artigo58

20-08-2015
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Aos Gregos é pedido hoje que baixem o valor do seu salário mínimo que é considerado demasiado elevado: cerca de 750€ que representam 25€ por dia, 3€ por hora se contarmos com 8 horas de trabalho por dia.

Em Portugal este valor é ainda mais baixo: 475€ por mês representam 16€ por dia e menos de 2€ por hora. Este é para o líder da missão da troika na Grécia um entrave à criação de emprego, pois em relação a países na mesma situação económica tem um salário mínimo demasiado elevado.

Olhando para as tarifas da EMEL verificamos que a mais elevada é cerca de 1,60€ por hora, o que fazendo as contas dá um rendimento mensal por 8 horas de trabalho de 384€ por mês (pouco menos que o salário mínimo nacional).

Se tivermos em conta que toda a gente hoje em dia trabalha mais do que as 8 horas por dia sem receber horas extraordinárias, um parquímetro da zona vermelha de Lisboa tem mais ou menos o mesmo salário que alguém que recebe o salário mínimo. No entanto o parquímetro não tem família para sustentar e todos os seus familiares estão empregados, logo sobra-lhe mais dinheiro no final do mês. O parquímetro não tem despesas de saúde (a manutenção é paga pelo patrão) nem de educação. Não paga renda apesar de morar numa zona nobre da capital, não paga transportes ou portagens, nem sequer almoça fora de casa no intervalo do seu emprego.

Concluindo, ser parquímetro é hoje uma profissão de sonho comparado com quem trabalha e ganha o salário mínimo, porque a troika quer baixar as condições de vida até que os trabalhadores europeus possam ser competitivos.

Quem sabe daqui a uns anos haverá uma deslocalização dos campos de trabalho chineses para Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha.

Voltaremos aos saudosos tempos do Vale do Ave em que se despediam os pais para contratar os filhos menores para a indústria, tudo em nome da competitividade. É provável que a nossa indústria assim consiga criar mais empregos, aqui tenho de concordar com a máfia da troika.

No entanto proponho uma solução mais radical que conduzirá ao pleno emprego: o regresso da escravatura.

Pensem nisso.

Aos Gregos é pedido hoje que baixem o valor do seu salário mínimo que é considerado demasiado elevado: cerca de 750€ que representam 25€ por dia, 3€ por hora se contarmos com 8 horas de trabalho por dia.

Em Portugal este valor é ainda mais baixo: 475€ por mês representam 16€ por dia e menos de 2€ por hora. Este é para o líder da missão da troika na Grécia um entrave à criação de emprego, pois em relação a países na mesma situação económica tem um salário mínimo demasiado elevado.

Olhando para as tarifas da EMEL verificamos que a mais elevada é cerca de 1,60€ por hora, o que fazendo as contas dá um rendimento mensal por 8 horas de trabalho de 384€ por mês (pouco menos que o salário mínimo nacional).

Se tivermos em conta que toda a gente hoje em dia trabalha mais do que as 8 horas por dia sem receber horas extraordinárias, um parquímetro da zona vermelha de Lisboa tem mais ou menos o mesmo salário que alguém que recebe o salário mínimo. No entanto o parquímetro não tem família para sustentar e todos os seus familiares estão empregados, logo sobra-lhe mais dinheiro no final do mês. O parquímetro não tem despesas de saúde (a manutenção é paga pelo patrão) nem de educação. Não paga renda apesar de morar numa zona nobre da capital, não paga transportes ou portagens, nem sequer almoça fora de casa no intervalo do seu emprego.

Concluindo, ser parquímetro é hoje uma profissão de sonho comparado com quem trabalha e ganha o salário mínimo, porque a troika quer baixar as condições de vida até que os trabalhadores europeus possam ser competitivos.

Quem sabe daqui a uns anos haverá uma deslocalização dos campos de trabalho chineses para Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha.

Voltaremos aos saudosos tempos do Vale do Ave em que se despediam os pais para contratar os filhos menores para a indústria, tudo em nome da competitividade. É provável que a nossa indústria assim consiga criar mais empregos, aqui tenho de concordar com a máfia da troika.

No entanto proponho uma solução mais radical que conduzirá ao pleno emprego: o regresso da escravatura.

Pensem nisso.

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