Perdas da banca ultrapassaram os 500 milhões

31-01-2012
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Bancos cotados nacionais registaram prejuízos pela primeira vez desde a introdução do euro. O BCP é a instituição com mais perdas.

O ano que passou deverá ficar na História como a primeira vez desde pelo menos a introdução do euro que a banca nacional fechou as contas anuais com prejuízos. De acordo com as estimativas de quatro analistas consultados pelo Diário Económico, Banco Espírito Santo (BES), Banco Comercial Português (BCP) e Banco BPI terão registado prejuízos acumulados globais de 525 milhões de euros em 2011. Trata-se de um valor recorde e bem longe dos lucros de 997 milhões de euros alcançados pelas três instituições em 2010.

Neste grupo, apenas o Banco BPI, liderado por Fernando Ulrich, deverá escapar à onda de resultados negativos. Segundo estimativas dos especialistas, o BPI terá fechado as contas de 2011 com lucros de 113 milhões de euros. Mesmo assim, trata-se de uma correcção de 39% face aos números apresentados em 2010. E, a confirmar-se, serão também os lucros mais baixos dos últimos 14 anos e a quinta vez desde 1997 que o BPI apresenta lucros inferiores ao contabilizado no ano anterior. O BPI mostra os seus números na quinta-feira.

BCP bate todos os recordes

Se para a banca em geral 2011 foi um ano mau, para a instituição ainda liderada por Santos Ferreira, o ano que passou foi sem dúvida um ano ‘horrilibis'.

Segundo as estimativas dos analistas, o maior banco privado português, que apresentará as suas contas anuais na próxima sexta-feira pelas 17 horas, deverá ter fechado o ano passado com prejuízos de 604 milhões de euros, o equivalente a quase dois terços da sua capitalização bolsista. Carlos Peixoto, analista do BPI, refere mesmo, numa nota de ‘research' publicada este mês, que não espera "boas notícias [para o BCP] no curto prazo". O analista que acompanha as acções do BCP estima, por exemplo, prejuízos de 504 milhões e imparidades por perdas de empréstimos de 1.366 milhões de euros, mais 91,6% que em 2010.

Bancos cotados nacionais registaram prejuízos pela primeira vez desde a introdução do euro. O BCP é a instituição com mais perdas.

O ano que passou deverá ficar na História como a primeira vez desde pelo menos a introdução do euro que a banca nacional fechou as contas anuais com prejuízos. De acordo com as estimativas de quatro analistas consultados pelo Diário Económico, Banco Espírito Santo (BES), Banco Comercial Português (BCP) e Banco BPI terão registado prejuízos acumulados globais de 525 milhões de euros em 2011. Trata-se de um valor recorde e bem longe dos lucros de 997 milhões de euros alcançados pelas três instituições em 2010.

Neste grupo, apenas o Banco BPI, liderado por Fernando Ulrich, deverá escapar à onda de resultados negativos. Segundo estimativas dos especialistas, o BPI terá fechado as contas de 2011 com lucros de 113 milhões de euros. Mesmo assim, trata-se de uma correcção de 39% face aos números apresentados em 2010. E, a confirmar-se, serão também os lucros mais baixos dos últimos 14 anos e a quinta vez desde 1997 que o BPI apresenta lucros inferiores ao contabilizado no ano anterior. O BPI mostra os seus números na quinta-feira.

BCP bate todos os recordes

Se para a banca em geral 2011 foi um ano mau, para a instituição ainda liderada por Santos Ferreira, o ano que passou foi sem dúvida um ano ‘horrilibis'.

Segundo as estimativas dos analistas, o maior banco privado português, que apresentará as suas contas anuais na próxima sexta-feira pelas 17 horas, deverá ter fechado o ano passado com prejuízos de 604 milhões de euros, o equivalente a quase dois terços da sua capitalização bolsista. Carlos Peixoto, analista do BPI, refere mesmo, numa nota de ‘research' publicada este mês, que não espera "boas notícias [para o BCP] no curto prazo". O analista que acompanha as acções do BCP estima, por exemplo, prejuízos de 504 milhões e imparidades por perdas de empréstimos de 1.366 milhões de euros, mais 91,6% que em 2010.

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