Salgado diz que Estado quer entrar nos bancos com 'golden share'

14-01-2015
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Salgado diz que Estado quer entrar nos bancos com 'golden share'

Maria Teixeira Alves

07 Nov 2011

O presidente do BES diz que a intervenção do Estado nos bancos vai tornar mais difícil o regresso das instituições aos mercados.

"O quadro da legislação que está previsto para a ajuda do Estado aos bancos não contribui para aumentar a confiança no sector financeiro português", afirmou esta tarde Ricardo Salgado na cerimónia de entrega dos Prémios Exportação & Internacionalização, promovida pelo BES e pelo Jornal de Negócios.

"Este modelo de intervenção do Estado nos bancos, através de acções com direitos especiais, assemelha-se a ‘golden shares' que são condenadas pela UE", considerou também o presidente do BES, indicando ainda que este modelo irá tornar "o regresso dos bancos ao mercado de capitais mais difícil".

Na mesma ocasião, Ricardo Salgado considerou que "o sistema bancário tem sido criticado muito injustamente. Ele tem sido o elo mais forte no nosso país que está a atravessar uma crise global. Neste contexto, o nosso sector tem-se portado de forma admirável", defendeu.

O presidente do BES sustentou que "sempre que o Estado quer colocar dívida pública são os bancos portugueses que absorvem a grande maioria da colocação" e que quando os bancos estrangeiros começaram a pedir os reembolsos dos créditos às empresas públicas foram os bancos portugueses que participaram na substituição desses bancos.

"Agora surgiu um desvio orçamental de 2% do PIB e, mais uma vez, são os fundos de pensões da banca que vão contribuir com 80% desse desvio", criticou Salgado.

Salgado diz que Estado quer entrar nos bancos com 'golden share'

Maria Teixeira Alves

07 Nov 2011

O presidente do BES diz que a intervenção do Estado nos bancos vai tornar mais difícil o regresso das instituições aos mercados.

"O quadro da legislação que está previsto para a ajuda do Estado aos bancos não contribui para aumentar a confiança no sector financeiro português", afirmou esta tarde Ricardo Salgado na cerimónia de entrega dos Prémios Exportação & Internacionalização, promovida pelo BES e pelo Jornal de Negócios.

"Este modelo de intervenção do Estado nos bancos, através de acções com direitos especiais, assemelha-se a ‘golden shares' que são condenadas pela UE", considerou também o presidente do BES, indicando ainda que este modelo irá tornar "o regresso dos bancos ao mercado de capitais mais difícil".

Na mesma ocasião, Ricardo Salgado considerou que "o sistema bancário tem sido criticado muito injustamente. Ele tem sido o elo mais forte no nosso país que está a atravessar uma crise global. Neste contexto, o nosso sector tem-se portado de forma admirável", defendeu.

O presidente do BES sustentou que "sempre que o Estado quer colocar dívida pública são os bancos portugueses que absorvem a grande maioria da colocação" e que quando os bancos estrangeiros começaram a pedir os reembolsos dos créditos às empresas públicas foram os bancos portugueses que participaram na substituição desses bancos.

"Agora surgiu um desvio orçamental de 2% do PIB e, mais uma vez, são os fundos de pensões da banca que vão contribuir com 80% desse desvio", criticou Salgado.

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