Moratória no crédito à habitação já terminou para 2.117 famílias
Marta Marques Silva
03 Ago 2012
Linha de crédito para ajudar os desempregados a pagar menos pela casa já acabou para 83% dos beneficiários.
A linha de crédito extraordinária, lançada pelo executivo de Sócrates em Julho de 2009, já terminou para 83% dos beneficiários. Significa isto que 2.117 famílias portuguesas já voltaram a pagar a prestação total da casa acrescida do montante da linha de crédito, com juros. Um regresso à "normalidade" que não tem sido fácil para algumas dessas famílias, como conta Natália Nunes, responsável pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da Deco: "Já recebemos alguns desses casos. Temos pessoas que terminaram a moratória e, como não conseguiram arranjar emprego nesse espaço de tempo, estão a procurar-nos para que tentemos negociar um novo período de carência com o banco ou mesmo para entregar a casa em dação".
A moratória do Estado era dirigida a pessoas desempregadas, desde que inscritas no centro de desemprego há pelo menos três meses. Esta medida permitia aos titulares de um crédito à habitação solicitar a redução para metade da sua prestação mensal durante um período máximo de 24 meses, não podendo essa redução ultrapassar os 500 euros. A moratória funcionava como um outro empréstimo obtido pelo cliente, onde o montante que não pagou durante as 24 prestações é depois reembolsado, com a aplicação sobre esse montante de uma taxa de juro correspondente à Euribor a 6 meses deduzida de 0,5%.
O fim da moratória para todos os beneficiários está reservado para Dezembro deste ano. No entanto, perante uma taxa de desemprego crescente - em máximos históricos nos 15,4% - e face à diminuição do rendimento disponível das famílias portuguesas, os partidos com assento parlamentar estão a preparar um novo pacote de medidas extraordinárias para o crédito à habitação.
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Moratória no crédito à habitação já terminou para 2.117 famílias
Marta Marques Silva
03 Ago 2012
Linha de crédito para ajudar os desempregados a pagar menos pela casa já acabou para 83% dos beneficiários.
A linha de crédito extraordinária, lançada pelo executivo de Sócrates em Julho de 2009, já terminou para 83% dos beneficiários. Significa isto que 2.117 famílias portuguesas já voltaram a pagar a prestação total da casa acrescida do montante da linha de crédito, com juros. Um regresso à "normalidade" que não tem sido fácil para algumas dessas famílias, como conta Natália Nunes, responsável pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da Deco: "Já recebemos alguns desses casos. Temos pessoas que terminaram a moratória e, como não conseguiram arranjar emprego nesse espaço de tempo, estão a procurar-nos para que tentemos negociar um novo período de carência com o banco ou mesmo para entregar a casa em dação".
A moratória do Estado era dirigida a pessoas desempregadas, desde que inscritas no centro de desemprego há pelo menos três meses. Esta medida permitia aos titulares de um crédito à habitação solicitar a redução para metade da sua prestação mensal durante um período máximo de 24 meses, não podendo essa redução ultrapassar os 500 euros. A moratória funcionava como um outro empréstimo obtido pelo cliente, onde o montante que não pagou durante as 24 prestações é depois reembolsado, com a aplicação sobre esse montante de uma taxa de juro correspondente à Euribor a 6 meses deduzida de 0,5%.
O fim da moratória para todos os beneficiários está reservado para Dezembro deste ano. No entanto, perante uma taxa de desemprego crescente - em máximos históricos nos 15,4% - e face à diminuição do rendimento disponível das famílias portuguesas, os partidos com assento parlamentar estão a preparar um novo pacote de medidas extraordinárias para o crédito à habitação.