Energia: Portugal não precisa do nuclear porque já tem uma "aposta verde"

13-10-2015
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"Aposta nas energias renováveis (eólica, hídrica e solar) é equivalente à aposta numa central nuclear", defende o secretário de Estado da Energia.

Carlos Zorrinho, secretário de Estado da Energia, garante que com o investimento nas energias renováveis Portugal não precisa do nuclear porque já tem uma "aposta verde".

"A aposta nas energias renováveis (eólica, hídrica e solar) é equivalente à aposta numa central nuclear", defendeu Carlos Zorrinho durante a apresentação da Estratégia Nacional para Energia até 2020.

Para o secretário de Estado da Energia, a nova estratégia de energia e as políticas energéticas são assim "fundamentais" para a recuperação económica e combate ao desemprego. "Esta nova estratégia não é um plano teórico, é um roadmap para a ação baseado em boas práticas e com o contributo de investidores e das empresas", frisou.

Redução da dependência energética

Segundo Carlos Zorrinho, o Governo espera que até 2020 Portugal reduza a dependência energética para 74%, cumpra as metas de emissões de CO2 e reduza em 25% o saldo importador energético, que representa uma redução de importações de aproximadamente 2 mil milhões de euros.

A área das renováveis, segundo Carlos Zorrinho, poderá assim em 2020 representar 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), quando atualmente é de 0,8%.

A estratégia apresentada hoje indica que o sector das renováveis e da eficiência energética (incluindo a aposta na rede dos carros elétricos) deverá ser capaz de criar, em 10 anos, novos 121 mil postos de trabalho. Os cinco eixos fundamentais do plano hoje apresentado são "criar uma agenda para a competitividade", "apostar nas energias renováveis", "eficiência energética", "garantir o abastecimento" energético e "sustentabilidade".

Até 2020, o Governo quer assegurar 8.600 megawatts (MW) de potência hídrica e relançar o plano de mini hídricas, enquanto no solar o objetivo é ter 1.500 MW de potência instalada, considerando que "este é um patamar mínimo". "Se tivermos em conta que há uma aproximação aos preços médios previstos (para a instalação de cada MW desta tecnologia) podemos ir além dos 1.500 MW", disse Carlos Zorrinho.

Aposta na rede de carros elétricos

Um dos objetivos últimos para 2020 é que 60% da energia produzida em Portugal - e 31% do consumo de energia final - tenha origem em fontes de energia renovável.

Relativamente ao Eixo 3, da eficiência energética, é objetivo do Governo continuar a aposta na rede de carros elétricos e na redução do consumo dos combustíveis fosseis em 10% até 2020. O Governo prevê ainda que 50% dos portugueses estejam cobertos por redes inteligentes (smart-grids) até 2020, acrescentou Carlos Zorrinho.

Ao nível do abastecimento (Eixo 4), o plano prevê o reforço das interligações com Espanha e com o resto da Europa, uma vez espera poder vir a exportar energia para outros países.

No que diz respeito à sustentabilidade, o Governo adiantou - sem dar muitos pormenores - que vai ser criado um fundo de equilíbrio tarifário para absorver o impacto de um eventual choque petrolífero.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

"Aposta nas energias renováveis (eólica, hídrica e solar) é equivalente à aposta numa central nuclear", defende o secretário de Estado da Energia.

Carlos Zorrinho, secretário de Estado da Energia, garante que com o investimento nas energias renováveis Portugal não precisa do nuclear porque já tem uma "aposta verde".

"A aposta nas energias renováveis (eólica, hídrica e solar) é equivalente à aposta numa central nuclear", defendeu Carlos Zorrinho durante a apresentação da Estratégia Nacional para Energia até 2020.

Para o secretário de Estado da Energia, a nova estratégia de energia e as políticas energéticas são assim "fundamentais" para a recuperação económica e combate ao desemprego. "Esta nova estratégia não é um plano teórico, é um roadmap para a ação baseado em boas práticas e com o contributo de investidores e das empresas", frisou.

Redução da dependência energética

Segundo Carlos Zorrinho, o Governo espera que até 2020 Portugal reduza a dependência energética para 74%, cumpra as metas de emissões de CO2 e reduza em 25% o saldo importador energético, que representa uma redução de importações de aproximadamente 2 mil milhões de euros.

A área das renováveis, segundo Carlos Zorrinho, poderá assim em 2020 representar 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB), quando atualmente é de 0,8%.

A estratégia apresentada hoje indica que o sector das renováveis e da eficiência energética (incluindo a aposta na rede dos carros elétricos) deverá ser capaz de criar, em 10 anos, novos 121 mil postos de trabalho. Os cinco eixos fundamentais do plano hoje apresentado são "criar uma agenda para a competitividade", "apostar nas energias renováveis", "eficiência energética", "garantir o abastecimento" energético e "sustentabilidade".

Até 2020, o Governo quer assegurar 8.600 megawatts (MW) de potência hídrica e relançar o plano de mini hídricas, enquanto no solar o objetivo é ter 1.500 MW de potência instalada, considerando que "este é um patamar mínimo". "Se tivermos em conta que há uma aproximação aos preços médios previstos (para a instalação de cada MW desta tecnologia) podemos ir além dos 1.500 MW", disse Carlos Zorrinho.

Aposta na rede de carros elétricos

Um dos objetivos últimos para 2020 é que 60% da energia produzida em Portugal - e 31% do consumo de energia final - tenha origem em fontes de energia renovável.

Relativamente ao Eixo 3, da eficiência energética, é objetivo do Governo continuar a aposta na rede de carros elétricos e na redução do consumo dos combustíveis fosseis em 10% até 2020. O Governo prevê ainda que 50% dos portugueses estejam cobertos por redes inteligentes (smart-grids) até 2020, acrescentou Carlos Zorrinho.

Ao nível do abastecimento (Eixo 4), o plano prevê o reforço das interligações com Espanha e com o resto da Europa, uma vez espera poder vir a exportar energia para outros países.

No que diz respeito à sustentabilidade, o Governo adiantou - sem dar muitos pormenores - que vai ser criado um fundo de equilíbrio tarifário para absorver o impacto de um eventual choque petrolífero.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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