Dias com árvores: Três modos de ser árvore

03-07-2011
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Taxodium distichum (cipreste-dos-pântanos) - AmaranteEm resultado da pressa que teve em subir acima das suas vizinhas, talvez para ser a primeira e a última a agarrar o sol da cada dia, esta árvore em Amarante apresenta-se esguia e desajeitada como uma adolescente. Mas tem ainda muitos anos de vida pela frente para alargar a copa e engrossar o tronco, tudo sem perder a leveza com que paira sobre as águas do Tâmega quando o rio vai cheio. Como ia em Dezembro passado, estava a árvore já pronta para hibernar; depois ela vestiu-se de verde na Primavera para se pintar de laranja no Outono; e o rio, emagrecido pela chuva que não cai, recuou vários metros, deixando-lhe os pés enxutos. Antes assim não fosse, pois é com o tronco encharcado que ela se sente bem: para poder respirar quando as raízes ficam submersas é que fez brotar os seus inúmeros narizes (ou pneumatóforos).Originário de lugares húmidos ou alagados no sudeste dos EUA e primo das sequóias, o cipreste-dos-pântanos é uma conífera de folhagem caduca, peculiaridade que o género Taxodium partilha com a Metasequoia e com os lariços (género Larix). Não é uma árvore rara em Portugal, e temo-la visto até em jardins privados; dela conhecemos bons exemplares na Quinta da Aveleda, no Parque das Termas de Vizela e no Parque da Curia, e Ernesto Goes regista outros em Lisboa (jardim de Campo de Ourique, Jardim Botânico da U. L.), em Sintra (Quinta de Monserrate) e em Tondela (Quinta do Paço).


Taxodium distichum (cipreste-dos-pântanos) - AmaranteEm resultado da pressa que teve em subir acima das suas vizinhas, talvez para ser a primeira e a última a agarrar o sol da cada dia, esta árvore em Amarante apresenta-se esguia e desajeitada como uma adolescente. Mas tem ainda muitos anos de vida pela frente para alargar a copa e engrossar o tronco, tudo sem perder a leveza com que paira sobre as águas do Tâmega quando o rio vai cheio. Como ia em Dezembro passado, estava a árvore já pronta para hibernar; depois ela vestiu-se de verde na Primavera para se pintar de laranja no Outono; e o rio, emagrecido pela chuva que não cai, recuou vários metros, deixando-lhe os pés enxutos. Antes assim não fosse, pois é com o tronco encharcado que ela se sente bem: para poder respirar quando as raízes ficam submersas é que fez brotar os seus inúmeros narizes (ou pneumatóforos).Originário de lugares húmidos ou alagados no sudeste dos EUA e primo das sequóias, o cipreste-dos-pântanos é uma conífera de folhagem caduca, peculiaridade que o género Taxodium partilha com a Metasequoia e com os lariços (género Larix). Não é uma árvore rara em Portugal, e temo-la visto até em jardins privados; dela conhecemos bons exemplares na Quinta da Aveleda, no Parque das Termas de Vizela e no Parque da Curia, e Ernesto Goes regista outros em Lisboa (jardim de Campo de Ourique, Jardim Botânico da U. L.), em Sintra (Quinta de Monserrate) e em Tondela (Quinta do Paço).

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