Devaneios Desintéricos: a lógica do ódio

21-01-2012
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Aqui há uns 2 dias recebi um convite, no popular hi5 ( um programa dito de "internet social") por parte de um indivíduo que, vá-se lá saber porquê, entendeu que eu seria o militante tipo da Juventude Nacionalista, organização de juventude neo nazi próxima do Partido Nacional Renovador. Perguntou-me, em mensagem, se "gostava de ver a taxa de criminalidade decrescer, andar seguro na rua sem ter medo de ser abordado por imigrantes ilegais, e ser assaltado". Se assim quisesse, juntando-me à Juventude Nacionalista, eu poderia mudar as coisas.Mesmo se tal grupo tinha, há 2 dias, 3 membros e hoje tem 34, o episódio supra descrito, claro está, não tem per si grande significado. Pelo menos, em face da lista que essa mesma Juventude apresentou às eleições para a Associação Académica da Faculdade de Letras de Lisboa. Ou do muro anti-homossexualidade que essa mesma organização neonazi pintou no ISCTE, também na Cidade Universitária lisboeta. Ou do advento do neosalazarismo. Ou mesmo em face do cartaz que hoje apareceu no Marquês do Pombal, em Lisboa. Sucede, no entanto, que tudo junto traduz uma estratégia, silenciosa é certo, de fazer passar as ideias da extrema direita. A irresponsabilide da classe política, acomodada nas ocasionais declarações de "repúdio" e demais sentimentos rapidamente esquecidos passado o fervor do imediatismo televisivo dos assuntos, deixa que, à poeira da indignação, se siga a mansa implantação da lógica do ódio. É preciso não olvidar que a ignorância se propaga mais rapidamente que a inteligência...


Aqui há uns 2 dias recebi um convite, no popular hi5 ( um programa dito de "internet social") por parte de um indivíduo que, vá-se lá saber porquê, entendeu que eu seria o militante tipo da Juventude Nacionalista, organização de juventude neo nazi próxima do Partido Nacional Renovador. Perguntou-me, em mensagem, se "gostava de ver a taxa de criminalidade decrescer, andar seguro na rua sem ter medo de ser abordado por imigrantes ilegais, e ser assaltado". Se assim quisesse, juntando-me à Juventude Nacionalista, eu poderia mudar as coisas.Mesmo se tal grupo tinha, há 2 dias, 3 membros e hoje tem 34, o episódio supra descrito, claro está, não tem per si grande significado. Pelo menos, em face da lista que essa mesma Juventude apresentou às eleições para a Associação Académica da Faculdade de Letras de Lisboa. Ou do muro anti-homossexualidade que essa mesma organização neonazi pintou no ISCTE, também na Cidade Universitária lisboeta. Ou do advento do neosalazarismo. Ou mesmo em face do cartaz que hoje apareceu no Marquês do Pombal, em Lisboa. Sucede, no entanto, que tudo junto traduz uma estratégia, silenciosa é certo, de fazer passar as ideias da extrema direita. A irresponsabilide da classe política, acomodada nas ocasionais declarações de "repúdio" e demais sentimentos rapidamente esquecidos passado o fervor do imediatismo televisivo dos assuntos, deixa que, à poeira da indignação, se siga a mansa implantação da lógica do ódio. É preciso não olvidar que a ignorância se propaga mais rapidamente que a inteligência...

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