Stark diz que países mais fracos devem sair do euro

14-01-2015
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Stark diz que países mais fracos devem sair do euro

Eudora Ribeiro

18 Jul 2012

Antigo economista-chefe do BCE defende que a zona euro deve "encolher" para ficar mais forte.

"Vejo a necessidade de consolidação na zona euro", afirmou Juergen Stark em entrevista à revista alemã Manager Magazine.

O antigo economista-chefe do BCE não quis identificar quais os países que deviam abandonar o euro, mas considerou que o eixo franco-alemão tem de ser mantido porque "a integração do ‘core' não deve ser perdida". "Caso contrário, teríamos um desastre político e económico de proporções históricas", afirmou, citado pela Bloomberg.

Na mesma entrevista, Stark manifesta-se céptico quanto ao futuro da zona euro, considerando que o caminho rumo a uma união política europeia mais profunda é irrealista. Pelo contrário, Stark defende a manutenção da soberania nacional dos países em termos de financiamento nos mercados, numa clara rejeição das eurobonds.

Juergen Stark, que se demitiu das funções do BCE no ano passado em protesto contra as compras de obrigações dos países da zona euro por parte do banco central, é o primeiro responsável da instituição (antigo ou em funções) a defender a saída de países da união monetária. Recorde-se que o presidente do BCE, Mario Draghi, tem insistido que a zona euro deve manter-se como existe actualmente, apesar de vários responsáveis da instituição terem já admitido a hipótese de um abandono por parte de Atenas.

Mais de metade dos investidores espera que pelo menos um país abandone a zona euro no próximo ano, de acordo com uma soandagem publicada no início do mês pelo instituto Sentix. Dos 55% investidores com esta posição, a grande maioria (mais de 90%) antecipa que a Grécia é o país cuja saída é mais provável, enquanto 14% prevê que seja a Alemanha, que se tem mostrado inflexível nomeadamente no que respeita a mutualização da dívida na união monetária.

Stark diz que países mais fracos devem sair do euro

Eudora Ribeiro

18 Jul 2012

Antigo economista-chefe do BCE defende que a zona euro deve "encolher" para ficar mais forte.

"Vejo a necessidade de consolidação na zona euro", afirmou Juergen Stark em entrevista à revista alemã Manager Magazine.

O antigo economista-chefe do BCE não quis identificar quais os países que deviam abandonar o euro, mas considerou que o eixo franco-alemão tem de ser mantido porque "a integração do ‘core' não deve ser perdida". "Caso contrário, teríamos um desastre político e económico de proporções históricas", afirmou, citado pela Bloomberg.

Na mesma entrevista, Stark manifesta-se céptico quanto ao futuro da zona euro, considerando que o caminho rumo a uma união política europeia mais profunda é irrealista. Pelo contrário, Stark defende a manutenção da soberania nacional dos países em termos de financiamento nos mercados, numa clara rejeição das eurobonds.

Juergen Stark, que se demitiu das funções do BCE no ano passado em protesto contra as compras de obrigações dos países da zona euro por parte do banco central, é o primeiro responsável da instituição (antigo ou em funções) a defender a saída de países da união monetária. Recorde-se que o presidente do BCE, Mario Draghi, tem insistido que a zona euro deve manter-se como existe actualmente, apesar de vários responsáveis da instituição terem já admitido a hipótese de um abandono por parte de Atenas.

Mais de metade dos investidores espera que pelo menos um país abandone a zona euro no próximo ano, de acordo com uma soandagem publicada no início do mês pelo instituto Sentix. Dos 55% investidores com esta posição, a grande maioria (mais de 90%) antecipa que a Grécia é o país cuja saída é mais provável, enquanto 14% prevê que seja a Alemanha, que se tem mostrado inflexível nomeadamente no que respeita a mutualização da dívida na união monetária.

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