"Rascas, racistas e ignorantes " Vale a pena ler este artigo de opinião da jornalista Conceição Branco.
Numa associação de estudantes como qualquer outra, de uma das escolas secundárias de Faro, os alunos (muitos, maiores de idade, e na posse de todos so seus direitos cívicos e políticos) vão a votos.
Uma das candidatas, orgulhosa e prestes a sujeitar-se à votação dos seus pares escolares, afirma sem pudores: “Nunca hei-de votar, nem sequer me interesso minimamente”. Declara ainda, do topo dos seus esclarecidos 18 anos e prestes a ingressar numa faculdade, querer vir a ser juíza ou jornalista.
Diogo Matos, de 19 anos, pretende “mandar os imigrantes para a terra deles” excepto os "africanos porque também eram portugueses" porquanto “têm mais direitos” que o ilustre candidato.E, por último, refira-se que o terceiro candidato - Wilson Pires, 17 anos- não sabe, à semelhança dos outros dois, o que representa o 25 de Abril.Junte-se ao cocktail um suspeito contributo do Instituto da Juventude para estas eleições e, ainda, as ajudas das "desinteressadas" juventudes partidárias e temos, assaz nítido, o falhanço da geração pós 25 de Abril. E, muito provavelmente, de um país inteiro.
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"Rascas, racistas e ignorantes " Vale a pena ler este artigo de opinião da jornalista Conceição Branco.
Numa associação de estudantes como qualquer outra, de uma das escolas secundárias de Faro, os alunos (muitos, maiores de idade, e na posse de todos so seus direitos cívicos e políticos) vão a votos.
Uma das candidatas, orgulhosa e prestes a sujeitar-se à votação dos seus pares escolares, afirma sem pudores: “Nunca hei-de votar, nem sequer me interesso minimamente”. Declara ainda, do topo dos seus esclarecidos 18 anos e prestes a ingressar numa faculdade, querer vir a ser juíza ou jornalista.
Diogo Matos, de 19 anos, pretende “mandar os imigrantes para a terra deles” excepto os "africanos porque também eram portugueses" porquanto “têm mais direitos” que o ilustre candidato.E, por último, refira-se que o terceiro candidato - Wilson Pires, 17 anos- não sabe, à semelhança dos outros dois, o que representa o 25 de Abril.Junte-se ao cocktail um suspeito contributo do Instituto da Juventude para estas eleições e, ainda, as ajudas das "desinteressadas" juventudes partidárias e temos, assaz nítido, o falhanço da geração pós 25 de Abril. E, muito provavelmente, de um país inteiro.