"O enorme aumento de impostos foi para mim uma enorme violação de consciência"

22-11-2014
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"O enorme aumento de impostos foi para mim uma enorme violação de consciência"

Mariana Adam

mariana.adam@economico.pt

30 Abr 2014

Paulo Portas admite que é preciso fazer "pressão" dentro do Governo para que se baixe o IRS. O vice-primeiro-ministro diz que PSD e CDS tem o mesmo objectivo de descer impostos, mas ressalva que "a intensidade do discurso é que é diferente".

"O enorme aumento de impostos foi para mim uma enorme violação de consciência e de princípios. Não posso aceitar como definitivo", afirmou Paulo Portas, em entrevista à Sábado. O vice-primeiro ministro admite mesmo que "é preciso fazer uma pressão razoável" dentro do Executivo para baixar impostos em 2015.

O líder do CDS volta a recorda que "no guião da reforma do Estado já consta que queremos criar condições para começar uma inversão".

Nas últimas semanas a questão de baixar ou não o IRS criou mau estar entre os dois parceiros da coligação, PSD e CDS. Menos de 24 horas depois de Passos Coelho ter garantido, em entrevista à SIC, que "não há nenhuma promessa para baixar o IRS", Paulo Portas defendeu que é preciso criar condições para reduzir aquele imposto ainda nesta legislatura.

"Mantenho aquilo que está escrito no guião da reforma do Estado e que foi aprovado pelo Governo e que passo a citar: O Governo tem consciência da necessidade de criar condições para começar a inverter a trajectória de agravamento do IRS. O início desse processo deverá ter lugar ainda nesta legislatura", afirmou então o vice-primeiro-ministro, em Bruxelas.

A resposta não se fez esperar: a ministra das Finanças veio, no dia seguinte, colocar-se ao lado do primeiro-ministro e afirmar oficialmente que o Governo não tem condições de garantir esse desagravamento. "Aquilo que o primeiro-ministro disse é que não há decisões tomadas. Não estamos em condições de assumir um compromisso de redução de impostos", afirmou Maria Luís Albuquerque.

Dias depois, o ministro da Economia do CDS voltou a insistir na possibilidade necessidade de reduzir a carga fiscal já no próximo ano e ainda ontem Pires de Lima voltou a reafirmar essa intenção: "A partir de 2015 pode e deve ser um objectivo do Governo inverter a tendência que se tem verificado até aqui de subir os impostos. Mas estas e outras matérias não poderiam ser discutidas se não estivéssemos prestes a concluir o nosso plano de assistência".

"O enorme aumento de impostos foi para mim uma enorme violação de consciência"

Mariana Adam

mariana.adam@economico.pt

30 Abr 2014

Paulo Portas admite que é preciso fazer "pressão" dentro do Governo para que se baixe o IRS. O vice-primeiro-ministro diz que PSD e CDS tem o mesmo objectivo de descer impostos, mas ressalva que "a intensidade do discurso é que é diferente".

"O enorme aumento de impostos foi para mim uma enorme violação de consciência e de princípios. Não posso aceitar como definitivo", afirmou Paulo Portas, em entrevista à Sábado. O vice-primeiro ministro admite mesmo que "é preciso fazer uma pressão razoável" dentro do Executivo para baixar impostos em 2015.

O líder do CDS volta a recorda que "no guião da reforma do Estado já consta que queremos criar condições para começar uma inversão".

Nas últimas semanas a questão de baixar ou não o IRS criou mau estar entre os dois parceiros da coligação, PSD e CDS. Menos de 24 horas depois de Passos Coelho ter garantido, em entrevista à SIC, que "não há nenhuma promessa para baixar o IRS", Paulo Portas defendeu que é preciso criar condições para reduzir aquele imposto ainda nesta legislatura.

"Mantenho aquilo que está escrito no guião da reforma do Estado e que foi aprovado pelo Governo e que passo a citar: O Governo tem consciência da necessidade de criar condições para começar a inverter a trajectória de agravamento do IRS. O início desse processo deverá ter lugar ainda nesta legislatura", afirmou então o vice-primeiro-ministro, em Bruxelas.

A resposta não se fez esperar: a ministra das Finanças veio, no dia seguinte, colocar-se ao lado do primeiro-ministro e afirmar oficialmente que o Governo não tem condições de garantir esse desagravamento. "Aquilo que o primeiro-ministro disse é que não há decisões tomadas. Não estamos em condições de assumir um compromisso de redução de impostos", afirmou Maria Luís Albuquerque.

Dias depois, o ministro da Economia do CDS voltou a insistir na possibilidade necessidade de reduzir a carga fiscal já no próximo ano e ainda ontem Pires de Lima voltou a reafirmar essa intenção: "A partir de 2015 pode e deve ser um objectivo do Governo inverter a tendência que se tem verificado até aqui de subir os impostos. Mas estas e outras matérias não poderiam ser discutidas se não estivéssemos prestes a concluir o nosso plano de assistência".

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