As eleições, o PS e a decisão de Sócrates

08-09-2015
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É também aplicada ao antigo primeiro-ministro, pelo Tribunal Central de Instrução Criminal, a “proibição de contactos, designadamente com outros arguidos no processo”.

Sócrates pode, assim, ter contacto com órgãos de comunicação, prestando declarações ou dando entrevistas sempre que o entender. Só que se o fizer irá prejudicar, essencialmente, a campanha de António Costa e do Partido Socialista. Muitos analistas e comentadores apostam que o irá fazer e até irá escolher as datas, como a próxima quarta-feira, dia do único debate entre Passos Coelho e António Costa antes das eleições de 4 de Outubro.

Mas irá mesmo fazê-lo? José Sócrates foi dirigente do PS e sabe que não terá perdão se o partido perder as eleições por sua causa. Pode mesmo ser considerado traidor. Por isso, deve estar a medir muito bem as consequências antes de agir. Já para os partidos da coligação, a intervenção de Sócrates será uma bênção e, sem se atreverem a comentar a parte judicial da questão, vão, por certo, atacar a herança política e económica do ex-primeiro-ministro, pelo que quanto mais ele aparecer melhor será para PSD e CDS.

Para já, são as televisões que vão alimentando o circo mediático à porta do número 33 da Rua Abade Faria, em Lisboa. Agora, como diz Marcelo Rebelo de Sousa, está tudo nas mãos de Sócrates.

É também aplicada ao antigo primeiro-ministro, pelo Tribunal Central de Instrução Criminal, a “proibição de contactos, designadamente com outros arguidos no processo”.

Sócrates pode, assim, ter contacto com órgãos de comunicação, prestando declarações ou dando entrevistas sempre que o entender. Só que se o fizer irá prejudicar, essencialmente, a campanha de António Costa e do Partido Socialista. Muitos analistas e comentadores apostam que o irá fazer e até irá escolher as datas, como a próxima quarta-feira, dia do único debate entre Passos Coelho e António Costa antes das eleições de 4 de Outubro.

Mas irá mesmo fazê-lo? José Sócrates foi dirigente do PS e sabe que não terá perdão se o partido perder as eleições por sua causa. Pode mesmo ser considerado traidor. Por isso, deve estar a medir muito bem as consequências antes de agir. Já para os partidos da coligação, a intervenção de Sócrates será uma bênção e, sem se atreverem a comentar a parte judicial da questão, vão, por certo, atacar a herança política e económica do ex-primeiro-ministro, pelo que quanto mais ele aparecer melhor será para PSD e CDS.

Para já, são as televisões que vão alimentando o circo mediático à porta do número 33 da Rua Abade Faria, em Lisboa. Agora, como diz Marcelo Rebelo de Sousa, está tudo nas mãos de Sócrates.

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