Clube de Reflexão Política: Em 6 meses 1 é de campanha eleitoral

30-06-2011
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O que importa é falar alto e a bom som, com convicção e fazendo passar a ideia de que todas as soluções passam por aquela medida concreta. De uma ideia avulsa ocorrida em qualquer mesa de pastelaria da capital o líder do PSD faz uma medida indispensável para o seu programa eleitoral.
Durante o fim-de-semana, a pretexto de opiniões da Srª Merkel sobre as férias dos portugueses Passos coelho veio, enfim, clarificar qual é o verdadeiro problema da Nação – os feriados.
Pois, sem que se saiba bem do que se fala concretamente, Passos Coelho veio a terreiro gritar contra os Feriados Nacionais, esses verdadeiros imobilizadores da economia. “Do que Portugal precisa é de reduzir o número de feriados.” Porém, e piscando o olho à sua esquerda, assegurou que esta medida não irá beliscar nem o 25 de Abril nem o 1º de Maio. Então, não eliminando os feriados não religiosos do 25 de Abril e do 1º de Maio e presumindo-se também a salvo o do 1º de Janeiro, o dia de Portugal, da implantação da República e da Restauração da Independência (correspondentes a seis dias de feriado), surge a pergunta lógica – pretenderá o líder do PSD eliminar feriados religiosos?
Relacionar o número de feriados com a produtividade dos portugueses é uma falácia grave, mas facilmente desmontável. Dos Estados Europeus com os quais Portugal mais se relaciona (a que junto os EUA e Japão), a distribuição do número de feriados é a seguinte: Alemanha - 9; Reino Unido - 10; EUA, Espanha, Dinamarca e França – 11; Itália e Portugal – 12; Bélgica e Japão – 15. Portanto, Portugal tem apenas mais três feriados Nacionais do que a Alemanha, mas menos quatro que a Bélgica e o Japão.

Tão preocupado com os dias que estagnam o país e a economia, talvez fosse importante que Passos Coelho pensasse que nos seis meses de Janeiro a Junho de 2011 o país vai parar 30 dias para campanha eleitoral, ou seja, em seis meses há um que é dedicado a destruir os Estado Social, a Escola Pública e o Serviço Nacional de Saúde para bem de um Estado Liberal apadrinhado por Cavaco Silva.
Resta perceber em que feriados Passos irá fazer valer esta sua “grande ideia” a bem da Nação, se nos Nacionais ou se, encontrando uma solução de compromisso, se restringirá a alguns feriados municipais, para que se não diga que nada fez não fazendo absolutamente nada.

Texto Pulicado no Blogue de Esquerda da Revista Sábado


O que importa é falar alto e a bom som, com convicção e fazendo passar a ideia de que todas as soluções passam por aquela medida concreta. De uma ideia avulsa ocorrida em qualquer mesa de pastelaria da capital o líder do PSD faz uma medida indispensável para o seu programa eleitoral.
Durante o fim-de-semana, a pretexto de opiniões da Srª Merkel sobre as férias dos portugueses Passos coelho veio, enfim, clarificar qual é o verdadeiro problema da Nação – os feriados.
Pois, sem que se saiba bem do que se fala concretamente, Passos Coelho veio a terreiro gritar contra os Feriados Nacionais, esses verdadeiros imobilizadores da economia. “Do que Portugal precisa é de reduzir o número de feriados.” Porém, e piscando o olho à sua esquerda, assegurou que esta medida não irá beliscar nem o 25 de Abril nem o 1º de Maio. Então, não eliminando os feriados não religiosos do 25 de Abril e do 1º de Maio e presumindo-se também a salvo o do 1º de Janeiro, o dia de Portugal, da implantação da República e da Restauração da Independência (correspondentes a seis dias de feriado), surge a pergunta lógica – pretenderá o líder do PSD eliminar feriados religiosos?
Relacionar o número de feriados com a produtividade dos portugueses é uma falácia grave, mas facilmente desmontável. Dos Estados Europeus com os quais Portugal mais se relaciona (a que junto os EUA e Japão), a distribuição do número de feriados é a seguinte: Alemanha - 9; Reino Unido - 10; EUA, Espanha, Dinamarca e França – 11; Itália e Portugal – 12; Bélgica e Japão – 15. Portanto, Portugal tem apenas mais três feriados Nacionais do que a Alemanha, mas menos quatro que a Bélgica e o Japão.

Tão preocupado com os dias que estagnam o país e a economia, talvez fosse importante que Passos Coelho pensasse que nos seis meses de Janeiro a Junho de 2011 o país vai parar 30 dias para campanha eleitoral, ou seja, em seis meses há um que é dedicado a destruir os Estado Social, a Escola Pública e o Serviço Nacional de Saúde para bem de um Estado Liberal apadrinhado por Cavaco Silva.
Resta perceber em que feriados Passos irá fazer valer esta sua “grande ideia” a bem da Nação, se nos Nacionais ou se, encontrando uma solução de compromisso, se restringirá a alguns feriados municipais, para que se não diga que nada fez não fazendo absolutamente nada.

Texto Pulicado no Blogue de Esquerda da Revista Sábado

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