Só o BCP rendeu menos que a PT desde a OPA da Sonaecom

14-01-2015
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Só o BCP rendeu menos que a PT desde a OPA da Sonaecom

Pedro Latoeiro e Paulo Zacarias Gomes / Foto: Lusa

Ontem 14:50

As acções da PT, que transaccionam hoje em mínimo histórico, revelaram-se um dos investimentos com menor rendibilidade na bolsa portuguesa desde 6 de Fevereiro de 2006, data de lançamento da rejeitada OPA da Sonaecom.

A taxa de rendibilidade média anual da PT desde essa altura, assumindo que todos os dividendos pagos foram reinvestidos, é negativa em 15,16%, mostram dados da Bloomberg. Das actuais cotadas do PSI 20 comparáveis só há um investimento menos rentável: o BCP (-22,6%).

O período analisado começa com a OPA da Sonaecom, que a administração da PT recomendou rejeitar dado o "modesto prémio" e a "subavaliação [da empresa] de até 2,6 mil milhões de euros" - e estende-se até hoje, dia em que os títulos cotaram no mínimo histórico de 0,629 euros, cotação que avalia a empresa em menos de 600 milhões.

Para Frederico Antão, operador da sala de mercados da Biz Valor, o facto que mais marcou o retorno da PT em bolsa foi a fusão com a Oi, dada a dependência do comportamento da brasileira na praça de São Paulo.

"A partir do momento em que foi estabelecido o rácio de troca, a PT passou a ser uma derivada da Oi no Brasil, completamente exposta a essa cotação", argumenta Frederico Antão, sugerindo que o título esteve até há pouco tempo acima do "valor prudente" devido, entre outros factores, à OPA de Isabel dos Santos a 1,35 euros.

Steven Santos, gestor da XTB Portugal, considera por seu turno que a derrapagem em bolsa da PT - perdeu 80% do seu valor em 12 meses -, espelha o fim da expectativa de alguns investidores em participar num gigante lusófono das telecomunicações e reflecte também a aposta de institucionais na queda do título.

Às 12h45 as acções da PT perdiam 5,3% para 0,679 euros no dia seguinte à decisão sobre a venda da PT Portugal ter sido adiada para 22 de Janeiro. Ao início da manhã, quando retomaram a negociação após dois dias de suspensão, os títulos chegaram a perder mais de 12%.

Conteúdo publicado no Económico à Uma. Subscreva aqui.

Só o BCP rendeu menos que a PT desde a OPA da Sonaecom

Pedro Latoeiro e Paulo Zacarias Gomes / Foto: Lusa

Ontem 14:50

As acções da PT, que transaccionam hoje em mínimo histórico, revelaram-se um dos investimentos com menor rendibilidade na bolsa portuguesa desde 6 de Fevereiro de 2006, data de lançamento da rejeitada OPA da Sonaecom.

A taxa de rendibilidade média anual da PT desde essa altura, assumindo que todos os dividendos pagos foram reinvestidos, é negativa em 15,16%, mostram dados da Bloomberg. Das actuais cotadas do PSI 20 comparáveis só há um investimento menos rentável: o BCP (-22,6%).

O período analisado começa com a OPA da Sonaecom, que a administração da PT recomendou rejeitar dado o "modesto prémio" e a "subavaliação [da empresa] de até 2,6 mil milhões de euros" - e estende-se até hoje, dia em que os títulos cotaram no mínimo histórico de 0,629 euros, cotação que avalia a empresa em menos de 600 milhões.

Para Frederico Antão, operador da sala de mercados da Biz Valor, o facto que mais marcou o retorno da PT em bolsa foi a fusão com a Oi, dada a dependência do comportamento da brasileira na praça de São Paulo.

"A partir do momento em que foi estabelecido o rácio de troca, a PT passou a ser uma derivada da Oi no Brasil, completamente exposta a essa cotação", argumenta Frederico Antão, sugerindo que o título esteve até há pouco tempo acima do "valor prudente" devido, entre outros factores, à OPA de Isabel dos Santos a 1,35 euros.

Steven Santos, gestor da XTB Portugal, considera por seu turno que a derrapagem em bolsa da PT - perdeu 80% do seu valor em 12 meses -, espelha o fim da expectativa de alguns investidores em participar num gigante lusófono das telecomunicações e reflecte também a aposta de institucionais na queda do título.

Às 12h45 as acções da PT perdiam 5,3% para 0,679 euros no dia seguinte à decisão sobre a venda da PT Portugal ter sido adiada para 22 de Janeiro. Ao início da manhã, quando retomaram a negociação após dois dias de suspensão, os títulos chegaram a perder mais de 12%.

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