A Universidade Católica do Porto acaba de lançar um curso inovador, que permite a obtenção de dois diplomas - Direito e Gestão - no mesmo programa, que terá uma duração de cinco anos. "A Católica fez um estudo de mercado através do qual pôde perceber a existência de uma necessidade do mercado" em relação à dupla licenciatura , como explicam ao Económico a directora da Faculdade de Economia e Gestão, Sofia Salgado Pinto, e o director da Escola de Direito, Manuel Fontaine.
De facto, e principalmente ao nível da gestão de topo das empresas, os conhecimentos de gestão e de direito são considerados fundamentais para o exercício profissional. Por outro lado, é fácil constatar-se que os licenciados em Direito procuram muitas vezes pós-graduações e outros complementos na área da gestão, sucedendo o inverso igualmente com muita frequência. Neste quadro, a dupla licenciatura afigura-se como uma forma ideal de responder a esta necessidade, concluiu a Católica.
Vazio legal
Quando, depois de concluído o estudo, a Católica apresentou o projecto à Agência para a Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, liderado pelo economista Alberto Amaral, "aquela entidade ficou muito entusiasmada, mas verificou que não havia enquadramento legal para uma dupla licenciatura", revelou Sofia Salgado Pinto.
Entre outras razões, porque "uma licenciatura só pode fornecer um máximo de 240 créditos, e a dupla licenciatura fornecerá 323" - uma licenciatura ‘normal' costuma atribuir 180 créditos. Como recorda Sofia Salgado Pinto, foi a própria agência que se lembrou da forma de rodear a questão: "Propôs-nos que fizéssemos uma dupla acreditação".
Mesmo assim, o processo não foi fácil: "Demorámos quase dois anos a concluir o processo de criação do curso e um deles foi gasto na acreditação junto da agência", revela Manuel Fontaine.
Como seria de esperar, o processo não foi isento de alguma polémica: há algumas queixas da parte de universidades públicas, confessam os dois responsáveis - dado, com grande probabilidade, o grau de competitividade que encerra um projecto deste género.
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A Universidade Católica do Porto acaba de lançar um curso inovador, que permite a obtenção de dois diplomas - Direito e Gestão - no mesmo programa, que terá uma duração de cinco anos. "A Católica fez um estudo de mercado através do qual pôde perceber a existência de uma necessidade do mercado" em relação à dupla licenciatura , como explicam ao Económico a directora da Faculdade de Economia e Gestão, Sofia Salgado Pinto, e o director da Escola de Direito, Manuel Fontaine.
De facto, e principalmente ao nível da gestão de topo das empresas, os conhecimentos de gestão e de direito são considerados fundamentais para o exercício profissional. Por outro lado, é fácil constatar-se que os licenciados em Direito procuram muitas vezes pós-graduações e outros complementos na área da gestão, sucedendo o inverso igualmente com muita frequência. Neste quadro, a dupla licenciatura afigura-se como uma forma ideal de responder a esta necessidade, concluiu a Católica.
Vazio legal
Quando, depois de concluído o estudo, a Católica apresentou o projecto à Agência para a Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, liderado pelo economista Alberto Amaral, "aquela entidade ficou muito entusiasmada, mas verificou que não havia enquadramento legal para uma dupla licenciatura", revelou Sofia Salgado Pinto.
Entre outras razões, porque "uma licenciatura só pode fornecer um máximo de 240 créditos, e a dupla licenciatura fornecerá 323" - uma licenciatura ‘normal' costuma atribuir 180 créditos. Como recorda Sofia Salgado Pinto, foi a própria agência que se lembrou da forma de rodear a questão: "Propôs-nos que fizéssemos uma dupla acreditação".
Mesmo assim, o processo não foi fácil: "Demorámos quase dois anos a concluir o processo de criação do curso e um deles foi gasto na acreditação junto da agência", revela Manuel Fontaine.
Como seria de esperar, o processo não foi isento de alguma polémica: há algumas queixas da parte de universidades públicas, confessam os dois responsáveis - dado, com grande probabilidade, o grau de competitividade que encerra um projecto deste género.