Devaneios Desintéricos: o jogo da cabra Zottel

24-01-2012
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A cabra alpina é um animal fascinante. Habituada aos rigores da invernia helvética, sobrevive trepando pelas íngremes montanhas da cordilheira alpina. É um animal simpático e com um aspecto sociável. Mas é teimoso e obstinado, cultivando uma forma de vida orgulhosamente autónoma isolado no topo das montanhas.O Schweizerische Volkspartei SVP, partido suíço de extrema direita que nas últimas eleições conseguiu eleger o sinistro Christoph Blocher para Conselheiro Federal da Justiça (uma espécie de Ministro da Justiça), elegeu esta cabra para seu símbolo nas eleições gerais a serem disputadas próximo dia 21 de Outubro.Depois da batalha mediática e judicial criada por um cartaz deste partido no qual as ovelhas brancas expulsavam da suíça a ovelha negra ( e que o sistema judicial não considerou racista mas "apenas" xenófobo), o SVP continua a capitalizar um imenso apoio popular através da típica agitação popular contra os estrangeiros e imigrantes, tidos como destruídores do "status quo" helvético.Por estes dias que antecedem o sufrágio tornou-se imensamente popular, sobretudo entre os jovens um videojogo (disponível em alemão ou francês), lançado pelo SVP, no qual a famosa cabra Zottel dá marradas a todas as ovelhas negras que tentam entrar na Suíça. Ou come os passaportes atribuídos a estrangeiros de modo a que eles não possam ser suíços. Pelo meio do jogo, existem sempre perguntas que são colocadas ao jogador de modo nada inocente:"Em poucos outros países do Mundo existe uma proporção tão grande de estrangeiros como na Suiça: 20,3% da população. A proporção de estrangeiros naqueles que cometem crimes também é elevada. Qual era, em 2005, a proporção de estrangeiros de entre os criminosos de violação?"Se se responder 85,5%, a cabra Zottel berra de alegria por se ter acertado. A sociedade helvética joga um perigoso jogo. A violência política nas ruas da outrora pacata suíça é disso um sinal indelével.


A cabra alpina é um animal fascinante. Habituada aos rigores da invernia helvética, sobrevive trepando pelas íngremes montanhas da cordilheira alpina. É um animal simpático e com um aspecto sociável. Mas é teimoso e obstinado, cultivando uma forma de vida orgulhosamente autónoma isolado no topo das montanhas.O Schweizerische Volkspartei SVP, partido suíço de extrema direita que nas últimas eleições conseguiu eleger o sinistro Christoph Blocher para Conselheiro Federal da Justiça (uma espécie de Ministro da Justiça), elegeu esta cabra para seu símbolo nas eleições gerais a serem disputadas próximo dia 21 de Outubro.Depois da batalha mediática e judicial criada por um cartaz deste partido no qual as ovelhas brancas expulsavam da suíça a ovelha negra ( e que o sistema judicial não considerou racista mas "apenas" xenófobo), o SVP continua a capitalizar um imenso apoio popular através da típica agitação popular contra os estrangeiros e imigrantes, tidos como destruídores do "status quo" helvético.Por estes dias que antecedem o sufrágio tornou-se imensamente popular, sobretudo entre os jovens um videojogo (disponível em alemão ou francês), lançado pelo SVP, no qual a famosa cabra Zottel dá marradas a todas as ovelhas negras que tentam entrar na Suíça. Ou come os passaportes atribuídos a estrangeiros de modo a que eles não possam ser suíços. Pelo meio do jogo, existem sempre perguntas que são colocadas ao jogador de modo nada inocente:"Em poucos outros países do Mundo existe uma proporção tão grande de estrangeiros como na Suiça: 20,3% da população. A proporção de estrangeiros naqueles que cometem crimes também é elevada. Qual era, em 2005, a proporção de estrangeiros de entre os criminosos de violação?"Se se responder 85,5%, a cabra Zottel berra de alegria por se ter acertado. A sociedade helvética joga um perigoso jogo. A violência política nas ruas da outrora pacata suíça é disso um sinal indelével.

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