porquemedizem: Duarte Cordeiro

21-01-2012
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Igreja pode apelar ao voto contra partidos que apoiam casamento entre homossexuais.A falácia de que Vitalino Canas nos deveria falar é que, infelizmente, esta grande bandeira do PS só existe porque não implica o dispêndio de dinheiro e não consigo vislumbrar qual o problema da intromissão da igreja em questões políticas, são um grupo organizado, têm objectivos próprios e, como a imagem documenta, são chamados pelos políticos para actos políticos e civis como a inauguração de uma escola. A questão é, evidentemente, apenas de lógica eleitoral, quando lhes convém, chamam-nos e usam-na, quando não lhes convém, vêm dizer que a igreja não se deve imiscuir na política. Deve sim senhor, têm direito à sua opinião e o direito a expressá-la como outra organização qualquer. Não agrada ao PS ou a sei lá mais quem, paciência… Quanto a isto estamos conversados.No que respeita ao casamento dos homossexuais, estou-me absolutamente nas tintas, da mesma forma que me estou nas tintas para o casamento dos heterossexuais, só se casa quem quer, uma vez que a lei já prevê direitos iguais para as uniões de facto, o casamento passou a tornar-se um acto de menor importância e que nada contribui para a melhoria do bem-estar das pessoas, essa sim a grande questão com que os políticos se deviam preocupar.Quanto ao aspirante a político da JS, e à sua preocupação com o medo que os jovens poderão ter em afirmarem a sua orientação sexual, parece esquecer, de forma ou ignorante ou demagógica, que não será com o direito ao casamento que deixarão de o ter. Essa é uma questão cultural e não política, uma questão que não se muda por decreto, mas com uma aposta na educação, já que passa por uma alteração da mentalidade popular, do respeito pela tolerância, pela diferença e pela aceitação de outras formas de estar ou pensar. Ora acontece que não vejo, nem vi, esse político júnior, nem o seu partido mostrarem-se preocupados com isso, pelo que me parece querer começar a construir a casa pelo telhado… Se calhar também é inginheiro ou, se não é, parece. Cá lhe fica a lição, meu jovem, as coisas começam a fazer-se pelo princípio e não pelo fim. Para além de tudo isto, se o PS vier a perder votos com isto óptimo, excelente, se desagrada ao cordeirinho, ao Sócrates ou ao Paulo Pedroso, mais me satisfaz. Cada espinha cravada na vossa garganta é um regalo para mim… Oxalá que sim, que haja muitos católicos que votem contra o PS, o motivo de nada me importa…


Igreja pode apelar ao voto contra partidos que apoiam casamento entre homossexuais.A falácia de que Vitalino Canas nos deveria falar é que, infelizmente, esta grande bandeira do PS só existe porque não implica o dispêndio de dinheiro e não consigo vislumbrar qual o problema da intromissão da igreja em questões políticas, são um grupo organizado, têm objectivos próprios e, como a imagem documenta, são chamados pelos políticos para actos políticos e civis como a inauguração de uma escola. A questão é, evidentemente, apenas de lógica eleitoral, quando lhes convém, chamam-nos e usam-na, quando não lhes convém, vêm dizer que a igreja não se deve imiscuir na política. Deve sim senhor, têm direito à sua opinião e o direito a expressá-la como outra organização qualquer. Não agrada ao PS ou a sei lá mais quem, paciência… Quanto a isto estamos conversados.No que respeita ao casamento dos homossexuais, estou-me absolutamente nas tintas, da mesma forma que me estou nas tintas para o casamento dos heterossexuais, só se casa quem quer, uma vez que a lei já prevê direitos iguais para as uniões de facto, o casamento passou a tornar-se um acto de menor importância e que nada contribui para a melhoria do bem-estar das pessoas, essa sim a grande questão com que os políticos se deviam preocupar.Quanto ao aspirante a político da JS, e à sua preocupação com o medo que os jovens poderão ter em afirmarem a sua orientação sexual, parece esquecer, de forma ou ignorante ou demagógica, que não será com o direito ao casamento que deixarão de o ter. Essa é uma questão cultural e não política, uma questão que não se muda por decreto, mas com uma aposta na educação, já que passa por uma alteração da mentalidade popular, do respeito pela tolerância, pela diferença e pela aceitação de outras formas de estar ou pensar. Ora acontece que não vejo, nem vi, esse político júnior, nem o seu partido mostrarem-se preocupados com isso, pelo que me parece querer começar a construir a casa pelo telhado… Se calhar também é inginheiro ou, se não é, parece. Cá lhe fica a lição, meu jovem, as coisas começam a fazer-se pelo princípio e não pelo fim. Para além de tudo isto, se o PS vier a perder votos com isto óptimo, excelente, se desagrada ao cordeirinho, ao Sócrates ou ao Paulo Pedroso, mais me satisfaz. Cada espinha cravada na vossa garganta é um regalo para mim… Oxalá que sim, que haja muitos católicos que votem contra o PS, o motivo de nada me importa…

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