A patinagem artística em Portugal e no Mundo: O CORPO DA DISCÓRDIA

30-06-2011
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Um estimado comentador mencionou neste blog quais os atletas escolhidos e os preteridos para representar Portugal na Taça da Europa, em França. Apesar de se apresentar sob a capa do anonimato a informação prestada parece ter algum fundamento. Aliás, no rigor dos princípios a opinião pública deve escrutinar os critérios de escolha. Estes critérios não existem na forma escrita. Por isso podemos especular à vontade.De um outro ângulo podemos dizer que o Corpo de Técnicos da FPP deve trabalhar com a máxima responbsabilidade, transparência e publicidade de meios. Há pois quem os critique por não olharem para esta vertente.Alguns até levantam dúvidas em relação à boa fé. Já diz o Povo: "Quem anda à chova molha-se". A razão pela qual dou fé à informação (a qual, agradeço desde já) é porque, do meu ponto de vista, tem um conteúdo lógico e está nela subjacente uma explicação da posição assumida. Como não foram explicados publicamente os critérios, penso que tenho legitimidade para especular.ESPECULANDO: Para mim, esta informação foi dada por um dos elementos do Corpo de Técnicos. Não quis oficialmente “dar a cara”, mas a consciência fê-lo falar.Ora, vejamos o que diz o texto:«Taça Europa 2006 - França - selecção portuguesa Os Convocados para a Taça da Europa são:LivresMariana Santos (infantil)Catarina Santos (infantil)Ana Catarina Mendes (iniciada)Solo DanceInês Gigante (cadete)Mariana Barreiro (cadete)Paulo Santos (juvenil)Ana Aragão (juvenil)Amaro Alves (sénior)Nota: As atletas Íris Martins e Iara Rocha (solo dance iniciadas) tem a sua convocatória dependente da prestação no Campeonato Nacional de Solo Dance. Após o último visionamento foram excluídos alguns atletas por não atingirem os objectivos propostos tanto a nível global como em determinada técnica específica dos elementos. Eles foram:- Maria João Quelhas- Luís Galvão- Carolina Silva- Valter Silva- Bruno Colaço- Rita Silva- Ana CostaNota: Alguns atletas não apresentaram as técnicas determinadas pelo corpo técnico e assim não demonstrando evolução foram excluídos. Para mim: quem está convocado, está convocado. E, por isso, os meus parabéns. Mérito deles (atletas, obviamente treinadores, naturalmente pais), têm uma oportunidade de mostrar o que valem.FICAMOS A SABER que: ficaram duas atletas [Íris Martins e Iara Rocha] com a convocatória dependente.Pena é que não tenham dito se a convocatória delas depende de resultados ou de outra qualquer exigência. Do tipo: mudar de fato de prova... :)Há, portanto, um Mistério. Ora, todos sabemos que os mistérios estão sujeitos à curiosidade alheia, o que é Mau. Muito Mau. Mas até aqui ainda se pode dar o benefício da dúvida ao Corpo. Agora vamos aos excluídos.JUSTIFICAÇÃO: não atingirem os objectivos propostos tanto a nível global como em determinada técnica específica dos elementos.Dizer isto ou nada é quase a mesma coisa. OBJECTIVOS PROPOSTOS, é algo muito vago, porque qualquer proposta tem que ser realista. Falta saber se a proposta (para cada atleta) foi realista e se é realizável. Vejam este exemplo: já li propostas em que os atletas de livres tinham como objectivos executar triplos completos. Não executaram, no entanto foram ao Europeu – há disso vários exemplos. Também li objectivos "do outro mundo" (disparatados), p. exemplo aos rapazes juniores, exigiam exercícios que a serem realizados eles venciam facilmente o Europeu e o Mundial). Eram, por isso, propostas irrealistas. Talvez seja esse um dos problemas: CREDIBILIDADE.De fora fica-se com uma outra sensação estranha: os objectivos existem apenas para alguns. Há dualidade de critérios. Outro exemplo: Os elementos do Corpo Técnico não deixaram (a palavra é: Proibiram) alguns atletas no Europeu na Dinamarca de executar saltos triplos. Mas, nas propostas deles estavam como objectivos a alcançar: apresentar um ou dois saltos triplos. Depois, não os deixam fazer. Vai-se lá entender esta gente!Por último (the last, but not de least):«objectivos propostos … em determinada técnica específica dos elementos.»Custa-me ver atletas que fizeram prestação razoável no ano 1.