Nothingandall: No Jardim em Penumbra

01-07-2011
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foto: Jardim silenciosoNa penumbra em que jaz o jardim silenciosoA tarde triste vai morrendo... desfalece...Sobre a pedra de um banco um vulto dolorosoVem sentar-se, isolado, e como que se esquece.Deve ser um secreto, um delicado gozoPermanecer assim, na hora em que a noite desce,Anônimo, na paz do jardim silencioso,Numa imobilidade extática de prece.Em lugar tão propício à doçura das almasEle vem meditar muitas vezes, sozinho,No mesmo banco, sob a carícia das palmas.E uma só vez o vi chorar, um choro brando...Fiquei a ouvir... Caíra a noite, de mansinho...Uma voz de menina ao longe ia cantando.Ruy Lopes Esteves Ribeiro de Almeida Couto (n. Santos, São Paulo a 12 Mar 1898; m. em Paris a 30 de Mai de 1963)

foto: Jardim silenciosoNa penumbra em que jaz o jardim silenciosoA tarde triste vai morrendo... desfalece...Sobre a pedra de um banco um vulto dolorosoVem sentar-se, isolado, e como que se esquece.Deve ser um secreto, um delicado gozoPermanecer assim, na hora em que a noite desce,Anônimo, na paz do jardim silencioso,Numa imobilidade extática de prece.Em lugar tão propício à doçura das almasEle vem meditar muitas vezes, sozinho,No mesmo banco, sob a carícia das palmas.E uma só vez o vi chorar, um choro brando...Fiquei a ouvir... Caíra a noite, de mansinho...Uma voz de menina ao longe ia cantando.Ruy Lopes Esteves Ribeiro de Almeida Couto (n. Santos, São Paulo a 12 Mar 1898; m. em Paris a 30 de Mai de 1963)

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