Catarina Martins. “As pessoas querem desempatar a vida e construir uma alternativa”

01-10-2015
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É já com algum enfado que Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, aceita responder às constantes perguntas sobre sondagens a indicarem um possível empate técnico entre a coligação governamental e o PS. Por isso considera que “sondagens a falarem de empates tornam a vida muito interessante aos comentadores e jornalistas”, mas o foco terá de ser outro.

Em sua opinião, os portugueses “vivem há tantos anos em alternância e já ouviram tanto a história do empate, que se calhar agora preferem desempatar a sua vida”, como o demonstrará o facto de “haver cada vez mais gente a querer construir uma alternativa”.

Catarina produziu estas declarações ao princípio da tarde em Matosinhos, onde integrou uma ação de campanha cujo início estava marcado para as 11 horas na feira da Senhora da Hora.

Não começou bem a jornada para o Bloco. A porta-voz ficou retida na autoestrada devido a uma avaria na viatura que a transportava e as bandeiras, o bombo e as gaitas de foles tiveram mesmo de avançar sem a face mais visível do BE.

Pode ser um detalhe numa organização que privilegia o coletivo, mas faz toda a diferença. Na feira, os simpatizantes, acompanhados do número dois pelo Porto, José Soeiro, passaram com alguma simpatia, mas sem grande entusiasmo. Os feirantes e os clientes recebiam os folhetos do Bloco, uma vez ou outra ouviam-se os habituais comentários de desdém pela política muito frequentes nestes espaços, mas nada mais.

Bipolarização é tudo menos alternativa

Com frequência aparecia alguém a perguntar pela dirigente do BE. Faziam-lhe elogios e percebia-se como é cada vez maior o efeito Catarina. Junto ao porto de Matosinhos tudo foi diferente. Com o permanente e cativante sorriso nos lábios que a caracteriza, a porta-voz do BE por vezes nem precisava de se dirigir a quem passava. Jovens casais, pessoas de idade, aproximavam-se da bloquista, davam-lhe palavras de incentivo, pediam para ser fotografadas em conjunto, beijavam-na.

Mais tarde, quando questionada sobre se este capital de simpatia pode ser transformado em votos, Catarina sublinhou o facto de o BE ter conseguido colocar a política no centro dos debates, sem se por a “falar de abstrações que nada dizem às pessoas”. Esse esforço de “falar da vida concreta das pessoas e apresentar alternativas é reconhecido na simpatia” com que são recebidos os dirigentes do BE.

Na agenda do dia estava também a notícia do Expresso sobre a eventualidade de o Presidente da República optar por dar posse ao partido com mais mandatos. Para Catarina não há necessidade “de inventar muito”. Num país com 40 anos de democracia e uma Constituição clara, “o P.R. chamará para formar governo o partido que tiver a maior bancada”. Embora, insiste, as sondagens não sejam votos, quem as olha “já percebeu que há uma bancada parlamentar que vai ter mais deputados que os outros”. O resto, conclui, “é querer alimentar falsos empates para uma bipolarização que é tudo menos alternativa e é antes alternância”.

A partir das 16 horas o BE realiza um comício na Praça dos Poveiros, no Porto. Às 18h30, no Teatro Carlos Alberto, é apresentado o livro “Mitos Urbanos”, de Catarina Martins, que a partir das 22h30 percorrerá a baixa da cidade, em particular na zona dos Clérigos e Galerias de Paris.

É já com algum enfado que Catarina Martins, porta-voz do Bloco de Esquerda, aceita responder às constantes perguntas sobre sondagens a indicarem um possível empate técnico entre a coligação governamental e o PS. Por isso considera que “sondagens a falarem de empates tornam a vida muito interessante aos comentadores e jornalistas”, mas o foco terá de ser outro.

Em sua opinião, os portugueses “vivem há tantos anos em alternância e já ouviram tanto a história do empate, que se calhar agora preferem desempatar a sua vida”, como o demonstrará o facto de “haver cada vez mais gente a querer construir uma alternativa”.

Catarina produziu estas declarações ao princípio da tarde em Matosinhos, onde integrou uma ação de campanha cujo início estava marcado para as 11 horas na feira da Senhora da Hora.

Não começou bem a jornada para o Bloco. A porta-voz ficou retida na autoestrada devido a uma avaria na viatura que a transportava e as bandeiras, o bombo e as gaitas de foles tiveram mesmo de avançar sem a face mais visível do BE.

Pode ser um detalhe numa organização que privilegia o coletivo, mas faz toda a diferença. Na feira, os simpatizantes, acompanhados do número dois pelo Porto, José Soeiro, passaram com alguma simpatia, mas sem grande entusiasmo. Os feirantes e os clientes recebiam os folhetos do Bloco, uma vez ou outra ouviam-se os habituais comentários de desdém pela política muito frequentes nestes espaços, mas nada mais.

Bipolarização é tudo menos alternativa

Com frequência aparecia alguém a perguntar pela dirigente do BE. Faziam-lhe elogios e percebia-se como é cada vez maior o efeito Catarina. Junto ao porto de Matosinhos tudo foi diferente. Com o permanente e cativante sorriso nos lábios que a caracteriza, a porta-voz do BE por vezes nem precisava de se dirigir a quem passava. Jovens casais, pessoas de idade, aproximavam-se da bloquista, davam-lhe palavras de incentivo, pediam para ser fotografadas em conjunto, beijavam-na.

Mais tarde, quando questionada sobre se este capital de simpatia pode ser transformado em votos, Catarina sublinhou o facto de o BE ter conseguido colocar a política no centro dos debates, sem se por a “falar de abstrações que nada dizem às pessoas”. Esse esforço de “falar da vida concreta das pessoas e apresentar alternativas é reconhecido na simpatia” com que são recebidos os dirigentes do BE.

Na agenda do dia estava também a notícia do Expresso sobre a eventualidade de o Presidente da República optar por dar posse ao partido com mais mandatos. Para Catarina não há necessidade “de inventar muito”. Num país com 40 anos de democracia e uma Constituição clara, “o P.R. chamará para formar governo o partido que tiver a maior bancada”. Embora, insiste, as sondagens não sejam votos, quem as olha “já percebeu que há uma bancada parlamentar que vai ter mais deputados que os outros”. O resto, conclui, “é querer alimentar falsos empates para uma bipolarização que é tudo menos alternativa e é antes alternância”.

A partir das 16 horas o BE realiza um comício na Praça dos Poveiros, no Porto. Às 18h30, no Teatro Carlos Alberto, é apresentado o livro “Mitos Urbanos”, de Catarina Martins, que a partir das 22h30 percorrerá a baixa da cidade, em particular na zona dos Clérigos e Galerias de Paris.

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