Devaneios Desintéricos: "Die you fuckers!!"

21-01-2012
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O Reino Unido acordou hoje com mais um escândalo relacionado com o Iraque. Desta feita, tendo em conta o que se depreende das imagens deste filme hoje divulgado pelo tablóide britânico News of The World, estaremos perante mais um caso de abuso de poder grosseiro por parte dos soldados de Sua Majestade marcado por ofensas corporais perfeitamente gratuitas e altamente violentas a adolescentes sem defesa. A opinião pública mundial já se habituou a estes ocasionais escândalos cujas consequências são sempre, mais ou menos, previsíveis. Mas este, como Abu Ghraib, não poderia vir em pior altura. Nestes últimos dias em que tantos propugnam a necessária superioridade dos valores e liberdades ocidentais, da nossa maneira de estar e conceber a sociedade face à “barbárie institucionalizada” que constitui o Islão radical, dir-se-ia cair muito mal que os “nossos” apóstolos da nossa democracia pelas bandas iraquianas se divirtam a espancar impunemente e a seu bel prazer jovens desprotegidos. Torna-se assim difícil a qualquer iraquiano não concordar com o imã da mesquita do seu bairro quando, num qualquer “sermão” acusar a cultura ocidental de hipócrita. Mas não vale a pena debruçar-me muito mais em exercícios de análise das consequências políticas de mais esta vergonha. Já muitos blogues o estão a fazer. Creio ser, porventura, necessária uma palavra de análise do aspecto psicológico do carácter dos militares. A que ponto consegue descer a preparação moral dos soldados de sua majestade que não vacilam quando se trata de brutalmente espancar indivíduos indefesos nem mostram qualquer compaixão perante o seu semelhante? Que racionalidade podemos nós clamar para os nossos valores quando é tão primária a forma como os impomos? Que conclusões devemos tirar dos comportamentos da psique humana quando a voz do vídeo em análise, num ritmo e timbre quase diabólico, parece divertir-se com o soror alheio clamando por mais e mais violência, ironizando o seu notório sofrimento e apelando à morte das vítimas – “Die you fuckers!!”... Tudo para que concluamos que a essência humana é tão tenebrosa como são complicados os tempos que se aproximam...


O Reino Unido acordou hoje com mais um escândalo relacionado com o Iraque. Desta feita, tendo em conta o que se depreende das imagens deste filme hoje divulgado pelo tablóide britânico News of The World, estaremos perante mais um caso de abuso de poder grosseiro por parte dos soldados de Sua Majestade marcado por ofensas corporais perfeitamente gratuitas e altamente violentas a adolescentes sem defesa. A opinião pública mundial já se habituou a estes ocasionais escândalos cujas consequências são sempre, mais ou menos, previsíveis. Mas este, como Abu Ghraib, não poderia vir em pior altura. Nestes últimos dias em que tantos propugnam a necessária superioridade dos valores e liberdades ocidentais, da nossa maneira de estar e conceber a sociedade face à “barbárie institucionalizada” que constitui o Islão radical, dir-se-ia cair muito mal que os “nossos” apóstolos da nossa democracia pelas bandas iraquianas se divirtam a espancar impunemente e a seu bel prazer jovens desprotegidos. Torna-se assim difícil a qualquer iraquiano não concordar com o imã da mesquita do seu bairro quando, num qualquer “sermão” acusar a cultura ocidental de hipócrita. Mas não vale a pena debruçar-me muito mais em exercícios de análise das consequências políticas de mais esta vergonha. Já muitos blogues o estão a fazer. Creio ser, porventura, necessária uma palavra de análise do aspecto psicológico do carácter dos militares. A que ponto consegue descer a preparação moral dos soldados de sua majestade que não vacilam quando se trata de brutalmente espancar indivíduos indefesos nem mostram qualquer compaixão perante o seu semelhante? Que racionalidade podemos nós clamar para os nossos valores quando é tão primária a forma como os impomos? Que conclusões devemos tirar dos comportamentos da psique humana quando a voz do vídeo em análise, num ritmo e timbre quase diabólico, parece divertir-se com o soror alheio clamando por mais e mais violência, ironizando o seu notório sofrimento e apelando à morte das vítimas – “Die you fuckers!!”... Tudo para que concluamos que a essência humana é tão tenebrosa como são complicados os tempos que se aproximam...

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