PEDRO QUARTIN GRAÇA

30-06-2011
marcar artigo


Avanço do betão sobre o verde revolta moradoresin: Jornal de Notícias, 31.01.2007 Residentes acusam responsáveis pelo Urbanismo da Câmara de má gestão ambiental e desrespeito pela qualidade habitacional Raquel Isidro, Bruno Castanheiraetão que cresce a um ritmo desenfreado e espaços verdes de qualidade que não passam do papel. Um cenário que contrasta com a mítica ideia de "aldeia na cidade" que envolve o bairro de Telheiras, e que Ana Contumélias, da Associação de Residentes de Telheiras (ART), retrata no seu livro "Um Quadradinho de Verde na Aldeia de Telheiras", que hoje é apresentado ao público."Nos últimos 20 anos, Telheiras cresceu pelas mãos da EPUL, a partir da promessa de que seria uma refúgio à vida da cidade e o regresso ao ambiente rural das antigas aldeias de Lisboa". Uma promessa que na opinião dos moradores "não foi cumprida".De acordo com a representante da ART, "há mais de dez anos que os residentes têm vindo a pedir para que não sejam destruídos os espaços verdes que relembram as raízes rurais de Telheiras". "Pedimos para que sejam construídas hortas e jardins comunitários, onde todos possam aprender e onde possamos educar as nossas crianças", afirmou ao JN.Ana Contumélias acusa administradores e responsáveis pelo urbanismo de má gestão ambiental e de desrespeito pela qualidade habitacional "O objectivo é urbanizar. E na perspectiva destes responsáveis urbanizar é construir em todos os terrenos livres, sem respeitar qualquer princípio de sustentabilidade".A representante da ART dá o exemplo "A Quinta de Sant'Ana, que em tempos foi um vasto terreno cultivado, foi 'requalificada'. Hoje é um espaço verde, urbano e pobre em termos ambientais. Tornou-se muito mais dispendioso em manutenção, do que tivessem sido construídos no local campos de cultivo e jardinagem, que seriam entregues aos residentes e às escolas ", afirma. "Foi apenas deixado um pequeno espaço destinado ao projectado Garden Center: uma opção comercial que deixa totalmente de lado a ideia de construção de um espaço verde comunitário", destaca a representante dos moradores.Para muitos residentes, "a transformação da Quinta de Sant'Ana foi um episódio triste e fonte de desalento". "Muitas das pessoas que tinham disponibilidade e que se mostravam animadas com o facto de poderem cultivar os seus alimentos deixaram de acreditar no projecto", conclui a representante da ART.Promessas adiadasApesar dos vários projectos apresentados pelos órgãos da Câmara Municipal de Lisboa(CML), os moradores continuam descontentes. De acordo com a associação dos residentes "é inadmissível que se apresentem planos para desenvolvimento de zonas rurais, quando não há vontade para os pôr em prática". Ana Contumélias acusa os responsáveis pelo urbanismo de só pensarem na rentabilização, esquecendo-se da prometida 'aldeia dentro da cidade'. "Nem foi para a frente o projecto das hortas no espaço abandonado entre a escola nº 57 e o jardim de infância, nem sequer um clube de jardinagem que já tinha 70 inscritos". Fonte da CML garantiu, no entanto, ao JN que "o projecto de criação da hortas não está esquecido e será desenvolvido em colaboração com a EPUL". Só não adiantou foi data para o arranque.


Avanço do betão sobre o verde revolta moradoresin: Jornal de Notícias, 31.01.2007 Residentes acusam responsáveis pelo Urbanismo da Câmara de má gestão ambiental e desrespeito pela qualidade habitacional Raquel Isidro, Bruno Castanheiraetão que cresce a um ritmo desenfreado e espaços verdes de qualidade que não passam do papel. Um cenário que contrasta com a mítica ideia de "aldeia na cidade" que envolve o bairro de Telheiras, e que Ana Contumélias, da Associação de Residentes de Telheiras (ART), retrata no seu livro "Um Quadradinho de Verde na Aldeia de Telheiras", que hoje é apresentado ao público."Nos últimos 20 anos, Telheiras cresceu pelas mãos da EPUL, a partir da promessa de que seria uma refúgio à vida da cidade e o regresso ao ambiente rural das antigas aldeias de Lisboa". Uma promessa que na opinião dos moradores "não foi cumprida".De acordo com a representante da ART, "há mais de dez anos que os residentes têm vindo a pedir para que não sejam destruídos os espaços verdes que relembram as raízes rurais de Telheiras". "Pedimos para que sejam construídas hortas e jardins comunitários, onde todos possam aprender e onde possamos educar as nossas crianças", afirmou ao JN.Ana Contumélias acusa administradores e responsáveis pelo urbanismo de má gestão ambiental e de desrespeito pela qualidade habitacional "O objectivo é urbanizar. E na perspectiva destes responsáveis urbanizar é construir em todos os terrenos livres, sem respeitar qualquer princípio de sustentabilidade".A representante da ART dá o exemplo "A Quinta de Sant'Ana, que em tempos foi um vasto terreno cultivado, foi 'requalificada'. Hoje é um espaço verde, urbano e pobre em termos ambientais. Tornou-se muito mais dispendioso em manutenção, do que tivessem sido construídos no local campos de cultivo e jardinagem, que seriam entregues aos residentes e às escolas ", afirma. "Foi apenas deixado um pequeno espaço destinado ao projectado Garden Center: uma opção comercial que deixa totalmente de lado a ideia de construção de um espaço verde comunitário", destaca a representante dos moradores.Para muitos residentes, "a transformação da Quinta de Sant'Ana foi um episódio triste e fonte de desalento". "Muitas das pessoas que tinham disponibilidade e que se mostravam animadas com o facto de poderem cultivar os seus alimentos deixaram de acreditar no projecto", conclui a representante da ART.Promessas adiadasApesar dos vários projectos apresentados pelos órgãos da Câmara Municipal de Lisboa(CML), os moradores continuam descontentes. De acordo com a associação dos residentes "é inadmissível que se apresentem planos para desenvolvimento de zonas rurais, quando não há vontade para os pôr em prática". Ana Contumélias acusa os responsáveis pelo urbanismo de só pensarem na rentabilização, esquecendo-se da prometida 'aldeia dentro da cidade'. "Nem foi para a frente o projecto das hortas no espaço abandonado entre a escola nº 57 e o jardim de infância, nem sequer um clube de jardinagem que já tinha 70 inscritos". Fonte da CML garantiu, no entanto, ao JN que "o projecto de criação da hortas não está esquecido e será desenvolvido em colaboração com a EPUL". Só não adiantou foi data para o arranque.

marcar artigo