º ano de juniores e este ano não são convocados (p. exemplo: Ana Costa). Será que regrediu? Ou foram os alegados objectivos? Ou as técnicas específicas? No ano passado serviam? Este ano já passaram do prazo?É no mínimo estranho.Não há objectividade:o atleta ou executa ou não executa em conformidade com os requisitos técnicos da patinagem artística (preparação-entrada-voo-saída, etc.). Dizer apenas “Técnicas específicas” é quase nada.Pode ser um completo absurdo, ou no caso concreto até ser acertado, como pode ser um disparate (nesse particular, na parte específica da dança, o senhor Mário é um bocado - desculpe este desabafo e digo-o com todo o respeito – FUNDAMENTALISTA - outras vezes É MAIS PAPISTA QUE O PRÓPRIO SANTO PADRE). O senhor Mário ou a senhora Cristina, ou a senhora Susana (ou a senhora Edite?) deveriam primeiro ensinar quais as “Técnicas específicas” que pretendem e quais os respectivos critérios de selecção. Critérios estes que lamentavelmente não existem.Manda o Bom Senso que o Corpo não pode (nem deve) impor, sem mais, as suas técnicas a ninguém. As ditas técnicas deles não são, seguramente, as melhores, nem obviamente as únicas “específicas”. Há determinados exercícios que constam dos livros técnicos que devem ser executadas em conformidade com determinados requisitos diferenciadores. Há que trazer esses livros. Não estou a falar do português mas sim do Merlo (p. exemplo- qualquer dia vou traduzi-lo, quem sabe?).Assim, objectivamente, determina-se se o exercício é: bem executado/executado com deficiências/mal executado/não executado (isto grosso modo, estou a escrever sem recorrer aos compêndios).Ao falar-se em técnicas estamos a falar de coisas bem diferentes.Em Itália, p. ex.,a Sara Locandro não concorda com determinadas Técnicas do Gabriel Quirini, nem ele concorda com as dela. E não é por isso que os atletas não evoluem e não vão lá fora. Tem que haver uma plataforma de entendimento.Aqui em Portugal infelizmente a dele(a) é que é a boa, a única…etc.Enfim… chama-se isto falta de senso, para não dizer outra coisa.Na Alemanha, o Leonard ensina técnicas diversas dos italianos para executar o mesmo toeloop, o D. axel, o salchow, etc… Mas os saltos não deixam de estar devidamente cotados como tal.Penso que falta, ainda, objectividade na avaliação dos atletas. E acima de tudo tacto.Este “conflito” traz à luz do dia uma coisa:O Corpo de Técnicos não foi feliz (parafraseando a senhora Edite), no modo.Não cumpriu com os objectivos propostos pela FPP, quanto às Técnicas específicas de um Corpo. Ou seja, neste caso: «a dupla vertente de FORMAÇÃO de TREINADORES e JUÍZES, assim como o TREINO e PREPARAÇÃO de atletas.» (conforme está escrito em http://fpp.pt/patinagem-artistica/).Se gostam da modalidade os elementos deste Corpo têm que reflectir o que falhou e tentar melhorar.É uma pena que continuem a olhar para a modalidade com o funil ao contrário.Nos escalões dos mais pequenos deve-se motivar, levar o maior número de atletas. Alargar na base para depois encontrar, nos escalões maiores, os verdadeiros campeões.Andam assim à procura de novos talentos?

