Imagem: LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
Para Carlos Zorrinho, o "estatuto" da chanceler alemã e de Martin Schulz são porém diferentes, já que Merkel "responde por um estado soberano igual ao estado português e a sua interferência é inaceitável".
"O senhor Schulz é o presidente do Parlamento Europeu e, portanto, tem uma legitimidade diferente. Não obstante a obstante a sua legitimidade diferente, consideramos que as suas considerações sobre a política externa portuguesa são infelizes e inapropriadas", disse o líder parlamentar socialista aos jornalistas, no Parlamento, quando respondia a questões no final de uma reunião da bancada do PS.
No entanto, Zorrinho disse querer "salientar" que as declarações de Schulz têm duas dimensões e que o PS considera que "as suas considerações sobre a necessidade de a Europa ser mais coesa, de apostar mais no seu desenvolvimento interno exatamente para evitar que os países tenham esta necessidade de se afirmar em alianças estratégicas fora do contexto europeu é um alerta oportuno".
Questionado sobre se o Governo deveria reagir às afirmações de Schulz, mas também de Merkel, que esta semana apontou a Madeira como um exemplo de má aplicação de fundos estruturais, Zorrinho respondeu; "Sim, acho que deve dizer alguma coisa sobre as declarações da senhora Merkel. É uma declaração inaceitável de uma figura de Estado que tem o mesmo nível do nosso primeiro-ministro".
"Em relação ao senhor Schulz, é também normal que o Governo reaja e gostava de salientar que as suas declarações têm maior legitimidade e têm duas dimensões. Uma dimensão em que é preciso explicar que a interferência não é bem vinda, que é o caso da análise da nossa política externa, e uma outra situação em que é bem vinda a noção que o Parlamento tem neste momento de que a Europa tem de ter uma política mais coesa e mais interparticipada entre os vários países e que só isso permitirá que depois os vários países da União Europeia possam ter relações internacionais sem que isso coloque em causa a coesão do espaço europeu", acrescentou.
O presidente do Parlamento Europeu criticou, num debate gravado em vídeo e hoje noticiado pelo jornal Público, a visita que o primeiro-ministro português fez em novembro a Angola, na qual admitiu ir à procura de capital angolano para as privatizações em curso.
“Passos Coelho apelou ao Governo angolano a que invista mais em Portugal, porque Angola tem muito dinheiro. Esse é o futuro de Portugal: o declínio, também um perigo social para as pessoas, se não compreendermos que, economicamente, e sobretudo com o nosso modelo democrático, estável, em conjugação com a nossa estabilidade económica, só teremos hipóteses no quadro da UE”, disse Martin Schulz.
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Imagem: LUSA/MANUEL DE ALMEIDA
Para Carlos Zorrinho, o "estatuto" da chanceler alemã e de Martin Schulz são porém diferentes, já que Merkel "responde por um estado soberano igual ao estado português e a sua interferência é inaceitável".
"O senhor Schulz é o presidente do Parlamento Europeu e, portanto, tem uma legitimidade diferente. Não obstante a obstante a sua legitimidade diferente, consideramos que as suas considerações sobre a política externa portuguesa são infelizes e inapropriadas", disse o líder parlamentar socialista aos jornalistas, no Parlamento, quando respondia a questões no final de uma reunião da bancada do PS.
No entanto, Zorrinho disse querer "salientar" que as declarações de Schulz têm duas dimensões e que o PS considera que "as suas considerações sobre a necessidade de a Europa ser mais coesa, de apostar mais no seu desenvolvimento interno exatamente para evitar que os países tenham esta necessidade de se afirmar em alianças estratégicas fora do contexto europeu é um alerta oportuno".
Questionado sobre se o Governo deveria reagir às afirmações de Schulz, mas também de Merkel, que esta semana apontou a Madeira como um exemplo de má aplicação de fundos estruturais, Zorrinho respondeu; "Sim, acho que deve dizer alguma coisa sobre as declarações da senhora Merkel. É uma declaração inaceitável de uma figura de Estado que tem o mesmo nível do nosso primeiro-ministro".
"Em relação ao senhor Schulz, é também normal que o Governo reaja e gostava de salientar que as suas declarações têm maior legitimidade e têm duas dimensões. Uma dimensão em que é preciso explicar que a interferência não é bem vinda, que é o caso da análise da nossa política externa, e uma outra situação em que é bem vinda a noção que o Parlamento tem neste momento de que a Europa tem de ter uma política mais coesa e mais interparticipada entre os vários países e que só isso permitirá que depois os vários países da União Europeia possam ter relações internacionais sem que isso coloque em causa a coesão do espaço europeu", acrescentou.
O presidente do Parlamento Europeu criticou, num debate gravado em vídeo e hoje noticiado pelo jornal Público, a visita que o primeiro-ministro português fez em novembro a Angola, na qual admitiu ir à procura de capital angolano para as privatizações em curso.
“Passos Coelho apelou ao Governo angolano a que invista mais em Portugal, porque Angola tem muito dinheiro. Esse é o futuro de Portugal: o declínio, também um perigo social para as pessoas, se não compreendermos que, economicamente, e sobretudo com o nosso modelo democrático, estável, em conjugação com a nossa estabilidade económica, só teremos hipóteses no quadro da UE”, disse Martin Schulz.