Devaneios Desintéricos: citação desintérica do dia: Negacionismos (continued)

21-01-2012
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Dando continuidade à minha provocaçãozita às sempre salutares arrelias intelectuais dos amigos Dito Cujo e João Dias, tomo a liberdade de citar a seguinte crónica de Fernanda Câncio, publicada no Diário de Notícias de hoje.
«(...) Logo surgiram vozes ultrajadas pelo"flagrante atentado à liberdade de expressão", havendo até quem se questione sobre o que podem pensar "os muçulmanos" disto. Tipo, "então digam lá o que é que Auschwitz tem a mais que Maomé para ser tão intocável?".

Como se a matéria da fé e dos decretos religiosos, por definição relevando de uma visão opinativa e parcial do mundo, fosse comparável a factos históricos dolorosamente comprovados no extermínio de milhões de pessoas. Como se renegar a religião islâmica- e nem era o caso dos cartoons - fosse o mesmo que sustentar pública e repetidamente, com pretensões de rigor científico, que um genocídio não aconteceu. Como se negar esse genocídio não fosse matar e insultar outra vez as suas vítimas e isso não fosse absolutamente intolerável - para judeus como para muçulmanos como para ateus, como para todos os que, com ou sem religião, sabem que há bem e há mal.»

Dando continuidade à minha provocaçãozita às sempre salutares arrelias intelectuais dos amigos Dito Cujo e João Dias, tomo a liberdade de citar a seguinte crónica de Fernanda Câncio, publicada no Diário de Notícias de hoje.
«(...) Logo surgiram vozes ultrajadas pelo"flagrante atentado à liberdade de expressão", havendo até quem se questione sobre o que podem pensar "os muçulmanos" disto. Tipo, "então digam lá o que é que Auschwitz tem a mais que Maomé para ser tão intocável?".

Como se a matéria da fé e dos decretos religiosos, por definição relevando de uma visão opinativa e parcial do mundo, fosse comparável a factos históricos dolorosamente comprovados no extermínio de milhões de pessoas. Como se renegar a religião islâmica- e nem era o caso dos cartoons - fosse o mesmo que sustentar pública e repetidamente, com pretensões de rigor científico, que um genocídio não aconteceu. Como se negar esse genocídio não fosse matar e insultar outra vez as suas vítimas e isso não fosse absolutamente intolerável - para judeus como para muçulmanos como para ateus, como para todos os que, com ou sem religião, sabem que há bem e há mal.»

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