Devaneios Desintéricos: a prognose de César das Neves

20-01-2012
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«(...)Muito significativo foi que, duas semanas depois, se tenha dado finalmente a consagração do sadomasoquismo como orientação sexual reconhecida pela ONU. Isto logo no ano após o Prémio Nobel ser atribuído a dois investigadores da Califórnia que identificaram a homossexualidade como a forma mais igualitária de matrimónio. Congratulando-se com a eliminação do terrível tabu contra o sadomasoquismo, o director da poderosa FreeSex, a maior ONGD do mundo, afirmou: "A sociedade parece ter vencido velhos preconceitos contra a violência. A violência é simplesmente a forma suprema do amor."

No final da conferência de imprensa este dirigente lembrou a velha luta pela justiça sexual: "É urgente a verdadeira igualdade para todas as orientações. O sadomasoquista corre grandes riscos de saúde na sua expressão violenta da afectividade. Encontra-se por isso desfavorecido e necessita de apoio adicional." Assim continuará a promoção das chamadas "salas de chuto", onde os sadomasoquistas se podem dedicar às suas práticas em adequadas condições sanitárias. (...)»O supra exposto recorte da mais fina imaginação literária pertence, como não podia deixar de ser, à pena do inigualável João César das Neves, que assinou hoje, no Diário de Notícias, mais um dos seus tesourinhos da dialéctica mais homofóbica.JCN presenteia-nos, desta feita, com um interessante esforço de prognose no qual imagina o Mundo do ano 2019, num texto que baptizou (linguagem sacramental intencionalmente empregue...) de "Por um mundo mais livre e mais Justo".No dito texto, que se depreende ser de anunciação da antítese das noções de Liberdade e Justiça de JCN, deparamo-nos com a sua profética noção de Armagedão: consagração da pobreza, banalização das uniões homossexuais, consagração do sadomasoquismo enquanto orientação sexual (pela ONU!!), aceitação do aborto e da eutanásia e combate ao tabagismo e obesidade.JCN consegue, assim e com um facilidade atordoante, etiquetar com o mesmo selo autodeterminação sexual, liberdade emocional e individual, por um lado, e flagelos económicos sociais de dimensão global e "perversões e bizarrias" (notem-se as aspas...) sexuais por outro. A visão de evangelista que prega o Juízo Final de JCN, aliado à sua inamizade por quem ouse partilhar o leito em fórmulas não admitidas pelo seu credo, conforma já, essa sim!, uma inqualificável e verdadeira perversão psicológica do conhecido professor da Universidade Católica. A sua constante colagem dos homossexuais a essa visão de Ocaso Moral do Mundo revela uma matriz psicológica obsessiva e obcecada por uma mentalidade de barricada que, tenhamos fé, seja em 2019 vista como resquício museológico de uma sociedade que, ao contrário da ideal de JCN, já não se deixará consumir pelo Ódio gratuito.


«(...)Muito significativo foi que, duas semanas depois, se tenha dado finalmente a consagração do sadomasoquismo como orientação sexual reconhecida pela ONU. Isto logo no ano após o Prémio Nobel ser atribuído a dois investigadores da Califórnia que identificaram a homossexualidade como a forma mais igualitária de matrimónio. Congratulando-se com a eliminação do terrível tabu contra o sadomasoquismo, o director da poderosa FreeSex, a maior ONGD do mundo, afirmou: "A sociedade parece ter vencido velhos preconceitos contra a violência. A violência é simplesmente a forma suprema do amor."

No final da conferência de imprensa este dirigente lembrou a velha luta pela justiça sexual: "É urgente a verdadeira igualdade para todas as orientações. O sadomasoquista corre grandes riscos de saúde na sua expressão violenta da afectividade. Encontra-se por isso desfavorecido e necessita de apoio adicional." Assim continuará a promoção das chamadas "salas de chuto", onde os sadomasoquistas se podem dedicar às suas práticas em adequadas condições sanitárias. (...)»O supra exposto recorte da mais fina imaginação literária pertence, como não podia deixar de ser, à pena do inigualável João César das Neves, que assinou hoje, no Diário de Notícias, mais um dos seus tesourinhos da dialéctica mais homofóbica.JCN presenteia-nos, desta feita, com um interessante esforço de prognose no qual imagina o Mundo do ano 2019, num texto que baptizou (linguagem sacramental intencionalmente empregue...) de "Por um mundo mais livre e mais Justo".No dito texto, que se depreende ser de anunciação da antítese das noções de Liberdade e Justiça de JCN, deparamo-nos com a sua profética noção de Armagedão: consagração da pobreza, banalização das uniões homossexuais, consagração do sadomasoquismo enquanto orientação sexual (pela ONU!!), aceitação do aborto e da eutanásia e combate ao tabagismo e obesidade.JCN consegue, assim e com um facilidade atordoante, etiquetar com o mesmo selo autodeterminação sexual, liberdade emocional e individual, por um lado, e flagelos económicos sociais de dimensão global e "perversões e bizarrias" (notem-se as aspas...) sexuais por outro. A visão de evangelista que prega o Juízo Final de JCN, aliado à sua inamizade por quem ouse partilhar o leito em fórmulas não admitidas pelo seu credo, conforma já, essa sim!, uma inqualificável e verdadeira perversão psicológica do conhecido professor da Universidade Católica. A sua constante colagem dos homossexuais a essa visão de Ocaso Moral do Mundo revela uma matriz psicológica obsessiva e obcecada por uma mentalidade de barricada que, tenhamos fé, seja em 2019 vista como resquício museológico de uma sociedade que, ao contrário da ideal de JCN, já não se deixará consumir pelo Ódio gratuito.

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