Um estimado comentador mencionou neste blog quais os atletas escolhidos e os preteridos para representar Portugal na Taça da Europa, em França. Apesar de se apresentar sob a capa do anonimato a informação prestada parece ter algum fundamento. Aliás, no rigor dos princípios a opinião pública deve escrutinar os critérios de escolha. Estes critérios não existem na forma escrita. Por isso podemos especular à vontade.De um outro ângulo podemos dizer que o Corpo de Técnicos da FPP deve trabalhar com a máxima responbsabilidade, transparência e publicidade de meios. Há pois quem os critique por não olharem para esta vertente.Alguns até levantam dúvidas em relação à boa fé. Já diz o Povo: "Quem anda à chova molha-se". A razão pela qual dou fé à informação (a qual, agradeço desde já) é porque, do meu ponto de vista, tem um conteúdo lógico e está nela subjacente uma explicação da posição assumida. Como não foram explicados publicamente os critérios, penso que tenho legitimidade para especular.ESPECULANDO: Para mim, esta informação foi dada por um dos elementos do Corpo de Técnicos. Não quis oficialmente “dar a cara”, mas a consciência fê-lo falar.Ora, vejamos o que diz o texto:«Taça Europa 2006 - França - selecção portuguesa Os Convocados para a Taça da Europa são:LivresMariana Santos (infantil)Catarina Santos (infantil)Ana Catarina Mendes (iniciada)Solo DanceInês Gigante (cadete)Mariana Barreiro (cadete)Paulo Santos (juvenil)Ana Aragão (juvenil)Amaro Alves (sénior)Nota: As atletas Íris Martins e Iara Rocha (solo dance iniciadas) tem a sua convocatória dependente da prestação no Campeonato Nacional de Solo Dance. Após o último visionamento foram excluídos alguns atletas por não atingirem os objectivos propostos tanto a nível global como em determinada técnica específica dos elementos. Eles foram:- Maria João Quelhas- Luís Galvão- Carolina Silva- Valter Silva- Bruno Colaço- Rita Silva- Ana CostaNota: Alguns atletas não apresentaram as técnicas determinadas pelo corpo técnico e assim não demonstrando evolução foram excluídos. Para mim: quem está convocado, está convocado. E, por isso, os meus parabéns. Mérito deles (atletas, obviamente treinadores, naturalmente pais), têm uma oportunidade de mostrar o que valem.FICAMOS A SABER que: ficaram duas atletas [Íris Martins e Iara Rocha] com a convocatória dependente.Pena é que não tenham dito se a convocatória delas depende de resultados ou de outra qualquer exigência. Do tipo: mudar de fato de prova... :)Há, portanto, um Mistério. Ora, todos sabemos que os mistérios estão sujeitos à curiosidade alheia, o que é Mau. Muito Mau. Mas até aqui ainda se pode dar o benefício da dúvida ao Corpo. Agora vamos aos excluídos.JUSTIFICAÇÃO: não atingirem os objectivos propostos tanto a nível global como em determinada técnica específica dos elementos.Dizer isto ou nada é quase a mesma coisa. OBJECTIVOS PROPOSTOS, é algo muito vago, porque qualquer proposta tem que ser realista. Falta saber se a proposta (para cada atleta) foi realista e se é realizável. Vejam este exemplo: já li propostas em que os atletas de livres tinham como objectivos executar triplos completos. Não executaram, no entanto foram ao Europeu – há disso vários exemplos. Também li objectivos "do outro mundo" (disparatados), p. exemplo aos rapazes juniores, exigiam exercícios que a serem realizados eles venciam facilmente o Europeu e o Mundial). Eram, por isso, propostas irrealistas. Talvez seja esse um dos problemas: CREDIBILIDADE.De fora fica-se com uma outra sensação estranha: os objectivos existem apenas para alguns. Há dualidade de critérios. Outro exemplo: Os elementos do Corpo Técnico não deixaram (a palavra é: Proibiram) alguns atletas no Europeu na Dinamarca de executar saltos triplos. Mas, nas propostas deles estavam como objectivos a alcançar: apresentar um ou dois saltos triplos. Depois, não os deixam fazer. Vai-se lá entender esta gente!Por último (the last, but not de least):«objectivos propostos … em determinada técnica específica dos elementos.»Custa-me ver atletas que fizeram prestação razoável no ano 1.