A agressão policial que pôs CDS e BE de acordo

18-05-2015
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Nem o CDS, historicamente o partido com a costela mais securitária dos que têm assento parlamentar, vem em defesa da atuação do subcomissário da PSP que este domingo, perante duas crianças, agrediu o pai e o avô destas no final do V. Guimarães-Benfica.

"O facto de o CDS defender em geral as forças de segurança, conhecendo as situações difíceis que estas enfrentam e a tensão a que muitas vezes estão expostas, não impede que sejamos exigentes, denunciando e criticando situações em que manifestamente, como parece ser o caso, haja excesso de força", diz Telmo Correia, presidente do Conselho Nacional dos centristas e coordenador do partido na comissão parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias.

Em declarações ao Expresso, o deputado do CDS acrescenta que, "mesmo compreendendo que era um momento difícil, num estádio difícil, aparentemente essa ação policial não só não resolveu o problema, como o agravou, pela forma descontrolada como o esse elemento agiu". A PSP, diz Telmo Correia, "tem de distinguir entre o que se passou no Marquês de Pombal, com grupos desordeiros, e o que aconteceu em Guimarães, com uma família que, por muito insultuosa que possa ter sido, não é uma ameaça à ordem pública. Um pai, dois filhos e um avô não são um grupo de hooligans".

BE também fala em "descontrolo" e "desproporção"

Palavras muito parecidas com as que, durante a manhã desta segunda-feira, já se tinham ouvido de Cecília Honório, do Bloco de Esquerda, o partido que se senta do lado oposto na Assembleia da República.

"Queremos questionar o Governo sobre as orientações que estão a ser seguidas face a estes eventos, a formação dos próprios agentes e, ao mesmo tempo, a inspeção que deve ser levada a cabo para averiguar todas estas situações que, do nosso ponto de vista, indiciam um forte descontrolo, são desproporcionadas e, parece-nos, criam mais problemas do que os que procuram resolver", disse a deputada do BE, citada pela agência Lusa.

"Aquilo que nós exigimos ao Governo, à ministra da Administração Interna, são esclarecimentos imediatos sobre a atuação das forças de segurança, cujo papel é evidentemente preservar a segurança dos cidadãos e cidadãs em acontecimentos desta natureza", afirmou a bloquista, referindo também ocorrências em torno do jogo do Sporting em Alvalade.

Inquérito é "óbvio e necessário"

O Ministério da Administração Interna já anunciou um inquérito aos incidentes de Guimarães, que Telmo Correia considera "óbvio e necessário". "Não podemos fazer um julgamento a partir da mera opinião", diz o dirigente do CDS. Porém, pelas imagens que já viu da agressão protagonizada pelo subcomissário Filipe Silva, reconhece que "dificilmente este caso escapa a uma análise que nos leve a concluir que houve desproporção".

O deputado do CDS lembra que este domingo se verificaram "em vários locais e situações, não só com o Benfica em Guimarães e com o Benfica no Marquês de Pombal, um conjunto de incidentes, uns mais graves do que outros, relacionados com futebol", e considera que a "maior preocupação" deve ser o "combate à violência no desporto".

Nem o CDS, historicamente o partido com a costela mais securitária dos que têm assento parlamentar, vem em defesa da atuação do subcomissário da PSP que este domingo, perante duas crianças, agrediu o pai e o avô destas no final do V. Guimarães-Benfica.

"O facto de o CDS defender em geral as forças de segurança, conhecendo as situações difíceis que estas enfrentam e a tensão a que muitas vezes estão expostas, não impede que sejamos exigentes, denunciando e criticando situações em que manifestamente, como parece ser o caso, haja excesso de força", diz Telmo Correia, presidente do Conselho Nacional dos centristas e coordenador do partido na comissão parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias.

Em declarações ao Expresso, o deputado do CDS acrescenta que, "mesmo compreendendo que era um momento difícil, num estádio difícil, aparentemente essa ação policial não só não resolveu o problema, como o agravou, pela forma descontrolada como o esse elemento agiu". A PSP, diz Telmo Correia, "tem de distinguir entre o que se passou no Marquês de Pombal, com grupos desordeiros, e o que aconteceu em Guimarães, com uma família que, por muito insultuosa que possa ter sido, não é uma ameaça à ordem pública. Um pai, dois filhos e um avô não são um grupo de hooligans".

BE também fala em "descontrolo" e "desproporção"

Palavras muito parecidas com as que, durante a manhã desta segunda-feira, já se tinham ouvido de Cecília Honório, do Bloco de Esquerda, o partido que se senta do lado oposto na Assembleia da República.

"Queremos questionar o Governo sobre as orientações que estão a ser seguidas face a estes eventos, a formação dos próprios agentes e, ao mesmo tempo, a inspeção que deve ser levada a cabo para averiguar todas estas situações que, do nosso ponto de vista, indiciam um forte descontrolo, são desproporcionadas e, parece-nos, criam mais problemas do que os que procuram resolver", disse a deputada do BE, citada pela agência Lusa.

"Aquilo que nós exigimos ao Governo, à ministra da Administração Interna, são esclarecimentos imediatos sobre a atuação das forças de segurança, cujo papel é evidentemente preservar a segurança dos cidadãos e cidadãs em acontecimentos desta natureza", afirmou a bloquista, referindo também ocorrências em torno do jogo do Sporting em Alvalade.

Inquérito é "óbvio e necessário"

O Ministério da Administração Interna já anunciou um inquérito aos incidentes de Guimarães, que Telmo Correia considera "óbvio e necessário". "Não podemos fazer um julgamento a partir da mera opinião", diz o dirigente do CDS. Porém, pelas imagens que já viu da agressão protagonizada pelo subcomissário Filipe Silva, reconhece que "dificilmente este caso escapa a uma análise que nos leve a concluir que houve desproporção".

O deputado do CDS lembra que este domingo se verificaram "em vários locais e situações, não só com o Benfica em Guimarães e com o Benfica no Marquês de Pombal, um conjunto de incidentes, uns mais graves do que outros, relacionados com futebol", e considera que a "maior preocupação" deve ser o "combate à violência no desporto".

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