Deputados PSD: Passos Coelho é primo de José Sócrates?

08-05-2015
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Ele há coisas que não se compreendem. Então no PSD de Passos Coelho os mistérios (ou direi antes as perplexidades?) começam a ser excessivamente frequentes. Agora foi na escolha dos cabeças de lista para as legislativas nos vários círculos eleitorais. Confirma-se: a mudança de Passos Coelho foi uma boa estratégia de marketing. É que analisamos os candidatos do PSD e constatamos que Passos Coelho basicamente os amiguinhos e distribuiu-os pelo país. Devemos reconhecer que a lista de deputados (no atual estado da vida política nacional) é um dado pouco relevante: a Assembleia da República há muito que perdeu prestígio e se converteu na caixa de ressonância do executivo. Sem brilho, a merecer a desconfiança dos portugueses. Contudo, a lista de candidatos a deputados do PSD pode ser interpretado como um sinal para o que aí vem na formação do Governo: serão os incondicionais de Passos. Assim, lá vamos ter um governo com Marco António Costa e outros do clube de amigo passista. Que desilusão!

Bom, analisemos, pois , os nomes que o PSD apresentou:

Aveiro- Couto dos Santos (mantém o cabeça de lista escolhido por Manuela Ferreira Leite, que não se destacou particularmente pela actividade parlamentar intensiva - mas apoiou Passos Coelho nas diretas. Basta!);

Braga - Miguel Macedo (líder parlamentar escolhido por Passos Coelho - a retribuição pela fidelidade, pelas contradições a que teve de sujeitar-se para defender a agenda da direção do PSD - e o futuro Ministro dos Asssuntos parlamentares);

Bragança - Francisco José Viegas (escritor de mérito - e só por acaso o editor do livro de Passos Coelho, publicado antes das diretas internas no PSD. Ganhou o direito a ser deputado);

Coimbra- José Manuel Canavaro (nome meritório, que apoiou Passos Coelho);

Guarda - Manuel Meirinho (outro apoiante de Passos Coelho e muito próximo das suas posições em intervenções recentes na comunicação social);

Santarém - Miguel Relvas (como não poderia deixar de ser - registo que tinha sido avançado que Miguel Relas ficaria apenas a tomar conta do partido, mas, afinal, terá o seu lugar de deputado - e de futuro membro do governo);

Viana do Castelo - Carlos Abreu Amorim (o anti-cavaquista, advogado do Porto, que tem apresentado um proselitismo pró-Passos Coelho quase delirante nas suas intervenções televisivas, na estação do Estado ironicamente. Ganhou merecidamente, segundo o critério de Passos Coelho, o lugar de deputado).

Confirma-se, pois, que a lista de deputados resume-se a Passos Coelho e seus amiguinhos. Mais uma promessa que Passos não cumpre: uma lista abrangente, reunindo as diferentes sensibilidades do partido. Dir-me-ão que convidou Manuela Ferreira Leite (por exemplo) e esta rejeitou o convite. Pois, meus amigos, há convites e convites. Há os sinceros e honestos - e há aqueles que são feitos para encostar a pessoa à parede, para atirar a responsabilidade para outrem. Passos convidou Manuela Ferreira Leite numa lógica de marketing político: para não se poder afirmar que não tentou incluir vozes discordantes, que não se esforçou para escolher os melhores. Obviamente que Passos e companhia queriam que Manuela Ferreira Leite não aceitasse o convite. O Tiago Mesquita escreveu aqui no EXPRESSO que 33% dos portugueses são primos de José Sócrates. Pois bem, Passos Coelho, ao render-se ao marketing político desta forma e ao faciosismo, parece que é mesmo primo político de José Sócrates.

Email:politicoesfera@gmail.com

Ele há coisas que não se compreendem. Então no PSD de Passos Coelho os mistérios (ou direi antes as perplexidades?) começam a ser excessivamente frequentes. Agora foi na escolha dos cabeças de lista para as legislativas nos vários círculos eleitorais. Confirma-se: a mudança de Passos Coelho foi uma boa estratégia de marketing. É que analisamos os candidatos do PSD e constatamos que Passos Coelho basicamente os amiguinhos e distribuiu-os pelo país. Devemos reconhecer que a lista de deputados (no atual estado da vida política nacional) é um dado pouco relevante: a Assembleia da República há muito que perdeu prestígio e se converteu na caixa de ressonância do executivo. Sem brilho, a merecer a desconfiança dos portugueses. Contudo, a lista de candidatos a deputados do PSD pode ser interpretado como um sinal para o que aí vem na formação do Governo: serão os incondicionais de Passos. Assim, lá vamos ter um governo com Marco António Costa e outros do clube de amigo passista. Que desilusão!

Bom, analisemos, pois , os nomes que o PSD apresentou:

Aveiro- Couto dos Santos (mantém o cabeça de lista escolhido por Manuela Ferreira Leite, que não se destacou particularmente pela actividade parlamentar intensiva - mas apoiou Passos Coelho nas diretas. Basta!);

Braga - Miguel Macedo (líder parlamentar escolhido por Passos Coelho - a retribuição pela fidelidade, pelas contradições a que teve de sujeitar-se para defender a agenda da direção do PSD - e o futuro Ministro dos Asssuntos parlamentares);

Bragança - Francisco José Viegas (escritor de mérito - e só por acaso o editor do livro de Passos Coelho, publicado antes das diretas internas no PSD. Ganhou o direito a ser deputado);

Coimbra- José Manuel Canavaro (nome meritório, que apoiou Passos Coelho);

Guarda - Manuel Meirinho (outro apoiante de Passos Coelho e muito próximo das suas posições em intervenções recentes na comunicação social);

Santarém - Miguel Relvas (como não poderia deixar de ser - registo que tinha sido avançado que Miguel Relas ficaria apenas a tomar conta do partido, mas, afinal, terá o seu lugar de deputado - e de futuro membro do governo);

Viana do Castelo - Carlos Abreu Amorim (o anti-cavaquista, advogado do Porto, que tem apresentado um proselitismo pró-Passos Coelho quase delirante nas suas intervenções televisivas, na estação do Estado ironicamente. Ganhou merecidamente, segundo o critério de Passos Coelho, o lugar de deputado).

Confirma-se, pois, que a lista de deputados resume-se a Passos Coelho e seus amiguinhos. Mais uma promessa que Passos não cumpre: uma lista abrangente, reunindo as diferentes sensibilidades do partido. Dir-me-ão que convidou Manuela Ferreira Leite (por exemplo) e esta rejeitou o convite. Pois, meus amigos, há convites e convites. Há os sinceros e honestos - e há aqueles que são feitos para encostar a pessoa à parede, para atirar a responsabilidade para outrem. Passos convidou Manuela Ferreira Leite numa lógica de marketing político: para não se poder afirmar que não tentou incluir vozes discordantes, que não se esforçou para escolher os melhores. Obviamente que Passos e companhia queriam que Manuela Ferreira Leite não aceitasse o convite. O Tiago Mesquita escreveu aqui no EXPRESSO que 33% dos portugueses são primos de José Sócrates. Pois bem, Passos Coelho, ao render-se ao marketing político desta forma e ao faciosismo, parece que é mesmo primo político de José Sócrates.

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