Amiga-mistério de Sócrates recebia dinheiro pela Western Union

09-10-2015
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É um dos assuntos mais delicados da Operação Marquês e abordá-lo parece provocar algum desconforto entre arguidos e advogados. No livro “Cercado”, sobre os bastidores da vida política de José Sócrates, lançado esta quinta-feira por Fernando Esteves, o editor de Política da revista "Sábado" retrata Sandra Santos como a “personagem-mistério” do processo em que o ex-primeiro-ministro e o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva estão indiciados dos crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. “Vive na Suíça, é apresentada como sendo uma pessoa do ‘relacionamento pessoal’ de José Sócrates, mas nunca se clarifica que tipo de relação mantêm. São amigos? São namorados? São o quê, exatamente?”

Fernando Esteves revela no livro detalhes sobre as transferências que, ao longo de seis anos, entre abril de 2008 e julho de 2014, Santos Silva foi fazendo para Sandra Santos, num total de 93 mil euros, citando ao mesmo tempo um despacho do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre, na parte em que é dito que, quando se deslocava a Lisboa, Sandra Santos acompanhava José Sócrates. “Entre o final de abril e o início de maio [de 2014], estando Sandra em Portugal, esta volta a contactar diretamente o Carlos, que tinha estado ausente do país, para lhe pedir dinheiro, sendo evidente que com quem estava, no dia-a-dia, era com José [Sócrates] Pinto de Sousa.”

Segundo o livro, só nos primeiros sete meses de 2014 foram identificadas sete transferências para Sandra Santos, somando ao todo 20.500 euros. Dois das últimas entregas foram, inclusive, feitas através da Western Union, um serviço com comissões elevadas mas que consegue resolver situações urgentes. Um desses envios, no valor de 250 euros, foi feito em maio do ano passado, enquanto o outro, no mesmo montante, aconteceu em junho.

É referido, no meio dos pormenores, entre outras coisas, um telefonema de Sandra Santos para Sócrates em novembro de 2013, a pedir-lhe 3.000 euros, em que o ex-primeiro-ministro lhe diz: “O nosso amigo vai-te mandar, como habitualmente”. No mês seguinte, Sandra combina encontrar-se com o antigo líder do PS em Lisboa, mas é Carlos Santos Silva que trata da viagem e a paga. Só nesse ano, o empresário fez 11 transferências de dinheiro para aquela residente na Suíça, num total de 25 mil euros.

É um dos assuntos mais delicados da Operação Marquês e abordá-lo parece provocar algum desconforto entre arguidos e advogados. No livro “Cercado”, sobre os bastidores da vida política de José Sócrates, lançado esta quinta-feira por Fernando Esteves, o editor de Política da revista "Sábado" retrata Sandra Santos como a “personagem-mistério” do processo em que o ex-primeiro-ministro e o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva estão indiciados dos crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. “Vive na Suíça, é apresentada como sendo uma pessoa do ‘relacionamento pessoal’ de José Sócrates, mas nunca se clarifica que tipo de relação mantêm. São amigos? São namorados? São o quê, exatamente?”

Fernando Esteves revela no livro detalhes sobre as transferências que, ao longo de seis anos, entre abril de 2008 e julho de 2014, Santos Silva foi fazendo para Sandra Santos, num total de 93 mil euros, citando ao mesmo tempo um despacho do juiz de instrução criminal Carlos Alexandre, na parte em que é dito que, quando se deslocava a Lisboa, Sandra Santos acompanhava José Sócrates. “Entre o final de abril e o início de maio [de 2014], estando Sandra em Portugal, esta volta a contactar diretamente o Carlos, que tinha estado ausente do país, para lhe pedir dinheiro, sendo evidente que com quem estava, no dia-a-dia, era com José [Sócrates] Pinto de Sousa.”

Segundo o livro, só nos primeiros sete meses de 2014 foram identificadas sete transferências para Sandra Santos, somando ao todo 20.500 euros. Dois das últimas entregas foram, inclusive, feitas através da Western Union, um serviço com comissões elevadas mas que consegue resolver situações urgentes. Um desses envios, no valor de 250 euros, foi feito em maio do ano passado, enquanto o outro, no mesmo montante, aconteceu em junho.

É referido, no meio dos pormenores, entre outras coisas, um telefonema de Sandra Santos para Sócrates em novembro de 2013, a pedir-lhe 3.000 euros, em que o ex-primeiro-ministro lhe diz: “O nosso amigo vai-te mandar, como habitualmente”. No mês seguinte, Sandra combina encontrar-se com o antigo líder do PS em Lisboa, mas é Carlos Santos Silva que trata da viagem e a paga. Só nesse ano, o empresário fez 11 transferências de dinheiro para aquela residente na Suíça, num total de 25 mil euros.

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