Dias com árvores: Cipreste-de-Monterey

03-07-2011
marcar artigo


Cupressus macrocarpa - Parque Florestal de AmaranteAs árvores não têm que respeitar as linhas divisórias dos estados, mas as 50 parcelas que compõem os EUA são suficientemente vastas para albergarem numerosos endemismos, como esta árvore com que fechamos o nosso ciclo de ciprestes: trata-se do cipreste-da-Califórnia (também conhecido como cipreste-de-Monterey), que não ocorre espontaneamente em nenhum outro estado americano. Este cipreste, que se distingue pelos seus ramos ascendentes, quase verticais nas árvores jovens, e pelo tronco encordoado, apresenta-se ora com hábito colunar (é o caso de alguns exemplares no Parque de Serralves), ora com copa ampla e arredondada, como a árvore na foto. Cresce rapidamente e não costuma ultrapassar os 30 metros de altura, mas o tronco é por vezes de grande envergadura. Os aveirenses recordam decerto o grande cipreste-de-Monterey, com quase 7 metros de perímetro do tronco, que existia no jardim do Parque D. Pedro, à face da avenida Artur Ravara: classificado de interesse público em 1939, danificado por um ciclone em 1942, sobreviveu até há meia-dúzia de anos com a copa muito reduzida; mas dele hoje só resta a base do tronco, testemunho assaz elucidativo do colosso que ele foi. Tive a sorte de o ter conhecido ainda vivo, mas não a previdência de o fotografar.O cipreste-da-Califórnia, conterrâneo dos Beach Boys, dá-se muito bem à beira-mar. Há tempos, alguém teve o atrevimento de eleger as 10 mais magníficas árvores do mundo: a lista não terá sido compilada por votação democrática, mas a escolha, apesar da hegemonia norte-americana, revela algum esforço de equilíbrio. Em décimo lugar ficou justamente um Cupressus macrocarpa, notável não pelo tamanho mas pelo lugar onde lhe calhou viver: isolado num rochedo batido pelos ventos e marés do Pacífico.P.S. Ver aqui fotos antes-e-depois do cipreste-de-Monterey do Parque D. Pedro, em Aveiro. Obrigado, Pedro!


Cupressus macrocarpa - Parque Florestal de AmaranteAs árvores não têm que respeitar as linhas divisórias dos estados, mas as 50 parcelas que compõem os EUA são suficientemente vastas para albergarem numerosos endemismos, como esta árvore com que fechamos o nosso ciclo de ciprestes: trata-se do cipreste-da-Califórnia (também conhecido como cipreste-de-Monterey), que não ocorre espontaneamente em nenhum outro estado americano. Este cipreste, que se distingue pelos seus ramos ascendentes, quase verticais nas árvores jovens, e pelo tronco encordoado, apresenta-se ora com hábito colunar (é o caso de alguns exemplares no Parque de Serralves), ora com copa ampla e arredondada, como a árvore na foto. Cresce rapidamente e não costuma ultrapassar os 30 metros de altura, mas o tronco é por vezes de grande envergadura. Os aveirenses recordam decerto o grande cipreste-de-Monterey, com quase 7 metros de perímetro do tronco, que existia no jardim do Parque D. Pedro, à face da avenida Artur Ravara: classificado de interesse público em 1939, danificado por um ciclone em 1942, sobreviveu até há meia-dúzia de anos com a copa muito reduzida; mas dele hoje só resta a base do tronco, testemunho assaz elucidativo do colosso que ele foi. Tive a sorte de o ter conhecido ainda vivo, mas não a previdência de o fotografar.O cipreste-da-Califórnia, conterrâneo dos Beach Boys, dá-se muito bem à beira-mar. Há tempos, alguém teve o atrevimento de eleger as 10 mais magníficas árvores do mundo: a lista não terá sido compilada por votação democrática, mas a escolha, apesar da hegemonia norte-americana, revela algum esforço de equilíbrio. Em décimo lugar ficou justamente um Cupressus macrocarpa, notável não pelo tamanho mas pelo lugar onde lhe calhou viver: isolado num rochedo batido pelos ventos e marés do Pacífico.P.S. Ver aqui fotos antes-e-depois do cipreste-de-Monterey do Parque D. Pedro, em Aveiro. Obrigado, Pedro!

marcar artigo