Cenário parlamentar na XII legislatura é de direita e de Direito

14-08-2011
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Este é o retrato da XII legislatura, de maioria de direita (108 lugares no hemiciclo), já depois das habituais substituições de deputados em resultado da formação do Governo.

A média de idades dos deputados fixa-se nos 46 anos. O PS é o grupo parlamentar mais envelhecido, com a média de deputados a rondar os 50 anos. O BE, apesar de ser identificado com um eleitorado mais jovem e urbano, ocupa o segundo lugar do pódio, com deputados na casa dos 47. Os eleitos do CDS e PCP têm uma média de 44 anos. O PSD fixa-se nos 45.

É na bancada dos sociais-democratas que se senta o deputado mais velho e também o mais novo do hemiciclo, respectivamente Correia de Jesus, com 70 anos, e Cristóvão Simão Ribeiro, estudante de Direito, com apenas 25.

É também o PSD que conta com o maior número de novatos. Arranca a XII legislatura com 48 por cento de caras novas. São 52 os estreantes, quase metade dos assentos sociais-democratas, no total de 108. Os mais resistentes à renovação são o BE e os Verdes, com nenhum principiante parlamentar, seguindo-se o PCP com apenas um elemento novo, o deputado eleito por Faro, Paulo Sá, círculo que os comunistas reconquistaram nas últimas legislativas. Também os socialistas renovaram menos os seus candidatos e têm apenas 13 estreias numa moldura de 74 eleitos, o que configura 17 por cento de novos rostos.

Eleitos desde 1976

Desde a I legislatura, em 1976, os únicos deputados que nunca falharam nenhuma eleição pertencem ao PS e ao PSD. São Mota Amaral (PSD), sempre eleito pelo círculo dos Açores, e Miranda Calha (PS), sempre pelo círculo de Portalegre, à excepção da presente legislatura, em que foi eleito pelo Porto. Apesar de Mota Amaral ter sido sempre eleito, o social-democrata ausentou-se para cumprir mandato como Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores, entre 1976 e 1995. Por isso mesmo, quem mais circulou até hoje pelos corredores da casa da democracia foi mesmo o deputado Miranda Calha, professor e licenciado em Filologia Germânica.

Na ala centrista, os deputados com mais experiência no hemiciclo são José Ribeiro e Castro e Telmo Correia, que estiveram presentes em cinco das 12 legislaturas. O BE conta com o traquejo parlamentar de Francisco Louçã e Luís Fazenda, que desde a primeira eleição do BE, em 1999, nunca falharam a presença no plenário, já lá vão também cinco legislaturas. Jerónimo de Sousa é o eleito do PCP no que toca à maior prática parlamentar, com assento em dez das 12 legislaturas.

O painel actual da AR conta com deputados que, em média, estão a cumprir a sua terceira legislatura. Se os Verdes ultrapassam a média, graças a Heloísa Apolónia, que cumpriu seis em 12 legislaturas, os que têm menos experiência parlamentar são os deputados das bancadas que apoiam o Governo, PSD e CDS, com duas legislaturas, em média.

Mulheres ao poder

A absoluta paridade entre homens e mulheres eleitos encontra-se no BE e nos Verdes, com quatro em oito e um em dois lugares, respectivamente. O grupo que concede menos lugares ao sexo feminino é o dos comunistas, com apenas duas mulheres numa bancada de 14 elementos, numa percentagem de 14 por cento. O PSD vai aos 30 por cento, o CDS fica-se pelos 25 e o PS não vai além dos 26 por cento.

Se tivermos em conta os círculos eleitorais, então Santarém garante o primeiro lugar do ranking, com a melhor percentagem de parlamentares femininas. Quarenta por cento dos eleitos por este círculo são deputadas. Ao invés, Évora, Bragança e Portalegre dispensam qualquer mulher.

Este é o retrato da XII legislatura, de maioria de direita (108 lugares no hemiciclo), já depois das habituais substituições de deputados em resultado da formação do Governo.

A média de idades dos deputados fixa-se nos 46 anos. O PS é o grupo parlamentar mais envelhecido, com a média de deputados a rondar os 50 anos. O BE, apesar de ser identificado com um eleitorado mais jovem e urbano, ocupa o segundo lugar do pódio, com deputados na casa dos 47. Os eleitos do CDS e PCP têm uma média de 44 anos. O PSD fixa-se nos 45.

É na bancada dos sociais-democratas que se senta o deputado mais velho e também o mais novo do hemiciclo, respectivamente Correia de Jesus, com 70 anos, e Cristóvão Simão Ribeiro, estudante de Direito, com apenas 25.

É também o PSD que conta com o maior número de novatos. Arranca a XII legislatura com 48 por cento de caras novas. São 52 os estreantes, quase metade dos assentos sociais-democratas, no total de 108. Os mais resistentes à renovação são o BE e os Verdes, com nenhum principiante parlamentar, seguindo-se o PCP com apenas um elemento novo, o deputado eleito por Faro, Paulo Sá, círculo que os comunistas reconquistaram nas últimas legislativas. Também os socialistas renovaram menos os seus candidatos e têm apenas 13 estreias numa moldura de 74 eleitos, o que configura 17 por cento de novos rostos.

Eleitos desde 1976

Desde a I legislatura, em 1976, os únicos deputados que nunca falharam nenhuma eleição pertencem ao PS e ao PSD. São Mota Amaral (PSD), sempre eleito pelo círculo dos Açores, e Miranda Calha (PS), sempre pelo círculo de Portalegre, à excepção da presente legislatura, em que foi eleito pelo Porto. Apesar de Mota Amaral ter sido sempre eleito, o social-democrata ausentou-se para cumprir mandato como Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores, entre 1976 e 1995. Por isso mesmo, quem mais circulou até hoje pelos corredores da casa da democracia foi mesmo o deputado Miranda Calha, professor e licenciado em Filologia Germânica.

Na ala centrista, os deputados com mais experiência no hemiciclo são José Ribeiro e Castro e Telmo Correia, que estiveram presentes em cinco das 12 legislaturas. O BE conta com o traquejo parlamentar de Francisco Louçã e Luís Fazenda, que desde a primeira eleição do BE, em 1999, nunca falharam a presença no plenário, já lá vão também cinco legislaturas. Jerónimo de Sousa é o eleito do PCP no que toca à maior prática parlamentar, com assento em dez das 12 legislaturas.

O painel actual da AR conta com deputados que, em média, estão a cumprir a sua terceira legislatura. Se os Verdes ultrapassam a média, graças a Heloísa Apolónia, que cumpriu seis em 12 legislaturas, os que têm menos experiência parlamentar são os deputados das bancadas que apoiam o Governo, PSD e CDS, com duas legislaturas, em média.

Mulheres ao poder

A absoluta paridade entre homens e mulheres eleitos encontra-se no BE e nos Verdes, com quatro em oito e um em dois lugares, respectivamente. O grupo que concede menos lugares ao sexo feminino é o dos comunistas, com apenas duas mulheres numa bancada de 14 elementos, numa percentagem de 14 por cento. O PSD vai aos 30 por cento, o CDS fica-se pelos 25 e o PS não vai além dos 26 por cento.

Se tivermos em conta os círculos eleitorais, então Santarém garante o primeiro lugar do ranking, com a melhor percentagem de parlamentares femininas. Quarenta por cento dos eleitos por este círculo são deputadas. Ao invés, Évora, Bragança e Portalegre dispensam qualquer mulher.

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