BANCADA DIRECTA: Os desalinhados (18). O caso Joana Amaral Dias.

26-01-2012
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Os desalinhados (18) O Caso Joana Amaral Dias Quando entendeu, Joana Amaral Dias não teve qualquer rebuço em confirmar que foi o próprio Secretário de Estado das Obras Públicas que a convidou para ela integrar a lista de deputados por Coimbra nas próximas eleições legislativas.Quando esta polémica saltou para o domínio publico e apesar do desmentido formal e enérgico do primeiro- ministro, logo se via que havia muito fumo e devia, por conseguinte, haver fogo.O próprio desmentido do Secretário de Estado Paulo Campos não convence ninguém. Se sondou Amaral Dias é porque tinha em mente convidá-la. Seria muito estúpido convidar a militante do Bloco de Esquerda directamente e de chofre, sem saber qual seria o sentimento dela, não só em relação ao Bloco de Esquerda mas também à possibilidade de integrar uma lista diferente do BE, tal como são os exemplos que se verificaram na nossa Democracia. Nem é preciso citá-los porque todos se lembram. Mas refiro os mais flagrantes: Zita Seabra do PCP para o PSD e de Helena Roseta do PSD para o PSMas também reconheço que Paulo Campos quisesse jogar com uma possível revanche de Amaral Dias para com o Bloco de Esquerda. Temos para nós que Joana Amaral Dias sonha com mais altos voos dentro do Bloco de Esquerda, e uma eventual ocupação do lugar de Francisco Louça a médio prazo não será assim tão descabida.Será, então preciso recordar que o afastamento de Joana Amaral Dias não foi suficientemente explicado por Francisco Louça, mas ninguém tenha duvida que foi o seu apoio à candidatura de Mário Soares, nas presidenciais de 2006, a gota de água que fez estremecer de repúdio os órgãos dirigentes do BE.Vejamos as notícias de então:Joana Amaral Dias «surpreendida» com exclusão das listas da direcçãoA ex-dirigente do Bloco de Esquerda, Joana Amaral Dias, disse este sábado estar surpreendida e não ver «qualquer razão» para a sua saída da lista para a Mesa Nacional, garantindo, contudo, que não vai abandonar o partido.Joana Amaral Dias diz estar surpreendida com o seu afastamento da direcção. Joana Amaral Dias disponível para continuar no partido. Francisco Louçã diz que conta com Joana Amaral Dias«Vejo este afastamento com alguma surpresa. Tenho dado um contributo sistemático e o melhor que posso e sei ao Bloco de Esquerda», disse Joana Amaral Dias à TSF.Segundo Joana Amaral Dias, as razões dadas pelo BE para a sua exclusão da direcção «não são consistentes».Apesar desta decisão, a ex-dirigente do BE disse estar disponível para trabalhar com o partido.A lista de oitenta elementos proposta pela direcção do Bloco de Esquerda à Mesa Nacional aposta na «continuidade estratégica» mantendo os principais nomes do partido, e exclui Joana Amaral Dias.Francisco Louçã volta a liderar a lista de 80 nomes à Mesa Nacional, o órgão máximo do Bloco entre convenções, onde se mantêm Luís Fazenda, Ana Drago, Miguel Portas, Fernando Rosas, Helena Pinto e Cecília Honório.Entre as poucas mudanças regista-se a saída de Joana Amaral Dias que, de acordo com fonte do BE, não foi incluída na Mesa Nacional devido a ter «reduzido a sua participação política no partido».Em 2007, a manutenção de Joana Amaral Dias na Mesa Nacional foi contestada por alguns delegados depois de ter apoiado Mário Soares às presidenciais de 2006.No entanto, à TSF, fontes do BE garantiram que a exclusão de Joana Amaral Dias não se deveu ao facto de esta apoiar Mário Soares.Entretanto, Francisco Louçã já comentou a saída de Joana Amaral Dias, sublinhando que, apesar do sucedido, não há qualquer «ruptura».Finalmente, dá para concluir que tanto Francisco Louçã como Joana Amaral Dias não se desalinharam, o mesmo não se pode dizer de Paulo Campos. De José Sócrates fica-nos a dúvida se sabia ou não, ou se soube depois do convite, tal como refere Paulo Campos.Ver as noticias recentes aqui


