Lobo Xavier não elogia mas concorda com recondução de Carlos Costa

15-10-2015
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António Lobo Xavier, dirigente do CDS e administrador do BPI, não elogia mas aceita, por uma questão de prudência, a recondução de Carlos Costa como governador do Banco de Portugal (BdP) "num momento em que o sistema financeiro vive um momento delicado".

Qualquer alteração brusca poderia "causar perturbação no sistema financeiro" quando "começam agora a regressar aos lucros depois de uma longa noite de quatro anos de perdas", defende.

Na edição desta quinta-feira do programa "Quadratura do Círculo" da SIC Notícias, Lobo Xavier foi o único dos comentadores a defender a recondução. O gestor ligado a vários grupos, como a Sonae ou BPI, sustenta que este mandato do BdP foi "o mais difícil dos últimos 50 anos e que o Governo não tinha "autoridade moral para censurar a atuação" do governador no caso BES, depois de ter optado por se desligar e adotar "um afastamento gélido", deixando Carlos Costa isolado.

Posição diminuída e fragilizada

Lobo Xavier diz que a venda do Novo Banco estará concluída antes do verão e a liquidação do BES em 2016, mas os seus efeitos far-se-ão sentir por muito mais tempo. No entanto, reconhece que se for verdade que a recondução não foi consensualizada previamente com o líder do PS, António Costa, a posição do governador "fica diminuída e fragilizada".

Os dois outros comentadores da "Quadratura do Círculo", Jorge Coelho e Pacheco Pereira, teceram duras críticas à permanência de Carlos Costa. O socialista pela metodologia aplicada, "rompendo coma tradição das escolhas consensualizadas" para cargos desta natureza.

"É uma brincadeira pegada", critica Coelho, para quem este é mais um exemplo "da arrogância e partidarite do Governo". O antigo ministro critica o método e o Governo, mas não a pessoa de Carlos Costa. O Governo "faz uma nomeação à pressa como se o mundo fosse acabar", colocando o governador "numa posição de gigantesca fragilidade".

Já Pacheco Pereira fala de mais um caso em que o Governo aplica o "princípio da irresponsabilidade", sustentando que em todos os casos polémicos na administração pública, os titulares de cargos de topo "nunca são responsáveis pelo que sucede".

Para o social-democrata o Governo revela grande hipocrisia ao premiar Carlos Costa com a recondução, depois das críticas que a comissão parlamentar de inquérito deixou à atuação do BdP no caso BES. Segundo Pacheco Pereira, o prémio tem uma explicação. No caso BES, Carlos Costa fez de biombo, o Governo precisou dele"para se esconder e sair de cena".

António Lobo Xavier, dirigente do CDS e administrador do BPI, não elogia mas aceita, por uma questão de prudência, a recondução de Carlos Costa como governador do Banco de Portugal (BdP) "num momento em que o sistema financeiro vive um momento delicado".

Qualquer alteração brusca poderia "causar perturbação no sistema financeiro" quando "começam agora a regressar aos lucros depois de uma longa noite de quatro anos de perdas", defende.

Na edição desta quinta-feira do programa "Quadratura do Círculo" da SIC Notícias, Lobo Xavier foi o único dos comentadores a defender a recondução. O gestor ligado a vários grupos, como a Sonae ou BPI, sustenta que este mandato do BdP foi "o mais difícil dos últimos 50 anos e que o Governo não tinha "autoridade moral para censurar a atuação" do governador no caso BES, depois de ter optado por se desligar e adotar "um afastamento gélido", deixando Carlos Costa isolado.

Posição diminuída e fragilizada

Lobo Xavier diz que a venda do Novo Banco estará concluída antes do verão e a liquidação do BES em 2016, mas os seus efeitos far-se-ão sentir por muito mais tempo. No entanto, reconhece que se for verdade que a recondução não foi consensualizada previamente com o líder do PS, António Costa, a posição do governador "fica diminuída e fragilizada".

Os dois outros comentadores da "Quadratura do Círculo", Jorge Coelho e Pacheco Pereira, teceram duras críticas à permanência de Carlos Costa. O socialista pela metodologia aplicada, "rompendo coma tradição das escolhas consensualizadas" para cargos desta natureza.

"É uma brincadeira pegada", critica Coelho, para quem este é mais um exemplo "da arrogância e partidarite do Governo". O antigo ministro critica o método e o Governo, mas não a pessoa de Carlos Costa. O Governo "faz uma nomeação à pressa como se o mundo fosse acabar", colocando o governador "numa posição de gigantesca fragilidade".

Já Pacheco Pereira fala de mais um caso em que o Governo aplica o "princípio da irresponsabilidade", sustentando que em todos os casos polémicos na administração pública, os titulares de cargos de topo "nunca são responsáveis pelo que sucede".

Para o social-democrata o Governo revela grande hipocrisia ao premiar Carlos Costa com a recondução, depois das críticas que a comissão parlamentar de inquérito deixou à atuação do BdP no caso BES. Segundo Pacheco Pereira, o prémio tem uma explicação. No caso BES, Carlos Costa fez de biombo, o Governo precisou dele"para se esconder e sair de cena".

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