º ano de juniores e este ano não são convocados (p. exemplo: Ana Costa). Será que regrediu? Ou foram os alegados objectivos? Ou as técnicas específicas? No ano passado serviam? Este ano já passaram do prazo?É no mínimo estranho.Não há objectividade:o atleta ou executa ou não executa em conformidade com os requisitos técnicos da patinagem artística (preparação-entrada-voo-saída, etc.). Dizer apenas “Técnicas específicas” é quase nada.Pode ser um completo absurdo, ou no caso concreto até ser acertado, como pode ser um disparate (nesse particular, na parte específica da dança, o senhor Mário é um bocado - desculpe este desabafo e digo-o com todo o respeito – FUNDAMENTALISTA - outras vezes É MAIS PAPISTA QUE O PRÓPRIO SANTO PADRE). O senhor Mário ou a senhora Cristina, ou a senhora Susana (ou a senhora Edite?) deveriam primeiro ensinar quais as “Técnicas específicas” que pretendem e quais os respectivos critérios de selecção. Critérios estes que lamentavelmente não existem.Manda o Bom Senso que o Corpo não pode (nem deve) impor, sem mais, as suas técnicas a ninguém. As ditas técnicas deles não são, seguramente, as melhores, nem obviamente as únicas “específicas”. Há determinados exercícios que constam dos livros técnicos que devem ser executadas em conformidade com determinados requisitos diferenciadores. Há que trazer esses livros. Não estou a falar do português mas sim do Merlo (p. exemplo- qualquer dia vou traduzi-lo, quem sabe?).Assim, objectivamente, determina-se se o exercício é: bem executado/executado com deficiências/mal executado/não executado (isto grosso modo, estou a escrever sem recorrer aos compêndios).Ao falar-se em técnicas estamos a falar de coisas bem diferentes.Em Itália, p. ex.,a Sara Locandro não concorda com determinadas Técnicas do Gabriel Quirini, nem ele concorda com as dela. E não é por isso que os atletas não evoluem e não vão lá fora. Tem que haver uma plataforma de entendimento.Aqui em Portugal infelizmente a dele(a) é que é a boa, a única…etc.Enfim… chama-se isto falta de senso, para não dizer outra coisa.Na Alemanha, o Leonard ensina técnicas diversas dos italianos para executar o mesmo toeloop, o D. axel, o salchow, etc… Mas os saltos não deixam de estar devidamente cotados como tal.Penso que falta, ainda, objectividade na avaliação dos atletas. E acima de tudo tacto.Este “conflito” traz à luz do dia uma coisa:O Corpo de Técnicos não foi feliz (parafraseando a senhora Edite), no modo.Não cumpriu com os objectivos propostos pela FPP, quanto às Técnicas específicas de um Corpo. Ou seja, neste caso: «a dupla vertente de FORMAÇÃO de TREINADORES e JUÍZES, assim como o TREINO e PREPARAÇÃO de atletas.» (conforme está escrito em http://fpp.pt/patinagem-artistica/).Se gostam da modalidade os elementos deste Corpo têm que reflectir o que falhou e tentar melhorar.É uma pena que continuem a olhar para a modalidade com o funil ao contrário.Nos escalões dos mais pequenos deve-se motivar, levar o maior número de atletas. Alargar na base para depois encontrar, nos escalões maiores, os verdadeiros campeões.Andam assim à procura de novos talentos?

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