I Congresso do CDS, em finais de janeiro de 1975, e os distúrbios no Comício da Juventude Centrista, no Teatro São Luíz em Lisboa a 4 de novembro de 1974, seguidos de assalto à sede nacional do partido.

Diogo Feio afirma ainda que “respeitar o nosso passado é o primeiro passo para construirmos bem o presente e o futuro.”, ao enaltecer o orgulho na história do CDS, “tão rica como diversa” e naquilo que o partido representa na vida política nacional.

Paulo Portas afirmou na sua intervenção no encerramento da celebração dos 40 anos "no CDS somos institucionalistas, por isso sabemos que Adelino Amaro da Costa não perdeu a vida por acidente, perdeu-a ao serviço de Portugal e de uma ideia política. Não pode haver uma dádiva cívica maior do que essa. Institucionalistas, acreditamos no que sucessivas, creio que cinco, comissões de inquérito foram capazes determinar: Camarate não foi um acidente".

Defendeu que o nascimento do CDS permitiu "ao sereno povo que se revê no centro direita e na direita democrática ter um partido" e ao regime democrático ter "verdadeira alternância política e contar com o personalismo cristão para a construção do progresso de Portugal". "A nação que é Portugal permitiu dispor em democracia de um partido fundador do arco da governabilidade, disposto a dar a cara, partilhar responsabilidades e correr riscos nas horas mais difíceis, nas horas de maior emergência e nas circunstâncias em que Portugal mais precisava", sustentou. Segundo o presidente centrista, Adelino Amaro da Costa encarnou esse partido "construtor de maiorias".

Portas vincou que os centristas assumem "a história do CDS como um todo", na qual todos os presidentes do partido "deram o seu melhor por Portugal e trabalharam pelo bem comum".

Na cerimónia estiveram presentes, entre outras personalidades, os antigos presidentes Adriano Moreira e José Ribeiro e Castro e o antigo vice-presidente Basílio Horta, atualmente presidente da Câmara de Sintra eleito pelo PS.

Duarte Cordeiro, vice-presidente da autarquia da capital referiu-se na sua intervenção às obras de requalificação do espaço público da cidade nas quais a reabilitação do largo Adelino Amaro da Costa se insere, sublinhando o que a parceira com o Governo ainda não alcançou.

"Fica inexplicavelmente, a faltar a recuperação da estação Sul Sueste cuja degradação contrasta com esta transformação. Esperemos que brevemente nos transfiram essa responsabilidade", declarou.

Paulo Portas agradeceu ao atual presidente da autarquia, Fernando Medina, e ao anterior, que é agora secretário-geral do PS, António Costa, a requalificação do largo em que se situa a sede nacional do partido, agora requalificado através de um projeto dos arquitetos Falcão de Campos e Luísa Ramalho.

Interdito a carros, com um pavimento renovado, três novas árvores numa das extremidades, rodeadas por bancos de jardim, no chão do largo bem como em algumas tábuas dos ditos bancos podem agora ler-se frases de Adelino Amaro da Costa, escolhidas por Freitas do Amaral, Maria do Rosário Carneiro, Ribeiro e Castro.

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