A moda, como é costume, entrou em Portugal por Lisboa. Pelo menos, foi a alguns amigos de Lisboa que ouvi pela primeira vez gabar as sublimes e infinitas qualidades que atribuíam a uma porcaria qualquer de fazer comida (uma panela, um trem de cozinha ou uma espécie de espremedor Molinex, não percebi bem), chamada “Bimby”. Depois, a novidade chegou também ao Porto.Em Lisboa ou no Porto, no entanto, uma nota há invariável: quem me fala deslumbrado da “Bimby” cita sempre um maravilhoso bacalhau com natas que alguém comeu, feito por ela. Até quando pesquiso “Bimby” no Google, o que me aparece logo é uma receita de bacalhau com natas.Eu não sei se a tal “Bimby” é uma máquina de fazer bacalhau com natas ou se, além disso, também faz de iogurteira. Desconfio, contudo, que esse aparelhómetro chamado “bimby” nem sequer existe. O modo como toda a gente me fala que tem um amigo que conhece não sei quem que comeu um delicioso e requintado bacalhau com natas feito na “bimby” traz, sem faltar nenhum, os traços típicos definidores dos mitos urbanos.
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A moda, como é costume, entrou em Portugal por Lisboa. Pelo menos, foi a alguns amigos de Lisboa que ouvi pela primeira vez gabar as sublimes e infinitas qualidades que atribuíam a uma porcaria qualquer de fazer comida (uma panela, um trem de cozinha ou uma espécie de espremedor Molinex, não percebi bem), chamada “Bimby”. Depois, a novidade chegou também ao Porto.Em Lisboa ou no Porto, no entanto, uma nota há invariável: quem me fala deslumbrado da “Bimby” cita sempre um maravilhoso bacalhau com natas que alguém comeu, feito por ela. Até quando pesquiso “Bimby” no Google, o que me aparece logo é uma receita de bacalhau com natas.Eu não sei se a tal “Bimby” é uma máquina de fazer bacalhau com natas ou se, além disso, também faz de iogurteira. Desconfio, contudo, que esse aparelhómetro chamado “bimby” nem sequer existe. O modo como toda a gente me fala que tem um amigo que conhece não sei quem que comeu um delicioso e requintado bacalhau com natas feito na “bimby” traz, sem faltar nenhum, os traços típicos definidores dos mitos urbanos.