Os desalinhados (18) O Caso Joana Amaral Dias Quando entendeu, Joana Amaral Dias não teve qualquer rebuço em confirmar que foi o próprio Secretário de Estado das Obras Públicas que a convidou para ela integrar a lista de deputados por Coimbra nas próximas eleições legislativas.Quando esta polémica saltou para o domínio publico e apesar do desmentido formal e enérgico do primeiro- ministro, logo se via que havia muito fumo e devia, por conseguinte, haver fogo.O próprio desmentido do Secretário de Estado Paulo Campos não convence ninguém. Se sondou Amaral Dias é porque tinha em mente convidá-la. Seria muito estúpido convidar a militante do Bloco de Esquerda directamente e de chofre, sem saber qual seria o sentimento dela, não só em relação ao Bloco de Esquerda mas também à possibilidade de integrar uma lista diferente do BE, tal como são os exemplos que se verificaram na nossa Democracia. Nem é preciso citá-los porque todos se lembram. Mas refiro os mais flagrantes: Zita Seabra do PCP para o PSD e de Helena Roseta do PSD para o PSMas também reconheço que Paulo Campos quisesse jogar com uma possível revanche de Amaral Dias para com o Bloco de Esquerda. Temos para nós que Joana Amaral Dias sonha com mais altos voos dentro do Bloco de Esquerda, e uma eventual ocupação do lugar de Francisco Louça a médio prazo não será assim tão descabida.Será, então preciso recordar que o afastamento de Joana Amaral Dias não foi suficientemente explicado por Francisco Louça, mas ninguém tenha duvida que foi o seu apoio à candidatura de Mário Soares, nas presidenciais de 2006, a gota de água que fez estremecer de repúdio os órgãos dirigentes do BE.Vejamos as notícias de então:Joana Amaral Dias «surpreendida» com exclusão das listas da direcçãoA ex-dirigente do Bloco de Esquerda, Joana Amaral Dias, disse este sábado estar surpreendida e não ver «qualquer razão» para a sua saída da lista para a Mesa Nacional, garantindo, contudo, que não vai abandonar o partido.Joana Amaral Dias diz estar surpreendida com o seu afastamento da direcção. Joana Amaral Dias disponível para continuar no partido. Francisco Louçã diz que conta com Joana Amaral Dias«Vejo este afastamento com alguma surpresa. Tenho dado um contributo sistemático e o melhor que posso e sei ao Bloco de Esquerda», disse Joana Amaral Dias à TSF.Segundo Joana Amaral Dias, as razões dadas pelo BE para a sua exclusão da direcção «não são consistentes».Apesar desta decisão, a ex-dirigente do BE disse estar disponível para trabalhar com o partido.A lista de oitenta elementos proposta pela direcção do Bloco de Esquerda à Mesa Nacional aposta na «continuidade estratégica» mantendo os principais nomes do partido, e exclui Joana Amaral Dias.Francisco Louçã volta a liderar a lista de 80 nomes à Mesa Nacional, o órgão máximo do Bloco entre convenções, onde se mantêm Luís Fazenda, Ana Drago, Miguel Portas, Fernando Rosas, Helena Pinto e Cecília Honório.Entre as poucas mudanças regista-se a saída de Joana Amaral Dias que, de acordo com fonte do BE, não foi incluída na Mesa Nacional devido a ter «reduzido a sua participação política no partido».Em 2007, a manutenção de Joana Amaral Dias na Mesa Nacional foi contestada por alguns delegados depois de ter apoiado Mário Soares às presidenciais de 2006.No entanto, à TSF, fontes do BE garantiram que a exclusão de Joana Amaral Dias não se deveu ao facto de esta apoiar Mário Soares.Entretanto, Francisco Louçã já comentou a saída de Joana Amaral Dias, sublinhando que, apesar do sucedido, não há qualquer «ruptura».Finalmente, dá para concluir que tanto Francisco Louçã como Joana Amaral Dias não se desalinharam, o mesmo não se pode dizer de Paulo Campos. De José Sócrates fica-nos a dúvida se sabia ou não, ou se soube depois do convite, tal como refere Paulo Campos.Ver as noticias recentes aqui

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